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18/03/2014 - 09:39

Valor dos bens exportados pelo Brasil deve crescer entre 7% e 8% ao ano até 2030, segundo estudo do HSBC

Taxa de câmbio mais competitiva e demanda externa mais forte, principalmente de Estados Unidos, Europa, China e Índia, contribuirão para aumentar a competitividade do País. Exportações podem ser o contraponto a uma redução do crescimento da economia interna em 2014 e 2015, diz o Global Connections, estudo semestral feito pelo HSBC com 25 países.

A perspectiva de um forte crescimento do comércio mundial nos próximos anos trará oportunidades para os exportadores brasileiros. Como a atividade econômica dos Estados Unidos e Europa está ganhando impulso, e os grandes mercados emergentes como China e Índia continuam a crescer num ritmo forte, o Brasil deve ver uma aceleração da demanda externa por seus produtos.

Além disso, as perspectivas de depreciação persistente da moeda brasileira e menor aumento real dos salários sugerem que o país recuperará a competitividade em mercados de exportação. É o que permitirá que o valor da exportação de produtos cresça anualmente entre 7% e 8%, em média, até 2030. O forte crescimento na importação de equipamentos de tecnologia também deve ajudar a expandir a produtividade do Brasil nas próximas décadas.

As exportações são o lado positivo de uma economia que deve ver o seu ritmo interno desacelerar em 2014 e 2015, com demanda interna mais tímida, inflação persistente e investimento em ritmo lento.

Índice de Confiança do Comércio do HSBC - O Índice de Confiança do Comércio do HSBC (Trade Confidence Index) subiu dois pontos nos últimos seis meses e saiu de 115 para atingiu 117 pontos, retornando ao nível observado um ano antes. Um aumento na demanda externa provocou a subida do Índice, segundo os entrevistados da pesquisa realizada pelo HSBC.

Entretanto, o Índice ainda está abaixo de seu nível máximo de 129 pontos, atingido no primeiro semestre de 2010. Mais da metade dos entrevistados espera que os volumes comerciais aumentem nos próximos seis meses (ligeiramente acima da última leitura, seis meses atrás). Segundo a pesquisa, a demanda mais forte dos parceiros comerciais do Brasil e uma retomada geral do comércio global determinará este aumento nos fluxos comerciais. Cerca de 60% dos entrevistados destacaram esses fatores como determinantes para estimular o comércio internacional.

A recuperação da Europa é um bom presságio para os exportadores brasileiros no curto prazo. Mais de um quinto dos entrevistados do Índice de Confiança do Comércio do HSBC se referem à Europa como a região mais promissora para o crescimento dos negócios, uma melhoria significativa de 10% na resposta em relação há seis meses. Um quarto dos entrevistados identificou a Ásia como a região mais próspera nos próximos seis meses, semelhante à pesquisa anterior. O Índice de Confiança do Comércio HSBC mostrou também que, no médio prazo, a base de exportação geograficamente diversificada do Brasil significa que o país pode ganhar parcela de mercado não apenas em commodities como também em produtos com mais tecnologia como aviões e equipamentos para exploração de petróleo. Além disso, o forte crescimento atual da China, Índia e América Latina deve se refletir em oportunidades significativas de expansão comercial.

O desafio da Tecnologia -Os equipamentos de tecnologia responderão por quase 10% do aumento previsto nas importações de produtos até 2030. A demanda maior de produtos de alta tecnologia do Brasil será um fator cada vez mais importante nas vendas e exportações dos EUA de equipamento de tecnologia.

A tecnologia é crucial ao aumento da produtividade, uma área em que o Brasil tem tido notadamente um baixo desempenho em relação a outras economias dos mercados emergentes nas últimas duas décadas. Portanto, o Brasil precisa aumentar o investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para dar vazão a seu potencial de crescimento.

O país está bem colocado em termos de incentivos fiscais para P&D, mas tem baixo desempenho em termos de aplicação de patentes (per capita), ficando atrás de outros mercados emergentes como China, Rússia, Uruguai e Chile.

China se mantém como principal parceiro comercial -Os corredores comerciais entre Brasil e China devem continuar a crescer no longo prazo, consolidando sua posição como o mais importante destino de exportação do Brasil. No entanto, como a Índia continua a se aproximar das economias avançadas com suas altas taxas de crescimento, os exportadores brasileiros também devem entrar em seu imenso mercado interno. Assim, a Índia se tornará o quarto maior parceiro comercial do Brasil até 2030 (entre as 25 economias analisadas pelo HSBC).

No nível setorial, commodities como minério de ferro e produtos de origem animal continuarão a ser um fator determinante das exportações brasileiras. Mas, quando a produção de petróleo do pré-sal começar, o Brasil deve se tornar um grande exportador líquido do produto até 2030. Na área de importação, o maquinário industrial, equipamentos de transporte e tecnologia devem dominar as importações do Brasil no futuro.

Perfil - O HSBC Bank Brasil é uma subsidiária integral da HSBC Holdings, um dos maiores conglomerados financeiros do mundo. Com sede em Londres, o Grupo HSBC atua em mais de 80 países das Américas, Europa, Ásia, Hong Kong, Oriente Médio e Oceania.

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