Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

07/12/2007 - 09:12

Renda impulsionou melhora no desenvolvimento social do Brasil

BNDES divulga dados atualizados do seu Índice de Desenvolvimento Social.

Para o superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do BNDES, Ernani Teixeira Torres, e o economista Francisco Marcelo Rocha Ferreira o desenvolvimento brasileiro tem receita. É só o governo continuar investindo, como já vem fazendo, em água limpa, saneamento básico e "mantendo os meninos na escola", como destacou Torres em entrevista no dia 6 de dezembro, na sede do Banco, para divulgar dados atualizados do Índice de Desenvolvimento Social do BNDES (IDS-BNDES).

O IDS avalia, por meio de uma escala que vai de 0 a 1, as diferenças sociais entre as várias regiões e estados brasileiros, permitindo acompanhar a evolução anual de indicadores nas áreas de educação, saúde e renda. A versão deste ano destaca a renda como fator de melhor desempenho no ano passado, atualizando para 2006 os resultados do IDS-BNDES para as regiões e apresentando a evolução dos indicadores sociais a partir de 1995, elaborados a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD.

Na entrevista, os economistas ressaltaram a importância da política social do atual governo no aumento no desenvolvimento do país, empurrado pelo fator renda. "No curto prazo, principalmente no último ano, foi um fator muito importante para a melhoria das condições sociais", afirmou Torres. Mas a evolução do índice mostra que todos os seus componentes (saúde, educação e renda) apresentaram tendência de alta. Outra constatação é a de que continuam existindo "dois Brasis", apesar do acentuado avanço observado na linha de convergência entre os dois blocos: o mais pobre, formado por Norte e Nordeste, e outro mais desenvolvido, integrado por Sul, Sudeste e a região Centro-Oeste, que desde o estudo anterior vem despontando como a que mais se desenvolve no Brasil. Enquanto o indicador geral do Sudeste foi de 0,77 em 2006, o do Nordeste foi de apenas 0,35. Em compensação, o que se observa é a maior homogeneidade entre os dois blocos ao longo desses últimos anos.

Basta verificar que em 1995 o Nordeste pontuava com 0,13, teve um leve crescimento até 1999, quando atingiu o índice de 0,19 para, finalmente, em 2006 saltar para 0,35. Na região Norte, o processo foi mais lento. Saiu de 0,32, crescendo três pontos em 1999 e, hoje, apresenta um índice de 0,39 de desenvolvimento. Ou seja, o Sudeste, cujo indicador em 1995 era 4,5 vezes maior que o do Nordeste, hoje supera a região nordestina em 2,4 vezes. "Ele continua sendo o pior quadro brasileiro do ponto de vista social, mas a diferença dele com relação ao Sudeste diminuiu muito", reforça o superintendente.

Ele atribuiu isto, além das políticas sociais implementadas na região, ao significativo aumento de renda de 2004 até agora. E, neste aspecto, Ernani Torres destacou o aumento do emprego formal, principalmente no Sul e no Sudeste, além da estabilidade econômica. Já no caso do Nordeste, o que empurrou para cima o índice, em sua opinião, foram as políticas do Bolsa Família, da aposentadoria rural e dos investimentos na saúde.

Pelo estudo, o maior incremento no IDS-Educação ocorreu no Nordeste, onde o índice evoluiu de 0,08 para 0,34, um pulo de mais de quatro vezes entre 1995 e 2006, embora os dados absolutos ainda coloquem a região em uma situação muito inferior ao resto do país. Contribuíram para esse desempenho tanto o aumento da taxa de alfabetização, de 57,8% para 71,1%, quanto da média de anos de estudo da população ocupada, que passou de 3,9 para 6,0 anos.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira