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18/03/2014 - 09:50

Ano começou bem antes do carnaval

Definitivamente 2014 ficará para a história, não só pela realização da Copa do Mundo, 64 anos depois, mas pela total mudança de rotina que a competição impôs ao país. Os setores público e de turismo foram os mais afetados e tiveram que agilizar obras e tarefas para estarem preparados para receber as seleções, os jornalistas que farão a cobertura do evento e os milhares de visitantes. Mas a economia como um todo tem sentido que é um ano diferente. Nunca os dois primeiros meses do ano foram tão movimentados para o segmento de finanças e serviços.

A Copa do Mundo movimenta e movimentará cada vez mais a nossa economia em uma crescente nos próximos meses. Haverá uma melhor oferta de crédito, o que trará mais dinheiro ao mercado e em contrapartida uma disposição maior também de bancos e financeiras para renegociar dívidas. Neste cenário são grandes as possibilidades de uma queda na inadimplência.

O desemprego no Brasil tem registrado uma variação na casa dos 6% e, certamente, com a competição ocorrendo em doze sedes pelo país, a contratação de ainda mais pessoas vai significar uma redução dos números. O varejo será o maior beneficiado com as aberturas de postos de trabalho, principalmente nos grandes centros onde haverá jogos ou onde haverá grande interesse turístico. Os créditos imobiliário e consignado também seguirão em alta. A desaceleração ficará por conta do setor de veículos, como já vem ocorrendo.

Mas nem tudo serão flores e é preciso ficar atento às manifestações anti Copa, além da possibilidade de greves setoriais e gerais. Muitos movimentos sociais, sindicatos e políticos podem se aproveitar do momento onde todas as atenções estarão voltadas ao Brasil, para intensificar as reivindicações e pressionar governos e patrões. Se a seleção não ganhar a Copa, teremos uma ressaca negativa, com eleições dois meses adiante. Se ganhar, a ressaca será positiva.

A previsão seria que o 1º semestre de 2014 gerasse muitos negócios e, pelos sinais, estamos indo neste sentido. Já o 2º semestre, utilizando uma metáfora futebolística, será um rebote, as tentativas que não vingarem nos primeiros seis meses do ano terão uma segunda chance e com uma vantagem: será um semestre praticamente sem feriados. Um ano realmente diferente para aproveitarmos as oportunidades que aparecerem. Um ano que o Brasil nunca teve...

.Por: Carlos Zanchi, vice-presidente do IGEOC.

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