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26/02/2014 - 07:38

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 23,7 bilhões em 2013


No quarto trimestre alcançou 6,28 bilhões, 85% superior ao terceiro trimestre do mesmo ano.

De acordo com o comunicado da companhia, o lucro líquido foi 11% superior ao de 2012 em função dos reajustes nos preços do diesel (20%) e da gasolina (11%) em 2013, do aumento da produção de derivados, da otimização de custos, dos ganhos com venda de ativos, das menores baixas de poços secos e do menor impacto cambial devido à contabilidade de hedge. O Ebitda ajustado atingiu R$ 62 bilhões 967 milhões, 18% maior que o de 2012.

No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 6 bilhões 281 milhões, 85% superior ao do terceiro trimestre. O resultado reflete os maiores volumes de exportação de petróleo, as menores baixas de poços secos, os ganhos na venda do ativo BC-10 e o benefício fiscal decorrente do provisionamento de juros sobre o capital próprio.

A produção de petróleo e gás natural totalizou 2 milhões 539 mil barris de óleo equivalente por dia em 2013, 2% inferior à de 2012, principalmente em consequência de postergações no início da produção dos novos sistemas, do declínio natural dos campos e da venda de ativos no exterior. No trimestre, a produção doméstica foi 1% superior à do terceiro trimestre.

Em 2013, cinco novas plataformas entraram em operação e outros quatro sistemas foram encaminhados para a locação definitiva. O Pré-sal atingiu recorde diário de produção de 371 mil bpd em 24 de dezembro.

As reservas provadas no Brasil alcançaram 16 bilhões de barris de óleo equivalente, crescimento de 1,6% em relação à 2012, com Índice de Reposição de Reservas acima de 100% pelo 22º ano consecutivo.

A produção média de derivados refinados no país totalizou 2 milhões 124 mil bpd em 2013, 6% superior à de 2012, reduzindo a necessidade de importação de diesel e gasolina.

O PROEF [aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos] contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 63 mil bpd. A eficiência operacional chegou a 75% na UO-BC e a 92% na UO-RIO. O Prodesin (desinvestimentos) totalizou R$ 8,5 bilhões de contribuição ao caixa no ano de 2013. O Procop [otimização de custos operacionais]alcançou uma economia de R$ 6,6 bilhões em 2013, superando a meta de R$ 3,9 bilhões estabelecida para o ano.

Lucro líquido atingiu R$ 23 bilhões 570 milhões em 2013 – O resultado líquido da companhia foi 11% superior ao exercício de 2012 e a geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado cresceu 18%, atingindo R$ 62 bilhões 967 milhões. O lucro líquido foi impulsionado pelo aumento de 6% no lucro operacional, que alcançou R$ 34 bilhões 364 milhões, em função dos maiores preços de venda dos derivados, refletindo os reajustes nos preços do diesel e gasolina realizados ao longo de 2013, e da maior demanda no mercado interno, atendida pelo aumento do refino nacional. O aumento da receita foi parcialmente compensado pelo aumento do custo do produto vendido (+11%), pressionado pela depreciação cambial, pelo aumento na importação de petróleo e gás natural e por maiores custos de produção, em função dos gastos do PROEF e da entrada em operação de novas instalações, que ainda não produziram a totalidade de suas capacidades. Os menores custos exploratórios e o ganho com a venda da participação em ativos também contribuíram para o melhor resultado operacional. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 6 bilhões 202 milhões, sendo R$ 2 bilhões 479 milhões menos favorável que em 2012. “Esse resultado financeiro é explicado pelo aumento nas despesas financeiras devido ao aumento das despesas com juros e à adesão ao Refis, e também ao impacto negativo da desvalorização cambial, embora atenuado pela Contabilidade de Hedge”, afirma a empresa.

Apesar do maior resultado financeiro negativo, o crescimento do lucro operacional, as menores despesas com impostos e os maiores ganhos com participações em investimentos possibilitaram o crescimento do lucro líquido anual da Companhia. No quarto trimestre de 2013, o lucro líquido foi de R$ 6 bilhões 281 milhões – O lucro líquido foi 85% superior ao do terceiro trimestre de 2013, devido ao crescimento do lucro operacional (+23%) e ao benefício fiscal resultante do provisionamento de juros sobre o capital próprio, compensados, em parte, pelas maiores despesas financeiras líquidas.

O resultado operacional foi de R$ 7 bilhões 36 milhões, sendo 23% superior ao do terceiro trimestre do ano. Esse crescimento se deve principalmente às maiores exportações de petróleo, às menores baixas de poços secos ou subcomerciais e a ganhos com a venda no BC-10.

A resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 3 bilhões 21 milhões, sendo R$ 2 bilhões 1 milhão menos favorável que o do terceiro trimestre de 2013, devido a queda nas receitas financeiras e aumento das despesas em função do maior endividamento e adesão ao REFIS.

