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14/03/2014 - 08:32

M. Dias Branco: custos de matéria prima impactam margens, aponta BB Investimentos

O trigo, principal insumo da M. Dias Branco, ditou regras durante o ano de 2013. O avanço do custo de aquisição da commodity e a desvalorização do real influenciaram o resultado operacional da empresa em todos os trimestres. Em contrapartida, o aumento dos preços médios praticados e o ganho de market share possibilitaram crescimento de 11,5% A/A no lucro líquido, que atingiu R$ 524,4 milhões em 2013, analisam Nataniel Cezimbra e Luciana de Carvalho, do BB Investimentos.

Volume de vendas e preço médio impulsionam receita - “A receita líquida no 4T13 interrompeu a tendência de crescimento verificada nos demais trimestres do ano, devido à diminuição do volume comercializado de biscoitos, massas, farinha e farelo, que contribuiu para um arrefecimento de 2,4%T/T. No entanto, no acumulado do ano, o crescimento de 10,4% A/A no volume de venda e de 10,1% A/A no preço médio, influenciados principalmente pelas ações comerciais e pelo investimento contínuo nas marcas, proporcionaram uma receita de R$ 4,3 bilhões, aumento de 21,6% em relação ao ano anterior”, dizem os executivos.

Contínuo aumento de market share e utilização da capacidade de produção – Ainda de acordo com os analistas, com o crescimento dos volumes de vendas, a M. Dias prossegue liderando o mercado de biscoitos e massas no Brasil. No 4T13 houve aumento de 1,6 p.p. A/A na participação de mercado nacional de biscoitos e de 4,0 p.p. A/A na de massas, atingindo assim, respectivamente, 28,5% e 30% de market share. O nível de utilização da capacidade de produção teve melhora em todos os segmentos atendidos pela empresa, registrando aumento total de 7,9 p.p. em relação ao ano de 2012.

O impasse do trigo - “No 4T13, o custo dos produtos vendidos recuou 5,8% ante o trimestre anterior. Entretanto, a empresa finalizou o ano com um custo de R$ 1,9 bilhão, um avanço de 34,4% A/A. Essa evolução foi impactada principalmente pelo aumento do custo médio do trigo. No ano, o insumo teve variação positiva de 54,9%. Apesar do esforço da empresa em repassar os preços, o impacto nas margens ficou evidente e a margem Ebitda encerrou em 15,6%, uma redução de 1,9 p.p”, continuam a análise.

Endividamento e alavancagem - “A geração de caixa advinda de atividades operacionais cresceu 71,1% se comparado ao ano anterior. Este resultado somado à diminuição do endividamento da companhia em 0,2% A/A, contribuiu para que o indicador dívida líquida / Ebitda terminasse o exercício em 0,4x, ante 0.7x, verificado no ano de 2012”, destacaram Nataniel e Luciana.

Considerações - “Apesar dos desafios enfrentados pela M. Dias Branco no decorrer de 2013, verificamos que ainda assim a empresa sustenta margens de dois dígitos, bom crescimento da receita e market share de liderança. O baixo nível de alavancagem e a geração de caixa permitem que a companhia esteja preparada para enfrentar cenários mais desafiadores no mercado doméstico. Acreditamos que a empresa continuará investindo em inovações para alcançar resultados operacionais ainda mais sólidos no longo prazo. Nesse sentido, mantemos nosso preço alvo em R$ 115,0 para dez/2014 e a recomendação em market perform”, concluem.

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