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13/03/2014 - 07:54

11,8% das pessoas ultra milionárias no mundo são mulheres

Brasil possui apenas 240 mulheres no grupo dos mais ricos.

Economista diz que vários pontos influenciam para que o número de mulheres com patrimônio igual ou superior a US$ 30 milhões seja bem menor que o número de homens

O último relatório da riqueza divulgado pela Wealth X em parceria com a UBS aponta que há no mundo 199.235 pessoas consideradas ultra milionárias (patrimônio líquido igual ou superior a US$ 30 milhões), mas apenas 11,8% deste grupo são mulheres! Das mulheres mais ricas do mundo, apenas 33% saíram do zero (self-made), enquanto que este percentual para os homens é de 70%.

O economista e especialista em investimentos e métodos quantitativos, Richard Rytenband, diz que há algumas questões para definir essa realidade, entre elas a ideia de que as mulheres tem um maior nível de precaução do que os homens na hora de correr riscos.

“Alguns economistas e especialistas em riqueza apontam que as mulheres têm uma maior aversão ao risco do que os homens. E segundo eles uma elevada propensão ao risco é fundamental para se tornar um bilionário”, comenta o economista.

Outro dado surpreendente no relatório de riqueza é que mesmo nos países com maior liberdade econômica este percentual é ainda menor. No Canadá 5%, na Alemanha 6% e nos Estados Unidos 11%. Já emergentes como China e Índia apresentam um patamar acima da média mundial, 15% e 16% respectivamente. O mesmo não ocorre com o Brasil que possui apenas 240 mulheres no grupo dos mais ricos, ou o equivalente a 6% do total.

Richard ressalta também dois pontos considerados importantes para explicar essa realidade, a construção da família e o nível elevado de homens no sistema financeiro.

“Especialistas como Maria-Elena Lagomasino CEO da Genspring Family Offices defendem a hipótese que a exigência de foco e uma dedicação exclusiva aos negócios entram em conflito com a decisão de constituir e administrar uma família. Há também aqueles que apontam que a predominância masculina no sistema financeiro mundial dificulta o acesso de mulheres ao capital para financiar seus projetos”.

Mesmo com várias explicações, o economista diz que não há um consenso sobre o porquê de as mulheres serem a minoria no mundo de ultra milionários.

“Não há um consenso ou argumentos irrefutáveis, este é um campo de estudo ainda pouco explorado. Há uma série de questões relevantes que ainda esperam bons argumentos para explicar essa realidade”, explica Rytenband.

O especialista alerta que há pessoas com enorme potencial para construir riqueza e que os empreendedores não podem ficar passivos a situação e precisam intervir e agir.

“O fato é que não há como ficar passivo quando cerca de metade da população mundial e com grande potencial de criação de riqueza ainda não floresceu. Justamente este é o papel do empreendedor, identificar valor onde à maioria ainda não enxerga”, destaca o especialista.

O economista: Richard Rytenband é economista pela PUC-SP e tem MBA em Gestão Financeira com ênfase em Investimentos e Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É também palestrante e Professor de Economia e Finanças. Comprou sua primeira ação na bolsa de valores com 14 anos e desde então tem atuado no mercado financeiro. É credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para divulgar análises de valores mobiliários, seja no âmbito técnico ou fundamentalista. Possui certificações do mercado financeiro da Ancord, Anbima: CEA; ICSS: Todas; Apimec: Gestor de RPPS, Anbima CPA-20, todas da BM&F e CNPI-P da Apimec. Cofundador e Coordenador Pedagógico da InfoPRO Timos e Timos ®. É o criador e produtor, ao lado de Felipe Okazaki, dos jogos educativos: “A Pequena Grande Crise (2008), A Pequena Grande Crise 2: A Ameaça Agora é Outra (2012) [www.apequenagrandecrise.com.br] e Ciladania [www.ciladaniasp.com.br].

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