Projeto apoiado pelo edital Rio Inovação tem patente registrada

O pesquisador Sérgio Falomir acaba de concluir o processo de depósito da patente da fosfenitoína. Base de um anticonvulsivante de uso recente, a fosfenitoína trouxe enorme avanço no tratamento de convulsões e epilepsia, em países como os Estados Unidos. No Brasil, onde o medicamento só chega importado, a substância – desenvolvida num projeto apoiado pelo programa Rio Inovação – permite que se faça uso de uma rota de síntese mais fácil e segura, para se chegar à produção do medicamento de forma mais barata. Falomir já planeja as duas próximas patentes. Uma delas é do cloridrato de mepivacaína, anestésico local bastante usado na odontologia. No projeto de Falomir, substâncias como o iodeto de metila ou o dimetil sulfato são substituídas por um novo agente, capaz de provocar o mesmo tipo de reação. A vantagem é que, ao contrário dos comumente usados, esse novo agente não tem toxicidade e é bem mais barato. Mesmo objetivo perseguido por Falomir na produção da ribaverina, antiviral prescrito contra a hepatite C e também integrante do coquetel anti-Aids. Para isso, ele emprega líquidos iônicos, que são recicláveis e tornam o processo mais barato. “Editais como o Rio Inovação, que promovem a aproximação entre indústria e academia, são fundamentais para que o país possa dar um salto de qualidade, gerar emprego e riqueza. Porque tanto a indústria precisa da visão do cientista quanto o contrário também é verdadeiro”, diz. Site: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?j_id=3223