Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

27/03/2014 - 08:46

MMX Mineração com prejuízo de R$353,1 milhões no 4T13, e R$ 2 bilhões no ano

2014 segue com grandes desafios, mas também, com forte possibilidade de conquistas e realizações, aponta diretor-presidente de Relações com Investidores, Carlos Gonzalez.

Rio de Janeiro – A MMX Mineração e Metálicos S.A. (“Companhia” ou “MMX”) (Bovespa: MMXM3) anunciou seus resultados referentes ao ano de 2013, e a administração comentou os números apresentados: “o ano de 2013 foi dedicado ao inicio de um processo de reestruturação geral da MMX. Uma revisão completa e necessária da estrutura econômico-financeira bem como operacional da Companhia. Entre os objetivos e metas estabelecidos pela atual diretoria da Companhia, uma grande conquista foi a recente celebração de contrato definitivo da venda de 65% da MMX Porto Sudeste Ltda para o consórcio formado por Trafigura e Mubadala, através de suas respectivas subsidiárias. Com esta operação surge uma MMX praticamente livre de endividamento bancário, sócia em 35% de um grupo de investidores de primeira linha na participação no porto, agora denominado “Porto Sudeste do Brasil S.A”.

Diante das dificuldades financeiras que a Companhia atravessou ao longo do ano de 2013, foi necessário interromper e rever o projeto de expansão da Unidade Serra Azul. Por conta disso, uma série de medidas foram adotadas, sendo submetida e aprovada pelo Conselho de Administração da empresa a revisão do seu plano de negócios. Dentro do escopo dessas medidas está a busca de um novo parceiro estratégico que permita à Companhia seguir com seu projeto de expansão da Unidade Serra Azul, agora não mais orientado à produção de 29 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, e sim, 15 milhões de toneladas. Como consequência dessa tomada de decisão, a MMX reconheceu a perda correspondente ao valor recuperável dos ativos em Serra Azul no valor de R$ 913 milhões, aproximadamente. Foram contratados assessores financeiros para avaliação de oportunidades de negócios, seja a venda de ações detidas pelo acionista controlador na Companhia, bem como de uma participação na unidade de mineração Serra Azul de forma isolada, tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros. Esse processo encontra-se em andamento e esta diretoria espera conclui-lo o mais rapidamente possível, buscando formato que resulte no máximo de valor agregado para a empresa e seus acionistas.

Dentro da reestruturação geral da Companhia, mencionada anteriormente, a Unidade Corumbá e os investimentos no Chile também passaram por profunda revisão estratégica. Como conclusão desses estudos, a diretoria submeteu e aprovou junto ao Conselho de Administração a venda de ambos os ativos bem como o reconhecimento contábil de perda relativa à recuperação dos mesmos nos valores aproximados de R$ 224 milhões para os investimentos no Chile e de R$ 154 milhões para Unidade Corumbá. Ambos os movimentos impactaram negativamente as demonstrações financeiras e o resultado da Companhia, mas fazem parte de um processo maior de reorganização da MMX voltado para a criação de uma empresa mais enxuta e com uma estrutura patrimonial mais realista e saudável. A totalidade de ações da Unidade Chile foi vendida para Inversiones Cooper Mining S.A. e o processo de venda da Unidade Corumbá encontra-se em fase adiantada.

Dessa forma, pode-se resumir o contexto das estratégias para grande parte dos ativos, tanto de minério de ferro, quanto de logística, pertencentes à Companhia. Paralelamente a isso, foram e continuam sendo adotadas medidas buscando a adequação dos custos fixos e despesas operacionais ao novo plano de negócios aprovados para MMX. Algumas dessas ações, como a redução do quadro de colaboradores, parada das operações em Corumbá e a paralisação das obras de expansão da Unidade Serra Azul, são iniciativas necessárias e inevitáveis para a obtenção de um modelo de Companhia mais eficiente operacionalmente além de financeiramente adequada, com foco na geração de caixa, lucro liquido e um crescimento orgânico sustentável. Cabe ainda mencionar que o impacto negativo no Ebitda da Companhia, decorrente do reconhecimento da provisão relativa a multa de “delivery or pay” no contrato firmado entre MMX Porto Sudeste do Brasil S.A. e Usiminas , não ocorrerá mais, visto que a contar de 2014 esta obrigação passa a ser de responsabilidade integral daquela empresa, assim como os efeitos das despesas financeiras inerentes ao Instrumento de Títulos de Remuneração Variável Baseada em Royalties – MMXM11.

