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07/03/2014 - 06:45

Em março, SUS passa a oferecer vacina contra HPV

Imunização este ano é voltada para meninas de 11 a 13 anos, mas prevenção precisa ser feita durante toda a vida, já que o HPV é o principal fator de risco para o câncer de colo de útero.

A partir de 10 de março (segunda-feira), o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero. Neste ano, serão vacinadas meninas de 11 a 13 anos.

O HPV, ou Papilomavírus Humano, é um vírus bastante comum e recorrente. Em alguns casos, pode provocar o aparecimento de verrugas indolores na pele, ou provocar alterações no colo do útero que podem levar ao câncer. Na maioria das vezes, porém, a infecção do HPV não se manifesta através de nenhum sintoma. “Justamente por não aparentar sintomas, o HPV acaba sendo perigoso, se não acompanhado. O ginecologista, nos exames de rotina, fará avaliação adequada”, explica o médico Marcelo Steiner, professor afiliado do setor de Ginecologia Endócrina, Planejamento Familiar e Climatério da Faculdade de Medicina do ABC.

Entenda o HPV -Existem aproximadamente 100 subtipos de HPV identificados e sua transmissão se dá principalmente através pelo contato pele a pele, mucosa-mucosa ou pele- mucosa. Isso ocorre com frequência nas relações sexuais. Pode ocorrer também a chamada transmissão vertical, quando o vírus passa de mãe para filho na hora do parto.

Se não há manifestações visíveis, como o aparecimento de verrugas, por exemplo, as manifestações decorrentes do HPV podem ser detectadas através do exame de alteração citológica – o papanicolau, exame rotineiro nos consultórios ginecológicos. “O fundamental é realizar os exames de rotina para detectar qualquer alteração logo no seu início. A presença do HPV é bem prevalente, ou seja, muito comum, mas nem todo mundo desenvolve a doença. É importante visitar um médico para que ele possa avaliar cada caso e intervir, se necessário, o quanto antes”, afirma o ginecologista, médico colaborador da Clínica Stockli em São Paulo.

HPV e Câncer -O vírus HPV é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, responsável por 95% dos casos de câncer deste tipo, que é o segundo que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos mais graves da doença.

Vacina -Existem dois tipos de vacina contra o HPV: bivalente, que protege contra os 02 tipos que têm mais chance de provocar câncer de colo de útero, e a vacina quadrivalente, que protege contra os dois tipos oncológicos e também outros dois mais ligados ao aparecimento de verrugas. “A vacina que entra no calendário do SUS é a quadrivalente. O público alvo são meninas de 11 a 13 anos, justamente por não terem iniciado a vida sexual”, explica o médico, membro do setor de Ginecologia Endócrina da Faculdade de Medicina do ABC.

" Qualquer pessoa que já teve relação sexual tem uma grande chance de ser exposta ao vírus, mas apenas um pequeno número de mulheres infectadas pelo HPV desenvolve alterações celulares. Na maior parte dos casos, o sistema imunológico mantém o vírus sob controle ou o elimina, normalmente num período de 01 até 02 anos. Com acompanhamento regular do paciente, o médico ginecologista saberá apontar a necessidade de tratamento no momento adequado”, completa o especialista.

Dr. Marcelo destaca que a difusão da vacina não elimina a necessidade de se prevenir. O uso do preservativo nas relações sexuais é fundamental, mas no caso do HPV, nem sempre é suficiente, já que a transmissão se dá no contato entre a pele. “Os exames preventivos, portanto, ao longo da vida, continuam sendo essenciais entre mulheres de todas as idades, que devem fazer da visita ao ginecologista um hábito, fundamental para manutenção da saúde. Vale ressaltar que fazendo acompanhamento regular e detectando possíveis alterações logo no início da manifestação, a chance de se evitar o câncer é praticamente certa”, orienta o médico.

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