.(1) Lucro antes do resultado financeiro, das participações e dos impostos. (2) Ebitda ajustado = Ebitda excluindo a participação em investimentos e a perda na recuperação de ativos.

Produção de petróleo e gás natural em 2013 – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em 2013, atingiu a média diária de 2 milhões 539 mil barris de óleo equivalente (boe), 2% inferior à de 2012. A produção internacional total foi de 219 mil boed, sendo 10% inferior à de 2012, devido principalmente à venda de 50% dos ativos da África. No Brasil, a produção total de óleo e gás natural alcançou 2 milhões 320 mil boed, 1% menor que a de 2012. A produção de petróleo e LGN atingiu a média de 1 milhão 931 mil barris por dia, 2% inferior à produção de 2012.

Segundo a Petrobas os fatores que levaram a esta redução foram: declínio natural dos campos; atraso dos sistemas de coleta desacoplada (boiões) para os FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty; necessidade de alterações no arranjo submarino do projeto de Papa-Terra/P-63, postergando o primeiro óleo de julho/13 para novembro/13; atraso da entrada em operação da P-55 de setembro/13 para dezembro/13; e limitação de navios PLSVs (pipe-laying support vessel).

A produção de gás natural no Brasil aumentou 4% em função da entrada em operação dos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty, do aumento da eficiência nos campos de Mexilhão, Merluza e Lula, bem como do aumento do potencial do FPSO Cidade de Vitória, em Golfinho, e devido à produção integral em 2013 do FPSO Cidade de Anchieta (Baleia Azul). O pré-sal alcançou novo recorde de produção diária, chegando a 371,3 mil barris de óleo por dia (bopd), em 24 de dezembro de 2013. Essa marca foi obtida com apenas 21 poços produtores em operação. Além do recorde diário, a Petrobras alcançou, em dezembro, novo recorde de produção mensal no pré-sal, com 344,9 mil bopd. O recorde diário do ano passado já foi novamente superado, sendo o último alcançado em 20 de fevereiro de 2014, quando foram produzidos do pré-sal 407 mil barris de petróleo diários.

O PROEF (programa de aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos) contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 63 mil bpd em 2013. A eficiência operacional chegou a 75% na Unidade Operacional Bacia de Campos (UO-BC) e a 92% na Unidade Operacional Rio (UO-RIO).

Produção de petróleo e gás natural no quarto trimestre de 2013 – A produção de petróleo e LGN, no Brasil, aumentou 2%, na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2013. Este crescimento se deve à entrada em operação de poços nos campos de Baúna (FPSO-Cidade de Itajaí) e Roncador (FPSO-Brasil e plataforma P-52), ao início da operação dos FPSOs Dynamic Producer (Lula Central) e Cidade de São Vicente (Lula Extremo Sul) e da plataforma P-63 (Papa-Terra), além do menor volume de paradas programadas. Já a produção de gás reduziu 3%, em função da parada programada da plataforma de Mexilhão, durante o mês de outubro.

Cabe registrar que os atrasos ocorridos em 2013 mencionados acima já foram equacionados. O primeiro boião foi instalado no FPSO Cidade de São Paulo e o poço ligado a ele entrou em produção em 18 de fevereiro, com produção de 33 mil barris de petróleo por dia. Atualmente, este poço está produzindo 36 mil bpd. Um total de seis novos PLSVs serão entregues ao longo de 2014, somando-se aos 11 navios desse tipo atualmente em operação, possibilitando acelerar o ritmo de interligação de poços às plataformas, tanto às nove unidades concluídas em 2013 como em novos poços de sistemas antigos. Essas ações asseguram o crescimento sustentado da produção em 2014, que também contará com duas novas unidades no 2º semestre, os FPSOs Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba.

.(1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado.

Investimentos priorizaram a capacidade de produção – “A realização dos Investimentos em 2013 foi de R$104 bilhões 416 milhões, um crescimento de 24% em relação a 2012. A maior parte dos recursos foi aplicada no segmento de Exploração e Produção no Brasil (57%), com destaque para os projetos de desenvolvimento da produção e à aquisição dos direitos sobre o bloco de Libra.Para o segmento de Abastecimento, foram direcionados 29% do volume total de recursos, dando continuidade aos investimentos para modernização e ampliação do parque de refino”, destaca o comunicado.

Preços dos Produtos – O preço médio em reais dos derivados no mercado interno (para as distribuidoras) cresceu 12% em relação à 2012, refletindo o aumento de preços da gasolina e do diesel ocorridos em 2013, que somam 11% e 20%, respectivamente, e o impacto cambial sobre os preços dos derivados atrelados ao mercado internacional. O preço do petróleo Brent em dólares caiu 3%. Porém, devido à desvalorização cambial de 10% na comparação dos anos, o preço do petróleo calculado em reais subiu 7%, impactando os custos com as importações de petróleo e derivados.

