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27/02/2014 - 10:27

Fuja das “Panelas” no trabalho

O fenômeno das “panelinhas” é bastante comum e até natural nas organizações. As panelinhas geralmente se formam por afinidades, simpatias, similaridades, etc, dão uma sensação de pertencimento, o que gera tranquilidade e até mesmo sensação de poder.

Apesar de ser tentador fazer parte delas, o fenômeno das “panelinhas” esconde um lado obscuro que não é vantajoso nem para a empresa, nem para o trabalhador. Veja por que fazer parte de panelinhas pode ser prejudicial ao seu crescimento profissional:

1. Não desenvolve a maturidade: as panelinhas são formadas por pessoas que pensam de forma parecida, que já se conhecem e que têm afinidades. É fácil lidar com as quais você lida bem, mas difícil é lidar com pessoas que pensam de forma diferente, que possuem conhecimentos e experiências diferentes. A panelinha não permite que o “diferente” entre na roda, impedindo o aprendizado e o crescimento. Maturidade significa lidar com a realidade da forma como ela se apresenta, com toda a diversidade que é a vida humana. Imaturidade é tentar se proteger criando uma falsa sensação de segurança quando se está dentro de grupo que diz “amém” para tudo o que você diz.

2. Atrapalha o processo da empresa: as panelinhas funcionam como feudos dentro da empresa, o que favorece a troca de favores para quem faz parte da “panelinha”, em detrimento das pessoas que não fazem parte da mesma. A regra é “trato bem quem me trata bem”, ou seja, quem faz parte da panela. Esse tipo de postura é negativa para o bom andamento da empresa porque favorece as relações do grupo específico e não os resultados que a empresa precisa. Muitas vezes, outros funcionários de departamentos diferentes acabam sendo prejudicados tendo seus processos atrasados por não fazerem parte da panela.

3. Não desenvolve a comunicação: pessoas que fazem parte da “panelinha” tendem a se fechar nelas e acabam não se comunicando de forma adequada com pessoas de departamentos diferentes. Além das falhas na comunicação, que podem acarretar em prejuízos à empresa, a “panelinha” ainda pode gerar a fofocas, o que atrapalha ainda mais o clima na empresa.

4. Está a um passo do assédio moral: dependendo do caso, o funcionamento da “panelinha” pode ser tão grave que seus integrantes podem acabar cometendo assédio moral. A aversão da “panelinha” a algum membro da empresa pode fazer com que os integrantes hajam de forma agressiva e velada com relação a quem não faz parte do grupo, isolando, ignorando a presença, excluindo o não-integrante da panela dos trabalhos em equipe e dos comunicados importantes, ou comunicando-se com ele apenas por escrito, induzi-lo ao erro, etc, comportamentos desse tipo, realizados de forma frequente, configuram violência psicológica e causar danos à saúde mental e até física à pessoa vítima da violência.

Se você deseja crescer profissionalmente não deve se esconder em meio a grupos fechados. Ao contrário, quanto mais se expuser a situações e pessoas diferentes melhor, pois mais diversificado será seu aprendizado. Além disso, aprenderá a lidar com situações e pessoas dos mais diversos tipos, o que lhe dará um “jogo de cintura” e vivência prática que nenhum livro poderá te dar.

. Por: Meiry Kamia - Palestrante, Psicóloga, Mestre em Administração de Empresas e Consultora Organizacional. Site: www.meirykamia.com; E-mail: [email protected].

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