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27/02/2014 - 08:45

Panificação brasileira cresce 8,7% em 2013


José Batista, presidente da Abip: “Impacto positivo da desoneração do pão sobre a atividade econômica e para o aumento do consumo per capita do brasileiro será enorme”

Faturamento do setor somou R$ 76,405 bilhões; desde 2007 setor não registrava crescimento inferior a 10%

As empresas de panificação e confeitaria movimentaram R$ 76,405 bilhões em 2013, faturamento 8,7% superior ao registrado no ano anterior. Pela primeira vez desde 2007, entretanto, o setor registrou índice de crescimento inferior a 10%. “Essa desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. Para se ter uma idéia, os preços da farinha de trigo, que representam 40% dos custos dos produtos panificados, sofreram aumento médio de 22%, o que representou impacto de 9% nos reajustes de preços realizados no ano”, informa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), José Batista de Oliveira.

Os números apresentados pelo dirigente foram levantados pelo Instituto Tecnológico (ITPC), em parceria com a Abip, por meio de pesquisa realizada junto a 1.200 empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes. O crescimento do faturamento, segundo Batista, foi garantido pelo desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fast food e de conveniência (ver o Quadro I).

Grandes números – O número de empresas que constitui o setor continua sendo de 63,2 mil, que foram frequentadas por cerca de 43 milhões de clientes diariamente, no último ano. Já o número de funcionários na panificação somou 820 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta. Houve um aumento de 2% no número de postos de trabalhos criados ano passado, o que representa 18 mil funcionários contratados pelas padarias.

No mesmo período, o faturamento por funcionário aumentou 9,4% e o salário médio cresceu 26%. Já as vendas de produção própria representaram 55% do volume de faturamento, ou R$ 42,02 bilhões, seguidas por bebidas, mercearia e laticínios (ver o Quadro II).

O presidente da Abip destaca a importância sócio-econômica do setor, lembrando que o segmento, além de ser importante gerador e mantenedor de mão-de-obra, é constituído basicamente por micro e pequenas empresas. “Mais da metade das padarias empregam até 20 funcionários”, destaca ele (ver o Quadro III).

Dada a relevância do setor, Oliveira defende a aceleração do projeto que desonera os produtos panificados, e que se encontra em trâmite na Câmara Federal, já tendo recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça. “Trata-se de matéria da maior importância para a economia e para a sociedade brasileiras”, diz o presidente da Abip.

“A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população”, diz Oliveira. Dessa forma, conclui, o Brasil poderá incrementar seu hoje acanhado consumo per capita de pães, situado na faixa dos 33 quilos/habitante/ano, o que vem a ser pouco mais da metade dos 60 quilos/habitante/ano recomendados pela ONU.

“Temos muito espaço para crescer”, diz ele, lembrando que países de situação socioeconômica similares às do Brasil ostentam índices de consumo per capita acima dos 70 quilos/habitante/ano, como é o caso da Argentina, e além dos 90 quilos/habitante/ano, como no caso do Chile.

. O perfil do setor: composição da panificação brasileira, conforme sua composição de funcionários: até 7 funcionários: 8% | de 8 a 12 funcionários: 21,6% | de 13 a 16 funcionários: 28,6% | de 17 a 23 funcionários: 24,6% | de 24 a 34 funcionários: 11,6% e acima de 35 funcionários: 4,6%.

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