Fábrica já produziu 59% de aduelas para revestir túnel da Linha 4 no Rio

Nova linha também conta com unidade para processar cimento usado nos canteiros.

Por ser uma obra de proporções gigantescas, a construção da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema) têm duas fábricas que trabalham para abastecer os mais de dez canteiros de obras. A primeira fica na região da Leopoldina, no Centro, e é responsável pela produção das aduelas, que são os anéis de concreto utilizados pelo Tunnel Boring Machine, mais conhecido como Tatuzão, para formar o túnel que vai de Ipanema até a Gávea. No total, serão utilizados 2,7 mil anéis, o equivalente a 22 mil aduelas. Os moldes para a fabricação das peças foram feitos na Alemanha, assim como o Tatuzão. Cada um deles faz um segmento do anel, que é formado por oito partes.

Já na rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, no terreno do 23º Batalhão de Polícia Militar, funciona a central de concreto que abastece o trecho de obras da Zona Sul. Em janeiro deste ano, foi registrada a maior concretagem em obras do metrô já realizada no Rio. Na estação de Nossa Senhora da Paz, foram assentados 1,6 mil metros cúbicos de concreto para a execução da laje de teto da estação. O material foi transportado em 200 viagens de caminhão. Esta será a primeira estação a receber o Tatuzão, que segue em direção à Gávea.

“No canteiro da Leopoldina, a produção de aduelas já é superior a 1.645 anéis de concreto completos. Este número equivale a mais de 59% da produção que será necessária para construir os túneis entre a Estação General Osório, em Ipanema, e a Estação Gávea”, explicou Wedson Tonon, engenheiro responsável pela fábrica de aduelas.

Anéis ficam prontos em um mês -A produção funciona em sistema carrossel, semelhante a uma linha de montagem de automóveis. Cada molde tem um operário que trabalha exclusivamente para monitorá-lo. Cerca de 200 pessoas atuam neste processo, divididos em dois turnos. Por dia, 10 anéis são produzidos e cada um deles demora cerca de um mês para ganhar resistência e ficar pronto para uso. O cimento utilizado na fábrica também é feito na Leopoldina.|Suzane Lima.