“Para a MMX, 2013 fica marcado como o ano de sua reestruturação, onde todos os colaboradores se superaram no profissionalismo, acreditando na continuidade da Empresa, não mais vislumbrando grandes projetos, mas sim, uma Empresa operacional, enxuta e que precisa dar resultados positivos para sua sobrevivência. Contaminados pela crise do Grupo EBX, linhas de crédito já aprovadas foram suspensas, assim como renovações foram negadas, o que comprometeu seriamente a saúde financeira da Companhia. Diante desse cenário, fomos obrigados a ser rápidos na revisão de estratégias e na adoção de medidas, muitas vezes dolorosas, buscando a preservação do caixa e solvência financeira da Companhia. O desligamento de um número representativo de colaboradores, a venda de ativos e a paralisação da implementação do projeto de expansão da Unidade Serra Azul podem ser usados como exemplos de algumas dessas medidas. Estamos cientes de que importantes etapas já foram cumpridas, mas que ainda existem desafios que exigirão desse time a mesma capacidade de superação de 2013. Mas concluída a venda de 65% de participação no porto, livres de endividamento bancário e confiantes na qualidade dos ativos que preservamos, acreditamos que 2014 ainda será um ano de grandes desafios, mas também, com forte possibilidade de conquistas e realizações “, concluiu Carlos Gonzalez, diretor-presidente de Relações com Investidores.

.Destaques de 2013 e eventos subsequentes: . Concluída a operação de investimento de Trafigura e Mubadala na Porto Sudeste do Brasil S.A. (anteriormente denominada MMX Porto Sudeste Ltda.) | .Aprovação pelo Conselho de Administração da revisão do plano de negócios |.Contratação de assessores financeiros para avaliação de oportunidades de negócios |.Revisão de valores e da estratégia para a Unidade Corumbá culminando com o reconhecimento de perdas relativas a realização dos ativos nesta Unidade, no valor de R$ 153,8 milhões |.Assinatura de acordo para venda da totalidade de ações da Unidade Chile junto a Inversiones Cooper Mining S.A |.Renovação dos contratos de arrendamento de direitos minerários com a Companhia de Mineração da Serra da Farofa ("CEFAR"), prorrogando os prazos de vigência de 2021 para 2034 |.Nova certificação de recursos minerais totalizando 3,6 bilhões de toneladas considerando a Unidade Serra Azul e as Minas Pau de Vinho e Bom Sucesso |.Conclusão do processo de aumento de capital da MMX no valor de R$ 1,4 bilhão, através da subscrição privada de novas ações ordinárias |.Chegada das duas carregadeiras de navios no Superporto Sudeste, fabricadas na China.

Contexto Econômico, Cenário e Perspectivas para o Setor de Mineração-Os preços do minério de ferro mantiveram, ao longo de Outubro de 2013, a estabilidade apresentada desde Agosto graças à manutenção da alta produção siderúrgica chinesa e do aumento da demanda causado pelo processo de reestocagem que já vinha se mostrando acentuado desde o início do 3T 2013. A média de preço do minério com 62% Fe CFR China ficou em aproximadamente US$ 132,50/dmt, exatamente em linha com a média do terceiro trimestre do ano. Neste período, a China produziu aproximadamente 65 milhões de toneladas de aço e importou 67,8 milhões de toneladas de minério, resultados 0,5% e 9,1% abaixo dos números de setembro, respectivamente. Apesar dos resultados aparentemente piores que os de setembro, o Brasil especificamente atingiu seu melhor desempenho na exportação de minério em 2013 totalizando 32,5 milhões de toneladas embarcadas.

O mês de novembro, por sua vez, teve início em meio à expectativa do mercado em relação à reunião do Comitê do Partido Comunista Chinês que daria mais transparência aos novos planos de urbanização do governo e definiria possíveis restrições à produção siderúrgica com o objetivo de conter o aumento da poluição nas principais cidades industriais chinesas. As restrições impostas, entretanto, afetaram menos de 1% da capacidade instalada de um mercado que já vinha apresentando certa capacidade ociosa. Desta forma, as margens das indústrias siderúrgicas estabilizaram-se e os estoques de minério de ferro mantiveram-se em patamares ideais, levemente abaixo dos níveis normais para essa época do ano. Essa estabilidade trouxe certo otimismo ao mercado que permitiu que os preços de Novembro subissem para patamares de US$ 136 / dmt. O início da preparação dos estoques chineses fez com que as importações desse país atingissem novo recorde histórico de 77,8 milhões de toneladas mesmo com uma produção siderúrgica 6,5% abaixo da de Outubro (60,9 milhões de toneladas). As exportações brasileiras também caíram para cerca de 31 milhões de toneladas.

