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18/03/2014 - 09:11

Inca estima 2 mil novos casos de Linfoma de Hodgkin em 2014

Doença acomete especialmente indivíduos entre 20 e 30 anos de idade.

Segundo estimativa divulgada recentemente pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de dois mil novos casos de Linfoma de Hodgkin serão diagnosticados no Brasil em 2014, sendo 1.300 novos casos em homens e 880 entre as mulheres. Os valores correspondem a um risco estimado de 1,28 casos novos a cada 100 mil homens e 0,83 a cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o LH, em homens, é o 13º mais frequente nas regiões Centro-Oeste (2,10/ 100 mil), Sudeste (1,41/ 100 mil) e Norte (0,71/ 100 mil). Nas regiões Sul (1,78/ 100 mil) e Nordeste (0,78/ 100 mil), é o 14º. Para as mulheres, é o 16º mais frequente nas regiões Sudeste (1,08/100 mil), Sul (1,03/100 mil) e Norte (0,46 /100 mil), enquanto, nas regiões Centro-Oeste (0,72/100 mil) e Nordeste (0,48/100 mil), é o 17º.

O Linfoma de Hodgkin acomete especialmente indivíduos entre 20 e 30 anos de idade, em outras faixas etárias é em menor frequência. O tratamento é feito com quimioterapia associada ou não à radioterapia, sendo a chance de cura nos estágios iniciais em torno de 80 a 90% e, nos estágios avançados, de aproximadamente 60 a 70%. Essa forma de câncer se origina no sistema linfático, que inclui principalmente os linfonodos, baço e amígdalas.

A jovem Larissa Meira, hoje com 27 anos, descobriu aos 20 que estava com a doença. A estudante conta que começou a sentir algumas dores nas costas em 2006. No início, atribuía ao peso da mochila, ao sedentarismo e às tensões, as dores que sentia. Quando elas pioraram, procurou um médico. “Ao todo, fui em oito ortopedistas, todos diziam que era erro de postura e receitavam analgésicos, antiinflamatórios e fisioterapia. O alívio era apenas temporário”, afirma Larissa.

Ela ignorava outros sintomas, como perda de peso e coceira nas pernas. “Achava que era tudo por causa da rotina agitada”, conta. Em 2007, um ortopedista solicitou uma ressonância magnética e o resultado foi surpreendente: Larissa tinha dois tumores na coluna. Segundo o onco hematologista Celso Massumoto, casos como o da Larissa acontecem porque os sintomas do Linfoma podem ser mascarados por uma série de fatores. “O uso de antiinflamatórios, por exemplo, pode diminuir momentaneamente o tamanho dos linfonodos, adiando o diagnóstico”, explica o médico. Segundo o especialista o grande desafio do Linfoma é detectá-lo precocemente, pois as chances de cura são enormes nesses casos. “Atualmente alguns tipos de Linfoma já contam inclusive com a ajuda de terapias alvo, drogas mais eficientes e que atacam a raiz do problema”, finaliza o médico.

Larissa passou por diversas quimioterapias, autotransplante de medula óssea, terapias alvo e está livre da doença. A jovem recentemente tornou-se mãe e afirma que a doença ficou no passado. Larissa é autora do blog [espremendolimao.blogspot.com] .

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