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11/12/2007 - 10:32

Vitória argentina no IX FIC Brasília

“XXY”, de Lucia Puenzo, é o vencedor da mostra competitiva. Já o filme “A Via Láctea” conquista o II Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro.

Brasília (DF) – Foi realizada ontem à noite a cerimônia de premiação do IX Festival Internacional de Cinema de Brasília (FIC Brasília). O evento, realizado na Academia de Tênis, foi marcado pela emoção e surpresa. Até o momento do anúncio dos vencedores, a expectativa do público era grande. A revelação, feita pelos atores Milton Gonçalves e Maria Ceiça, surpreendeu a todos.

O longa-metragem argentino “XXY”, de Lucia Puenzo, foi o grande vencedor da mostra competitiva. O filme não era um dos favoritos do festival, mas chamou a atenção do júri pela “estréia surpreendente da diretora ao conduzir com sensibilidade e elegância um tema complexo e comovente com diálogos e silêncio perturbadores”, justifica uma das juradas da mostra, Tizuka Yamasaki.

O Prêmio Especial do Júri ficou com “O universo de Keith Haring”, de Christina Clausen. De acordo com a comissão julgadora, o longa resgata a memória de um grande artista plástico com ternura a partir de um precioso e rico arquivo, que resulta, ainda, em um grande trabalho de edição. A mostra competitiva também contemplou o melhor diretor do festival. O vencedor foi o chinês Daming Chen, pelo filme “One foot off the ground”, que conta a história de um grupo de atores de ópera desempregados que fazem plano para o futuro.

Já o filme “Eu e o outro”, de Mohsem Milliti, foi eleito pelo público o melhor filme da mostra competitiva. Para o diretor do FIC Brasília, Marco Farani, apesar das chuvas, este ano o evento manteve uma boa média de público. “Cerca de 15 mil pessoas passaram pelo festival nestes dez dias do evento. Isso mostra que o público de Brasília está cada vez mais interessado por cinema, o que coloca o FIC em posição de destaque no calendário cultural do DF e do Brasil”, afirma.

Destaques nacionais – A noite foi marcada, ainda, pelo anúncio dos vencedores do II Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro, evento paralelo ao IX FIC Brasília, criado em parceria com o Ministério das Relações Exteriores com o objetivo de projetar as produções nacionais.

O júri do Prêmio Itamaraty, formado por Denise Gomes, Renato Barbieri, Eliana Zugaib e Cláudio Aragon, elegeu o longa “A Via Láctea”, de Lina Chamie como o melhor do festival pela originalidade do roteiro, a qualidade das atuações e a poética construção narrativa. Na hora da premiação, Lina Chamie se mostrou muito emocionada e apenas agradeceu ao público pela conquista.

O curta vencedor foi “Yansan”, de Carlos Eduardo Nogueira. Segundo a comissão julgadora, o filme faz uma síntese criativa da tradição afro-brasileira com a narrativa do mangá japonês. A produtora do filme, Maíra Borges também agradeceu o público pelo prêmio.

O prêmio especial do júri foi para “A casa de Alice”, de Chico Teixeira, e para o curta “Vida Maria”, de Márcio Evangelista. No seu pronunciamento, o diretor fez referência ao pai, falecido há um mês. Emocionado, ele afirmou que o prêmio marca o início de uma nova etapa da sua vida como cineasta.

E o longa de Carlos Alberto Riccelli, “O signo da cidade”, caiu mais uma vez nas graças do público, que o elegeu o melhor do Prêmio Itamaraty. Entre os curtas, a escolha do público foi para o brasiliense Francisco Acioli Gollo, pelo filme “Café da Manhã”, que foi bastante aplaudido. O diretor também se lembrou do pai, que foi diretor do Pólo de Cinema e Vídeo de Brasília. Segundo ele, o pai foi o maior incentivador da sua carreira.

Algumas pessoas ficaram surpresas com o resultado. A estudante de cinema, Patrícia Dantas, estava na torcida por “Um amor jovem”, de Ethan Hawke, mas ficou satisfeita pela vitória de “XXY”. “É um filme muito bom, forte e comovente”, avalia. Porém, as constantes alterações da programação e o valor dos ingressos a irritou. “Para um festival, acho o preço muito alto, ainda mais com tantos filmes para conferir”, afirma.

O casal de funcionários públicos Marina Ferraz e João Correia também gostaram do festival, mas sugerem que a divulgação seja intensificada para que o público tenha mais acesso ao evento. “Achamos, ainda, que o FIC poderia ser realizado em outra data, pois muitas pessoas costumam confundir o evento com o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB)”, diz Marina.

Livian Valias tem a mesma opinião. Este já é o segundo FIC Brasília que a produtora de Moda acompanha e ela acredita que deveria haver um espaço maior entre o evento e o FBCB, mas não poupa elogios ao FIC quanto o assunto é seleção dos filmes. “Este ano, há uma diversidade de gêneros. Em geral, são filmes exclusivos e inéditos. É uma oportunidade de ver algo diferente”, afirma.

Muitos filmes tiveram lotação em todas as sessões. É o caso de “I’m note there”, de Todd Haynes, e “À prova de morte”, de Quentin Tarantino. Mesmo fora da mostra competitiva, os longas tiverem sucesso de público no festival. E quem ainda não assistiu tem até terça-feira, 11 de dezembro, para ver o que ainda está em cartaz no IX FIC Brasília. A programação completa está no site www.ficbrasilia.com.br. As sessões começam em torno das 17h, com três sessões diárias por sala em média. Os ingressos custam $ 14 (meia) e R$ 7 (meia). Na compra acima de dez ingressos, os valores serão promocionais: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), cada.

Perfil da Festival Internacional do Cinema de Brasília – O Festival Internacional de Cinema de Brasília foi criado em 1999. Desde então, passou a ter destaque na programação cultural do país, com programação e acontecimentos constantemente divulgados em cadernos culturais dos principais jornais de todo o país. O Festival também promove um ciclo de debates sobre os temas tratados pelos filmes que participam do festival, bem como sobre temas ligados à Sétima Arte e, desde o ano passado, realiza o Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro com o objetivo de divulgar e premiar os filmes nacionais. Grandes nomes do cinema já marcaram presença do festival como o ator norte-americano Morgan Freeman, o diretor israelense Amos Gitai, o diretor sueco Lucas Modisoon, o diretor independente norte-americano Todd Solondz, além dos brasileiros, Othon Bastos, Karim Aïnouz, Tizuka Yamazaki, Paulo Betti, Milton Gonçalves, dentre tantos outros. O IX Festival Internacional de Cinema de Brasília é patrocinado pela Embraer, Centro Universitário Unieuro, Eletrobrás e da Companhia de Concessões Rodoviárias. O evento tem, ainda, o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Academia de Tênis Resort.

IX Festival Internacional do Cinema de Brasília, acontece de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2007, na Academia de Tênis de Brasília, R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Na compra acima de dez ingressos, os valores serão promocionais: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), cada.Programação: www.ficbrasilia.com.br

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