As medidas estipuladas pelo governo para reduzir a poluição atmosférica começaram a tomar formas concretas em dezembro, quando já foi possível perceber uma queda na produção siderúrgica média diária na China, cujo resultado neste mês foi o pior de 2013 ficando próximo a 2 milhões de toneladas por dia. No início de Dezembro, o processo de reestocagem para o inverno ainda fortaleceu os preços que chegaram a US$ 140/dmt, mas esse aumento teve vida curta e o minério voltou a ser negociado na faixa entre US$ 130/dmt e US$ 135/dmt pouco antes do Natal.

Perspectivas para o longo prazo -A produção siderúrgica mundial em 2013 cresceu, em relação ao ano anterior, 3,1% ou cerca de 46 milhões de toneladas totalizando aproximadamente 1,6 bilhão de toneladas de acordo com a World Steel Association. Previsivelmente, apenas a China produziu 775 milhões de toneladas, 9% ou 66 milhões de toneladas acima da produção de 2012, o que permite concluir que todo o crescimento da produção siderúrgica mundial no ano passado veio de lá. Os resultados de outras economias maduras como Europa, Estados Unidos, Coréia e Japão mantiveram-se relativamente estáveis, o que já se pode considerar como um bom resultado considerando as quedas dos anos anteriores. Nas economias emergentes, Índia e Oriente Médio apresentaram crescimentos acima de 5%, enquanto a produção caiu na Rússia, no Brasil e na Turquia. Considerando ainda que as últimas decisões do Governo Central Chinês não indicaram nenhuma restrição específica para o mercado de construção civil e reiteraram a criação de 32 aglomerações urbanas (hubs) ao longo dos próximos 15 a 20 anos, a expectativa é de que a demanda por aço e, consequentemente, por minério de ferro continue forte e o pico do consumo de aço na China só ocorra daqui a alguns anos.

Neste cenário torna-se cada vez mais importante ter produtos com alto teor de ferro, garantia de recursos e reservas minerais certificados e acesso de longo prazo à infraestrutura adequada para exportação, características presentes nos projetos em desenvolvimento na MMX.

Em 2013, a MMX produziu 5,9 milhões de toneladas de minério de ferro, volume 20% abaixo do reportado em 2012. O resultado foi influenciado pela menor produção de minério na unidade MMX Corumbá no primeiro semestre seguida de sua paralisação total no segundo semestre, gerando, para esta Unidade, um resultado anual 65% inferior ao ano anterior. Na MMX Sudeste a produção de 2013 foi 8% menor que a do ano anterior devido, principalmente, à baixa disponibilidade de minério bruto (“run of mine”), adequações operacionais da planta de Tico-Tico e seu reposicionamento, liberando para 2014 novas frentes de lavra e processamento do minério.

No 4T13, a produção da MMX Corumbá permaneceu paralisada assim como no 3T13. Já na MMX Sudeste, a redução de 22% em relação ao 3T13 foi, basicamente, em função da realocação/repotenciamento, conforme mencionado anteriormente.

Em 2013, a MMX vendeu 6,6 milhões de toneladas de minério de ferro, volume 4% abaixo do reportado em 2012. No ano, as exportações representaram 52% das vendas, participação expressivamente superior ao reportado em 2012 onde 29% do material vendido foi destinado ao mercado externo.

Os principais fatores para a diminuição das vendas em relação a 2012 foram (i) na MMX Corumbá a venda foi menor por conta do desaquecimento do mercado local e o baixo calado da hidrovia e (ii) na MMX Sudeste, um menor volume de produção em função das restrições de lavra e adaptações da planta Tico Tico.

As exportações totalizaram 45% das vendas da MMX Sudeste e 93% da unidade Corumbá. No 4T13, as vendas da companhia totalizaram 1,4 milhão de toneladas, volume 34% abaixo do 3T13. Na MMX Corumbá a queda do calado na hidrovia impactou negativamente a continuidade dos embarques para a Siderar desde Outubro, acompanhado de um baixo desempenho de embarques para a Vetorial com apenas 7,5% do que havia sido programado. Na MMX Sudeste o volume de vendas para o mercado interno no 4T13 ficou em linha com o trimestre anterior, porém houve um recuo das exportações neste período, uma vez que a programação de embarques negociada com a Vale (CPBS) e a CSN (TECAR) considerou uma menor concentração no último trimestre do ano.

