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26/02/2014 - 08:20

Eletrosul desenvolve robô para manutenção de esferas sinalizadoras


Controlado remotamente, equipamento dispensa desligamento da linha.

As equipes da Eletrosul que atuam em campo estão contando com um aliado para realizar a manutenção e instalação das esferas de sinalização aérea, especialmente em regiões de difícil acesso. Desenvolvido inteiramente por técnicos da empresa, o chamado CECE – Carro Elétrico para Colocação de Esferas – é um robô operado remotamente, que pode realizar reparos ou substituir as esferas sem necessidade de desligamento da linha de transmissão. Em três anos de pesquisas, a invenção vem proporcionando redução do tempo de serviço e mais segurança ergonômica aos técnicos.

O CECE é um pequeno veículo eletromecânico motorizado, que transporta a esfera pelo cabo para-raio da linha de transmissão, entre as torres de sustentação. O robô possui um braço mecânico, que o permite empurrar ou puxar e travar ou destravar a esfera. Também é equipado com câmera e sistema de posicionamento global (GPS), o que facilita sua operação e inspeção. As imagens capturadas em vídeo são transmitidas via radiofrequência para monitoramento à distância.

A invenção foi concebida com o propósito de superar as restrições apresentadas por outros métodos e equipamentos, disponíveis no mercado, e anteriormente adotados pela própria Eletrosul. “Além de terem alto custo, essas outras técnicas exigem o uso de equipamentos para fazer a manutenção, como mastro de carga, e um grande planejamento para a operação no campo”, explica o técnico de linhas Emerson Ribeiro dos Santos, responsável pela criação do Cece, juntamente com Cleberson Figueiredo de Souza.

Desenvolvido por empregados da Eletrosul, no Centro Regional de Joinville (SC), o robô CECE estava sendo utilizado em linhas da região, em caráter experimental. Além da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento, o projeto contou com o apoio do Departamento de Engenharia de Manutenção e do Laboratório de Alta Tensão, onde também foram realizados testes que resultaram na criação de uma blindagem para evitar influências do campo magnético no dispositivo. Em 2014, outros dois robôs foram fabricados para utilização nas unidades de Capivari de Baixo (SC) e Gravataí (RS).

No Brasil -Convencionalmente, no setor elétrico, a substituição ou manutenção das esferas ocorre a partir do desligamento da linha de transmissão. Dessa forma, o técnico pode transitar pelo cabo utilizando cordas e roldanas para movimentar a esfera, mas o trabalho pode levar mais de oito horas e exigir apoio de até 12 pessoas. O serviço também pode ser realizado com um guindauto, porém a altura dos cabos pode limitar o manuseio dos equipamentos. Com a linha energizada, um dos métodos para fazer a manutenção é com o uso de helicóptero e bastões isolantes – uma operação de risco, com alto custo associado.

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