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15/03/2014 - 09:24

Exportações de sucata têm queda no 1º bimestre

Setor registra recuo de 8,3% em receita e 6,7% em volume para o mercado internacional ante o mesmo período de 2013.

São Paulo – As exportações de sucata de ferro e aço, matéria-prima usada na produção de aço, fecharam o primeiro bimestre deste ano em queda de volume e receita em comparação ao mesmo período de 2013. As vendas externas em janeiro e fevereiro atingiram 94 mil toneladas, com recuo de 6,7% em relação aos primeiros dois meses de 2013. A receita teve uma retração ainda maior. As empresas faturaram com exportações US$ 35,4 milhões, recuo de 8,3% ante o mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Parte da queda registrada deve-se, em geral, ao menor apetite da Ásia. A região é a principal compradora de sucata brasileira no exterior. A redução do crescimento na demanda, no entanto, não deve ser encarada como um movimento permanente, segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferrosa (Inesfa), que representa as empresas responsáveis por 47% de toda a sucata preparada no Brasil. Ao longo do último ano, a procura pela sucata por parte das siderúrgicas chinesas mostrou-se, conforme o instituto, um mercado com grande potencial de desenvolvimento.

De acordo com o balanço anual realizado pelo MDIC, o volume total de vendas externas em 2013 alcançou 453,4 mil toneladas, um pequeno aumento em relação às 444,3 mil toneladas em 2102. A receita no ano passado chegou a US$ 177,8 milhões de receita, ante US$ 219,4 milhões em 2012. O primeiro semestre de 2013 apresentou um melhor desempenho nas exportações, com receita de US$ 91,7 milhões e volume de 217,3 mil toneladas. O segundo semestre fechou em US$ 85 milhões, e volume exportado de 236 mil toneladas. O ano de 2013 teve muitos altos e baixos. Após um primeiro semestre com queda nas exportações, a partir de julho houve uma recuperação nas vendas externas, mas não o suficiente para mudar o patamar de vendas registrado nos últimos anos.

De acordo com o Inesfa, o Brasil ainda vende muito pouca sucata ferrosa, cerca de 3,5% do consumo interno, o que corresponde a apenas 0,2% das exportações mundiais do produto. O volume é muito pequeno em relação ao consumo no mercado interno, que se mantém abastecido pelos estoques nos pátios das empresas de comércio atacadista. A produção interna e os estoques garantem a oferta às siderúrgicas nacionais. Além disso, a sucata ferrosa exportada hoje é um tipo de matéria-prima não adquirida pelas usinas brasileiras.

As exportações brasileiras de sucata ferrosa começaram a crescer em 2008, por causa da retração do mercado interno e aumento dos estoques nos pátios das empresas. Naquele ano, houve uma grande crise no setor siderúrgico, com queda na produção de aço e redução de preços. Como saída a essa situação, os comerciantes de sucata foram obrigados a buscar as exportações.

A sucata ferrosa é um importante insumo utilizado no processo de fabricação do aço. Atualmente, a participação da sucata na produção de aço bruto no Brasil vem oscilando entre 26% e 28%, abaixo da média mundial, que foi de 45% em 2012, informa o Inesfa. No exterior a sucata é tratada como commodity, com cotação internacional, e tem valores de 30% a 40% mais altos que no Brasil. Apesar da diferença de preço, segundo o Instituto, o Brasil exporta apenas 3,5% do volume da sucata consumida no mercado interno. Os principais países exportadores de sucata são, na ordem, Estados Unidos (22,1%), Alemanha (8,9%), Holanda (5,2%), Reino Unido (7,0%) e Japão (4,9%). Juntos, os cinco países respondem por quase 50% das exportações mundiais de sucata.

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