O custo do produto vendido da MMX em 2013 foi de R$ 388 milhões, aumento de 5% em comparação com 2012. Em termos unitários, o CPV/ton foi R$ 58,30/ton, 9% acima de 2012. O menor volume de vendas em 2013 frente a 2012 impactou negativamente a diluição dos custos fixos. Além disso, houve um aumento no recolhimento de CFEM e no pagamento de royalties Cefar em função de uma receita líquida 29% superior ao ano anterior. Em 2013 também ocorreu um maior recolhimento de TFRM, uma vez que esta nova taxa entrou em vigor em Abril/2012 em Minas Gerais e em Janeiro/2013 no Mato Grosso do Sul.

O CPV divulgado pela Companhia no 4T13 foi de 84,3 milhões, 22% abaixo do custo do 3T13, basicamente por conta da redução do volume de vendas no período (-34%). Destaca-se no período a paralisação das operações em Corumbá e menor volume de exportação da Sudeste. Em termos unitários, o CPV/ton do 4T13 foi de R$ 59,95, aumento de 19% em relação ao 3T13. Esse aumento foi em função, principalmente, de uma maior utilização de finos na alimentação da planta, gastos com realocação e adequações operacionais da planta da Tico-Tico e reajuste salarial em novembro da equipe de operações, retroativamente a agosto, além de um menor volume de produção no período com consequente menor diluição dos custos fixos.

Em 2013, as despesas comerciais totalizaram R$ 518,7 milhões, montante 110% superior a 2012. O principal fator que influenciou o aumento foi a mudança no mix de vendas por mercado, onde as exportações foram priorizadas representando 52% do total das vendas em 2013 contra 29% de participação em 2012. Este movimento ocasionou maior desembolso com frete ferroviário, terminais portuários e ferroviários, e frete marítimo, em função de venda spot na modalidade CFR (custo e frete).

As despesas comerciais no 4T13 somaram R$ 129 milhões. Na comparação com o trimestre anterior, houve uma redução de 25% nestes gastos em função da redução das vendas, e da menor proporção de exportações neste trimestre frente ao anterior (4T13: 29% versus 3T13: 51%).

Em 2013, a MMX teve Despesas Gerais e Administrativas consolidadas de R$ 174,5 milhões, acréscimo de 2% em relação ao ano anterior. Os principais efeitos que impactaram o G&A das operações (i) a não capitalização das despesas do Projeto Serra Azul a partir do 3T13 na MMX Sudeste representando aproximadamente R$ 15 milhões, (ii) provisão para não realização de ICMS no valor de R$ 7,3 milhões e recolhimento de ISS no valor de R$ 4,5 milhões na MMX Corumbá e (iii) baixa de créditos de PIS e COFINS na MMX Metálicos no montante de R$ 11,2 milhões.

No 4T13, a MMX apresentou Despesas Gerais e Administrativas Consolidadas de R$ 49 milhões, aumento de 8% quando comparada ao trimestre anterior e 12% inferior ao 4T12. O principal efeito que impactou o G&A das operações foi a baixa de créditos de PIS e COFINS na MMX Metálicos no montante de R$ 11,2 milhões.

. Ebitda - A CVM, através da Instrução 527, de 4 de outubro de 2012 (“Instrução”), dispôs sobre a divulgação voluntária do Ebitda, produzindo efeitos nas divulgações efetuadas a partir de 1º de janeiro de 2013. A administração da MMX optou por adotar as recomendações desta Instrução já nas demonstrações do exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Neste documento, dentre outros aspectos, a CVM instrui que não podem ser retirados do cálculo do Ebitda os itens não recorrentes, não operacionais ou de operações descontinuadas. O indicador será obtido segundo a fórmula:

Ebitda = Resultado líquido do período + Tributos sobre o lucro + Despesas Financeiras Líquidas + Depreciações/amortizações/exaustões

A mesma Instrução permite que a Companhia divulgue os valores de Ebitda ajustado excluindo os resultados de operações descontinuadas e outros itens que contribuam para uma melhor informação acerca do potencial de geração bruta de caixa. Com isso, a fórmula acima será acrescida dos itens sublinhados abaixo:

Ebitda ajustado = Resultado líquido do período + Tributos sobre o lucro + Despesas Financeiras Líquidas + Depreciações/amortizações/exaustões + Resultado de equivalência patrimonial + Provisão para patrimônio líquido a descoberto + Redução ao valor recuperável de ativos + Plano de opções

O reporte do Ebitda e as explicações decorrentes das variações serão feitos considerando o Ebitda ajustado. O Ebitda, conforme Instrução da CVM, e a reconciliação do Ebitda ajustado estão indicados no final deste relatório.

