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25/02/2014 - 09:39

Produção brasileira de pneus cresce no primeiro mês de 2014 impulsionado pelo setor de reposição, informa a ANIP

Em janeiro a produção total de pneus no país foi de 5,83 milhões de unidades, com aumento de 6,8% ante o mês de 2013, alavancada pelas vendas ao setor de reposição que cresceram 16,5%, compensando as quedas na exportação e na venda a montadoras.

“No primeiro mês do ano o setor de reposição respondeu por 56,0% das vendas de pneus das associadas à ANIP, uma porcentagem bem maior do que nos anos anteriores, quando raramente atingiu 50% do total”, comenta Alberto Mayer, presidente-executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Ele explica que além da redução de 11,5% nas vendas às montadoras (equipamento original) e de 4,2% nas exportações, esse crescimento porcentual da reposição também parece indicar maior atenção do usuário com a segurança, antecipando a substituição de pneus em más condições. “Se confirmada essa tendência, trata-se de um fato auspicioso, pois ainda é muito comum ver veículos trafegando com pneus que já deveriam ter sido substituídos, criando riscos de acidentes”, diz Mayer.

A partir de janeiro a ANIP passou a contar com mais uma associada, a Sumitomo que inaugurou sua fábrica no Paraná no último trimestre de 2013 e já faz parte dos números de janeiro da entidade. “Quando se instala um fabricante deste porte no País, é uma indicação clara de que temos um mercado em crescimento. A elevação da renda média nacional e a expansão da produção automobilística permitem a instalação de novas fábricas e de mais fabricantes”, explica o presidente da ANIP, Alberto Mayer. Ele lembra que as exportações já foram substancialmente maiores e que em 2013 os pneus importados responderam por 39% do consumo aparente. “Se conseguirmos melhorar a competitividade da indústria local, que hoje é bastante afetada pelo chamado custo Brasil, vamos poder ver uma nova fase de investimentos no setor”, acrescenta Mayer.

Vendas das associadas à ANIP -As vendas totais das 11 empresas associadas à ANIP, que incluem produtos por elas importados, tiveram um aumento de 3,9% em janeiro passando de 5,91 milhões de unidades em 2013 para 6,14 milhões de unidades em 2014. Desse volume, 56% foram para o setor de reposição, que passou de 2,95 milhões de unidades em janeiro de 2013 para 3,44 milhões de pneus no mês passado.

As exportações tiveram uma queda de 4,2% passando de 1.157 milhões de unidades em 2013 para 1.109 milhões em janeiro deste ano. “Os pneus fabricados no Brasil tem tecnologia que atende às exigências do mercado internacional, mas as exportações são prejudicadas pelo Custo Brasil e ainda tivemos o efeito Argentina no começo do ano”, comenta Mayer.

As vendas de equipamento original também caíram, de 1,80 milhões de unidades para 1,60 milhões, entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014.

Já as importações totais caíram 5,9% passando de 4,47 milhões em janeiro de 2013 para 4,21 milhões em janeiro deste ano. Mas as importações de pneus de carga da China cresceram 138,5% no mês, em relação a janeiro de 2013.

Produção nacional de pneus por tipo de utilização: . Carga 6,4 % (634 para 674 mil) |.Camionetas 5,9% (696 para 737 mil)| .Passeio 7,9% (2,73 para 2,95 milhões) |.Duas rodas 5,8% (1,16 para 1,23 milhões) |.Agrícola 1,9% (74 para 76 mil unidades)|.Industrial 1,4% (151 para 153 mil unidades) |.OTR 19,4% (nove para dez mil unidades) |.Só um segmento teve queda de produção: aviões -7,4% (5 para 4 mil unidades)

Balança Comercial abre com número negativo -A balança comercial do setor ficou negativa em US$ 54,286 milhões. A participação de pneus importados no consumo aparente se manteve na faixa de 39%. A importação oriunda da China teve um crescimento de 8%, sem contar pneus para duas rodas, puxada pela expansão na compra de pneus de carga. No setor de pneus para duas rodas houve, ao contrário, forte redução das importações de origem chinesa.

404 mil t recolhidas para reciclagem no ano -O processo de coleta de pneus inservíveis, a maior operação de logística reversa do país, é realizado pela Reciclanip, entidade sem fins lucrativos mantida pela indústria do setor. Em 2013 foram recolhidas 404 mil toneladas de pneus inservíveis, quantia que equivale a 81 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. “Terminamos o ano com um investimento da ordem de R$ 99 milhões, valor bastante superior ao investido no ano passado. Esses recursos são utilizados para os gastos logísticos, que hoje representam mais de 60% dos nossos pagamentos, e também para todos os investimentos de destinações”, afirma o presidente-executivo da ANIP.

A principal destinação destes pneus são as fábricas de cimento que utilizam os pneus inservíveis como combustível alternativo, para o que precisam dispor de filtros especiais. Outras destinações consideradas legalmente adequadas e aprovadas pelo IBAMA são empresas de moagem e processamento para produção de artefatos ou produção de asfalto borracha.

A ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (www.anip.org.br), fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende dez empresas e 17 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo (sete), Rio de Janeiro (três), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (uma) e Amazona (uma). Ao todo, responde por 26 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma rede com mais de 5 mil pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip, voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de 1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunir mais de 800 pontos de coleta no Brasil. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes, mais de 2,56 milhões de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 512 milhões de pneus de passeio, foram coletados e destinados adequadamente.

Seguindo o modelo de gestão de empresas europeias, com larga experiência na coleta e destinação de pneus inservíveis, a Reciclanip é diferente no quesito remuneração. Em outros países, as empresas são pagas pelos vários agentes da cadeia produtiva para cobrir as despesas operacionais e garantir a destinação de pneus inservíveis. Os consumidores europeus, quando compram novos pneus para seus veículos, por exemplo, são obrigados a pagar uma taxa para a reciclagem dos pneus velhos. Aqui no Brasil, os fabricantes de pneus novos, representados pela ANIP, arcam com todos os custos de coleta e destinação dos pneus inservíveis, como transporte, trituração e destinação.

Prêmio-E: o trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela ANIP/ Reciclanip recebeu um reconhecimento da Unesco, o Prêmio-E na categoria “Economia”, entregue durante a durante a Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro.

A premiação, em sua 1ª edição, integrou a programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reconhecer as iniciativas socioambientais mais representativas dos últimos 20 anos, executadas após a ECO-92. Idealizada por Oscar Metsavaht, embaixador da Boa Vontade da Unesco, o prêmio é uma parceria do Instituto-E [www.institutoe.org.br/premioe], Prefeitura do Rio de Janeiro e Unesco.

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