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11/12/2007 - 10:03

Cenário econômico para 2008 com base na recessão dos EUA, projeta especialista

"Há uma série de análises que apontam para recessão, ainda que limitada, nos Estados Unidos. As questões que levam a esta observação estão centradas no aprofundamento da crise imobiliária americana, que vem mostrando seus primeiros efeitos com a queda do consumo das famílias norte-americanas e a preocupação do Banco Central Americano (FED), que adota uma política de leve redução na taxa de juros básica da economia, com o intuito de motivar as empresas a novos investimentos. Ressalta-se, também, a recente preocupação do FED com relação as empresas imobiliárias, para que não executem com muita avidez as hipotecas vencidas. Projeções históricas das últimas cinco recessões americanas mostram, claramente, que uma queda do consumo neste país pode reduzir o crescimento mundial do próximo ano, estimado em cerca de 3,8%, para algo em torno de 2,3%. Embora alguns analistas comentem que os EUA hoje não têm importância substancial na pauta de exportações brasileiras, não podemos esquecer que a queda do consumo americano afetaria diretamente a China, responsável atualmente por quase 30% das importações americanas.

A redução de produção na China, por sua vez, afetaria de imediato o mercado de commodities, com impactos nos preços e nos volumes exportados pelo Brasil nas áreas de minerais ferrosos. Menor produção significa, também, menor consumo de petróleo. A redução do consumo leva à redução do preço do produto no mercado internacional, afetando vigorosamente nossos projetos na área da Petrobras e da energia renovável. Com menos dinheiro em circulação, haverá menor volume de investimentos, consequentemente, redução dos volumes de apostas nas bolsas mundiais (commodities e títulos), o que causará um realinhamento de preços para baixo, das empresas e dos produtos exportados, agronegócio como exemplo. Esse cenário vem tornando-se cada vez mais possível de ocorrer a partir de março/abril do próximo ano.

Vale lembrar que esses efeitos macroeconômicos mostram seus efeitos, normalmente, com uma defasagem de 2 a 3 meses a partir do momento que se iniciam. Recomenda-se aos empresários muita cautela nos planejamentos para o próximo ano, sobretudo em questões que envolvem divisas externas (dólar, euro e yuan, entre outras moedas). Seria prudente que as empresas se organizassem dentro de um plano B, isto é, plano A para o caso de recessão moderada nos EUA e plano B caso essa recessão seja mais acentuada", diz Carlos Stempniewski, mestre em Administração de Empresas e professor do curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco.

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