Excelentes níveis de eficiência das refinarias – O processamento de petróleo nas refinarias atingiu 2 milhões 29 mil barris por dia em 2013, 7% superior a 2012, em função da melhora sustentável de performance operacional das refinarias obtida através da otimização de processos de refino e remoção de gargalos logísticos. O novo patamar foi obtido respeitando-se os limites de projeto dos equipamentos e os requisitos de segurança, meio ambiente e qualidade dos produtos.A produção de derivados atingiu 2 milhões 124 mil barris por dia, um crescimento de 6% em relação a 2012, com destaque para a maior produção de diesel (+9%) e de gasolina (+12%), possibilitando a redução do volume importado destes produtos.O Fator de utilização do parque de refino alcançou 97%, um aumento de três pontos percentuais em relação a 2012. Do volume total do petróleo processado, 82% vieram de campos brasileiros.

Diesel e gasolina permaneceram com demandas aquecidas em 2013 – O volume de vendas no mercado interno foi 6% superior a 2012, com destaque para gasolina (+4%), diesel (+5%), óleo combustível (+17%) e gás natural (+15%).

As vendas de gasolina aumentaram 4%, devido ao crescimento da frota de veículos e competitividade em relação ao etanol hidratado. O volume vendido de diesel subiu 5%, devido ao crescimento da atividade de varejo, aumento da safra de grãos, aumento do consumo das usinas termelétricas e crescimento da frota de veículos leves a diesel.

O maior nível de operação das usinas termelétricas foi o responsável pelo aumento de 17% no consumo de óleo combustível. As vendas de gás natural aumentaram 15%, em função da maior demanda termelétrica, como resultado do menor nível dos reservatórios das hidrelétricas.

No trimestre, as vendas de derivados ficaram estáveis. As vendas de gasolina subiram 4%, em função da sazonalidade do consumo e crescimento da frota de veículos leves, enquanto as vendas de diesel reduziram 3%, tendo em vista que o terceiro trimestre é o mais representativo em termos de atividade econômica.

Aumento da produção das refinarias reduz a necessidade de importação de derivados em 2013 – Na balança comercial de derivados, houve redução de 10% da importação de derivados (ou 44 mil bpd), principalmente gasolina e diesel, devido ao crescimento da produção nacional. Apesar da redução nas importações de derivados, o saldo líquido da balança foi impactado pela menor exportação de petróleo, que recuou 43%, devido ao aumento do processamento nas refinarias do país e à menor produção nacional. A balança comercial da Petrobras no acumulado do ano apresentou déficit de 400 mil bpd.

Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre do ano, houve uma melhora no saldo líquido da balança. Esse resultado reflete a maior exportação de petróleo, devido ao aumento na produção no quarto trimestre, à menor carga processada no período e à menor importação de diesel em função da menor demanda sazonal no período.

Custo de extração e de refino – O custo de extração sem participações governamentais no país, em reais, aumentou R$ 4,97 por barril em relação a 2012, atingindo R$ 31,94 por barril. As principais razões para esse crescimento foram os maiores custos operacionais resultantes do aumento de intervenções e manutenções em poços na Bacia de Campos, decorrentes, principalmente, do PROEF, da entrada em operação dos FPSOs Cidade de São Paulo (Sapinhoá), Cidade de Itajaí (Baúna), Cidade de Paraty (Piloto Lula NE) e P-63 (Papa Terra), ainda em fase de incremento de produção, porém já contribuindo com seu custo integral; os maiores gastos com pessoal; e o impacto da depreciação cambial sobre os custos. O custo de refino no país (R$ 6,67/barril) caiu 1%, devido, principalmente, à maior carga fresca processada e à otimização dos gastos com manutenção de rotina em função do Procop.

Endividamento – O endividamento bruto da Petrobras aumentou 36%, em reais, em relação à 31.12.2012, devido à desvalorização cambial e às novas captações. O endividamento líquido aumentou em 50% devido ao efeito da depreciação cambial do real frente ao dólar de final de período (15%) e à utilização de parte do caixa para suportar o programa de investimentos. O indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado ficou em 3,5 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido/(Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 39%.

Contribuição econômica da Petrobras – A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 74 bilhões 722 milhões em 2013.

As participações governamentais ficaram estáveis em relação a 2012, devido principalmente à menor produção nos grandes campos pagadores de participação especial, o que compensou o aumento de 8% no preço médio de referência do petróleo nacional, sendo R$/bbl 208,40 (US$/bbl 96,59) em 2013, contra R$/bbl 192,73 (US$/bbl 98,63) em 2012. No quarto trimestre de 2013, as participações governamentais no país aumentaram 5% em relação ao terceiro trimestre devido, principalmente, aos novos patamares das alíquotas de participação especial, pelo aumento da produção nos grandes campos pagadores, compensados, em parte, pela redução de 2% no preço médio de referência do petróleo nacional (4T-2013: R$ 220,92/bbl vs. 3T-2013: R$ 224,35/bbl).

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