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21/03/2014 - 06:47

O Guia do Jovem Empreendedor para Países em Desenvolvimento


Ser empreendedor em um país em desenvolvimento é como se arriscar num jogo ajustado para o nível máximo de dificuldade. Não que nos países desenvolvidos esta atividade não incorra riscos, pelo contrário, o empreendedorismo sempre envolverá assumir riscos e sofrer a espera da renda futura. Mas no caso dos países em desenvolvimento há uma série de obstáculos e particularidades que podem tornar os 12 trabalhos de Hércules um passeio no parque. Pensando em tornar a vida do jovem empreendedor um pouco menos penosa foi elaborado um guia com informações essenciais para a sobrevivência do jovem empreendedor. O guia ensina que o primeiro passo é entender como funciona o capitalismo.

Ao contrário do que a maioria acredita a riqueza de empreendedores bem-sucedidos não é a causa da pobreza de nenhuma outra pessoa, mas uma consequência por ter melhor servido seus consumidores. Num cenário de livre concorrência, respeito às liberdades individuais e a propriedade privada, enriquece aquele que melhor serve a sociedade. Agora privilégios e protecionismos estatais sabotam o funcionamento do mercado e permitem que empreendedores ineficientes prosperem, mesmo sem atender adequadamente seus consumidores.

O guia ensina que ao ser acusado de explorar a sociedade, desde que não beneficiário de algum privilégio e/ou protecionismo estatal, o empreendedor deve explicar como o seu sucesso é apenas o reflexo de estar servindo bem a sociedade em suas necessidades.

Há também recomendações para lidar com outros tipos de acusações bem comuns como: 1) Acusado de ser o responsável pela inflação na economia -Neste caso explique a todos que o desequilíbrio das contas do governo, o aumento da quantidade de moeda na economia e as intervenções no funcionamento do mercado são as responsáveis e não você. Em um livre mercado o empreendedor que abusa dos preços é automaticamente descartado pelos consumidores. Uma prova disso é como grande parte dos antigos empresários e seus herdeiros foram eliminados e outras pessoas, novos empresários, tomaram os seus lugares.

No caso de uma medida mais drástica do governo como congelamento de preços, o guia afirma que o empreendedor deve desafiar a autoridade a mostrar com base nas experiências dos últimos mil anos, uma que não acabou em escassez de produtos e caos social.

2) Acusado de ser egoísta e só pensar no lucro -“Vocês, futuros empreendedores, têm de entender isso e já irem se acostumando. Amanhã, quando estiverem gerenciando suas empresas, vocês sentirão uma incompreensão diária e contínua e até um certo desprezo pela maioria que os considerará egoístas e gananciosos” afirma o guia no início deste tópico.

Diante de tal acusação basta o empreendedor explicar que no livre mercado graças à busca pelo seu auto-interesse ele é obrigado a oferecer produtos e serviços cada vez mais inovadores e/ou a custos menores, caso contrário perderá sua fatia de mercado para a concorrência, ou mesmo irá à falência.

O padrão de vida dos mais pobres é maior justamente naqueles países com maior número de empreendedores, enquanto que nos países com mais miseráveis encontramos poucos empreendedores bem sucedidos.

“Na história da humanidade taxar ou condenar o lucro trouxe prosperidade para alguma sociedade?” questiona o guia ao final deste tópico.

Adiante o guia contém um longo capítulo dedicado aos principais erros dos jovens empreendedores, como incluir um elevado salário para si mesmo, se preocupar em ter um escritório de fazer inveja a qualquer grande empresa, contratar muitos funcionários sem a necessidade, acreditando que o bom empreendedor é o que só delega e não faz nada, etc.

Por fim, nas últimas linhas do Guia do Jovem Empreendedor para Países em Desenvolvimento: “Todo indivíduo tem a liberdade para se tornar um empreendedor. A questão fundamental é entender que não importa quais são seus méritos, se trabalha 20 horas por dia, quantos diplomas têm, ou mesmo se já tem filhos, os consumidores vão eleger o seu negócio desde que você atenda suas necessidades. O sucesso depende da sua capacidade de servir a sociedade e não explorá-la”.

. Por: Richard Rytenband é economista pela PUC-SP e tem MBA em Gestão Financeira com ênfase em Investimentos e Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É também palestrante e Professor de Economia e Finanças. Comprou sua primeira ação na bolsa de valores com 14 anos e desde então tem atuado no mercado financeiro. É credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para divulgar análises de valores mobiliários, seja no âmbito técnico ou fundamentalista. Possui certificações do mercado financeiro da Ancord, Anbima: CEA; ICSS: Todas; Apimec: Gestor de RPPS, Anbima CPA-20, todas da BM&F e CNPI-P da Apimec. Cofundador e Coordenador Pedagógico da InfoPRO Timos e Timos ®. É o criador e produtor, ao lado de Felipe Okazaki, dos jogos educativos: “A Pequena Grande Crise (2008), A Pequena Grande Crise 2: A Ameaça Agora é Outra (2012).[www.apequenagrandecrise.com.br) e Ciladania (http://www.ciladaniasp.com.br].

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