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22/03/2014 - 08:43

Bimestre de 2014 com aumento de 3,27 nas vendas internas de produtos químicos, aponta Abiquim

Soma maior que nos dois primeiros meses de 2013. Apesar do aumento das vendas em comparação com fevereiro de 2013, paradas programadas para manutenção e mês mais curto puxaram volumes de produção e de vendas para baixo em relação a janeiro de 2014.

Conforme informações preliminares da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), embora o índice de vendas internas tenha apresentado queda de 7,24% em fevereiro em relação ao mês anterior, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas internas são positivas em 3,27%, sobre igual período de 2013. Na comparação com igual mês do ano passado, o índice de fevereiro exibiu elevação de 4,63%.

Entretanto, os volumes realizados em fevereiro de 2014, tanto em termos de produção quanto de vendas internas, exibiram quedas, na comparação com o mês anterior. As empresas aproveitaram o início do ano, que tradicionalmente é mais calmo no setor, para realizar paradas programadas para manutenção, impactando a produção. Além das paradas, o mês de fevereiro teve três dias a menos do que janeiro, o que acaba tendo impacto em um setor que opera em regime de processo contínuo. O índice de produção caiu 12,91% em fevereiro sobre janeiro e acumulou retração de 3,21% no primeiro bimestre, sobre igual período do ano passado. Na análise dos últimos 12 meses, sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume são positivos. A produção subiu 1,51% e as vendas internas cresceram 1,26%.

O índice de utilização da capacidade instalada ficou em apenas 73% em fevereiro, dez pontos abaixo da média registrada em janeiro e cinco pontos menor do que a taxa de ocupação relativa ao mesmo mês de 2013. Esse resultado também é reflexo da ocorrência generalizada de paradas programadas para manutenção, além do menor número de dias do mês. Na média do primeiro bimestre, o nível operacional do segmento de produtos químicos de uso industrial ficou em 78%, contra 80% de média em iguais meses do ano passado.

Levando-se em consideração o Consumo Aparente Nacional (CAN), importante medida da demanda interna por produtos químicos de uso industrial, os resultados do primeiro bimestre deste ano sobre mesmos meses de 2013 sugerem estabilidade. O CAN exibiu, nessa comparação, recuo de 0,5%. Entretanto, tomando os dados dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, o CAN cresceu expressivos 6,5%. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira destaca a incoerência entre a demanda registrada e o crescimento das importações de produtos químicos no País. Nesse mesmo período, o aumento do volume importado foi de 16,7%. “Além de perder espaço para os importados, gerando emprego e riqueza fora do País, o segmento também não tem conseguido elevar suas exportações, o que é mais uma prova da perda de capacidade de competição no mercado internacional”, analisa Fátima. De acordo com a diretora, como a demanda não está aquecida no mundo, ainda há excedentes que estão sendo comercializados a custos marginais, desalinhando a oferta e os preços de diversos produtos.

Para Fátima, a falta de competitividade com esses produtos faz com que a ociosidade das plantas nacionais aumente e, assim, o setor perca as possibilidades de investimentos. “As oportunidades só se transformarão em realidade a partir do momento em que as empresas esgotarem o parque produtivo atual”, alerta. Nessa direção, a desoneração de PIS/Cofins sobre a compra de matérias-primas, que entrou em vigor em meados do ano passado, traz algum alívio na pressão que o setor vem sofrendo em relação à falta de competitividade e deve ajudar a elevar o nível de utilização das atuais plantas.

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