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14/03/2014 - 07:56

Sintomas parecidos podem causar confusão entre problemas da bexiga

Conheça as diferenças entre incontinência urinária e bexiga hiperativa e o impacto direto que estas condições provocam na qualidade de vida.

São Paulo - O Dia Mundial da Incontinência Urinária (14/03) é um alerta para uma situação de grande impacto na qualidade de vida de homens, mulheres e crianças. Bastante confundida pelos brasileiros, que desconhecem suas características, esta condição, além de ter diferentes origens, também pode ser abordada através de diferentes opções de tratamento.

Apesar de muitas vezes ser subestimada, a incontinência urinária pode ter efeito devastador sobre os indivíduos portadores desta condição. Seu impacto vai muito além do simples desconforto, uma vez que normalmente traz grande prejuízo na qualidade de vida dos acometidos. A privação do convívio social é costumeira e normalmente é acompanhada de problemas no âmbito profissional, particular e sexual. Com receio de passar por situações constrangedoras, os pacientes muitas vezes se isolam, inclusive da família, e desenvolvem quadros depressivos de intensidade variável. Além das questões psicológicas, quando associada à quadros clínicos mais complexos, como nas doenças neurológicas, pode se associar à infecções do trato urinário e a comprometimento renal secundário.

Os sintomas de perda urinária podem ter origem no descontrole da capacidade da bexiga em armazenar urina (síndrome da bexiga hiperativa) e na disfunção do mecanismo de continência, que se torna incapaz de conter a perda sob situações que elevem a pressão intra-abdominal (incontinência urinária de esforço).

Em algumas situações, pode haver uma combinação de ambas as disfunções, levando a um quadro conhecido como incontinência urinária mista.

Na síndrome da bexiga hiperativa, a disfunção vesical gera sintomas de urgência e frequência miccional aumentada nos períodos diurno e/ou noturno, associados ou não, às perdas de urina. Esta síndrome já acomete 19% da população brasileira1 e, embora mais comum em adultos e idosos, também atinge jovens e crianças, de ambos os sexos.

Na incontinência urinária de esforço, as queixas de perda se relacionam exclusivamente aos esforços físicos como tossir, espirrar, carregar peso, levantar-se, entre outros. Embora seja um quadro muito mais comum em mulheres, também pode acometer homens, sobretudo após cirurgias prostáticas e crianças com problemas neurológicos.

A perda urinária também pode estar associada a doenças neurológicas, como o traumatismo da medula espinhal, a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e o AVC – Acidente Vascular Cerebral. Nesta situação, a alteração do comportamento vesical recebe o nome de bexiga neurogênica. Segundo o Dr. Caio Cesar Cintra, especialista em Urologia pela Faculdade de Medicina do ABC e responsável pelo setor de urodinâmica da AACD- SP, nestas condições, a incontinência urinária pode ser apenas uma parte do problema.

Quando relacionada a algumas situações de alto risco, como na lesão medular, por exemplo, o descontrole da bexiga pode causar condições clínicas tais que, se não tratadas adequadamente, podem levar a quadros de insuficiência renal. “Em casos não tratados adequadamente, pacientes com bexiga neurogênica podem sofrer com danos no rim após três anos da lesão, chegando a necessitar de diálise”, comenta o médico.

Atualmente, existem tratamentos eficazes para todas as situações descritas. Terapia comportamental, medicamentos orais e o uso da toxina botulínica são opções adequadas. Quando bem indicados, demonstram impacto positivo sobre a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Apesar de ser comumente procurado pelos pacientes, o procedimento cirúrgico é a última opção na maioria dos quadros de incontinência urinária, estando reservado como primeira opção apenas para situações específicas que precisam ser avaliadas pelo médico.

“A utilização de BOTOX® vem se mostrando muito eficaz, e tem revolucionado, sobretudo, o tratamento das condições refratárias e que não respondem aos procedimentos padrão. A toxina botulínica controla, de maneira eficaz, a disfunção de armazenamento vesical, agindo de uma maneira mais completa e complexa no trato urinário inferior, quando comparada às medicações orais”, explica Dr. Caio.

No Brasil, a toxina botulínica BOTOX®, muito conhecida em tratamentos estéticos, mas com uma atuação importante no tratamento de doenças, é a única toxina aprovada pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – para o tratamento de bexiga hiperativa neurogênica. Uma vez aplicado no músculo da bexiga, o medicamento relaxa a área e impede as contrações involuntárias, promovendo o controle urinário. O efeito do medicamento pode durar até 9 meses e pode ser reaplicado após este período conforme avaliação médica. A vantagem é que, por ter uma ação direta na própria bexiga, os efeitos colaterais que geralmente ocorrem com os medicamentos orais não são previstos com o uso de BOTOX®.

. Entenda as diferenças entre as doenças:

Informações sobre a incontinência urinária: . Hábitos de vida saudáveis e alimentação balanceada reduzem as chances de desenvolver o problema - perda de peso, ingestão de alimentos saudáveis, ingestão de fibras e realização de atividade física moderada sem impacto.

. Mudanças de atitudes, como parar de fumar e restringir o consumo de café podem reduzir o risco da doença.

. Homens, mulheres e crianças podem sofrer de incontinência urinária. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 35% das mulheres pós-menopausa apresentam incontinência urinária aos esforços e 40% das gestantes vão apresentar um ou mais episódios de perda durante a gestação, ou logo após o parto. Entre os homens, sua incidência chega a 5% dos indivíduos submetidos à retirada da próstata, por câncer.

. Em momentos críticos ou provocativos, como tossir ou dar risada, cruzar as pernas pode ajudar a conter a urina.

. Os especialistas indicados para diagnosticar e tratar as diferentes causas de incontinência urinária são os urologistas e os uroginecologistas. [www.controleurinario.com.br.

Fonte: 1. Teloken C, Caraver F, Weber FA, Teloken PE, Moraes JF, Sogari PR, Graziottin TM. Overactive bladder: prevalence and implications in Brazil. Eur Urol., 2006;49(6):1087-92. 2.Site Sociedade Brasileira de Urologia http://www.sbu.org.br/publico/?doencas-urologicas&p=1043, consultado em 27 de fevereiro de 2014.

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