Em 2013 a MMX registrou um Ebitda ajustado consolidado negativo em R$ 156,6 milhões. Os principais impactos foram a provisão relativa à multa de delivery or pay do contrato de prestação de serviços portuários entre a MMX Porto Sudeste e  Mineração Usiminas S/A no montante de R$ 185,3 milhões, além de provisão para take or pay do contrato de prestação de serviços de frete ferroviário entre a MMX Sudeste e  MRS Logística no montante de R$ 45,4 milhões. Expurgando-se estes dois efeitos, o Ebitda de 2013 totalizaria R$ 74,1 milhões, 53% superior ao exercício anterior.

O Ebitda ajustado consolidado registrado pela MMX no 4T13 foi negativo em R$ 131,4 milhões, 88% acima do 3T13, principalmente pelo registro das provisões mencionadas acima, sendo R$ 72 milhões do contrato com a Mineração Usiminas S/A na MMX Porto Sudeste e a provisão integral do take or pay do contrato da MRS Logística com a MMX Sudeste. Em termos operacionais, o menor volume de vendas no período também contribuiu para a redução do Ebitda neste período.

O Resultado Financeiro Líquido da MMX, negativo em R$ 746,7 milhões, apresentou crescimento de 34% em 2013, influenciado principalmente pela apreciação do dólar frente ao real e pelo ajuste do passivo de longo prazo representado pelo valor presente da expectativa do fluxo de pagamento de royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável (MMXM11).

No 4T13, a Companhia reportou resultado financeiro líquido negativo em R$ 239,6 milhões, dos quais destacamos: (i) R$ 4,2 milhões de receita financeira, (ii) R$ 104,1 milhões de despesa financeira e (iii) R$ 139,7 milhões de variação cambial negativa, principalmente do passivo de longo prazo representado pelos royalties.

Resultado Líquido -No ano de 2013, a MMX apresentou prejuízo líquido de R$ 2.068,5 milhões frente ao prejuízo líquido de R$ 795,7 milhões em 2012. Uma parcela representativa de impacto negativo no resultado líquido anual da Companhia foi o reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul e direitos minerários de Bom Sucesso no valor total de R$ 913 milhões, apresentado no 3T13. Já no 4T13 a MMX apresentou prejuízo líquido de R$ 354,6 milhões, principalmente por conta do efeito do reconhecimento da multa de “delivery or pay” com Usiminas e parcela de “take or pay” com MRS Logística.

Caixa, dívida e aquisições.: Caixa: Posição líquida: a posição de caixa no final do quarto trimestre de 2013 era de R$ 39 milhões, distribuída em: (i) R$ 9 milhões em aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, remuneradas a taxas de mercado, indexadas ao CDI e (ii) R$ 30 milhões em caixa. O caixa da Companhia sofreu alteração nesse período, principalmente em função de: (i) investimentos na planta atual da operação (Sustaining Capex) no montante de R$ 6 milhões; (ii) investimentos em obras do Projeto Serra Azul e Porto Sudeste no montante de R$ 14 milhões; (iii) Liquidação de linhas de financiamento de aproximadamente R$ 34 milhões.

Endividamento: no quarto trimestre, a MMX apresentou uma dívida financeira total de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão de curto prazo e R$ 1,4 bilhão de dívida de longo prazo.

No 4T13, o prazo médio da dívida em moeda estrangeira ficou em 1.782 dias enquanto o prazo médio da dívida em reais, em 1.880 dias. O custo médio ponderado da dívida em dólar no quarto trimestre foi de 6,08% a.a, acrescido de variação cambial em dólares norte-americanos. O custo médio da dívida em reais, composta basicamente por linhas do BNDES, foi de 9,00% a.a.

. O gráfico abaixo demonstra a evolução do perfil da dívida da Companhia:

No 4T13, a MMX possuía uma dívida de R$ 52 milhões, representada pela aquisição dos 60% restantes da participação acionária da GVA Mineração Ltda. (“GVA”).

Investimentos -Ao longo do exercício de 2013 o montante total de investimentos em projetos realizados pela MMX foi de R$ 957,4 milhões, sendo R$ 581,5 milhões no Superporto Sudeste e R$ 375,9 milhões na Unidade de Serra Azul.

Serra Azul -O projeto de expansão da capacidade da Unidade Serra Azul, em Minas Gerais, encontra-se parado no aguardo dos desdobramentos da revisão do plano de negócios da Companhia. Dentro do contexto desta revisão, a MMX busca parceiros junto ao mercado para a implementação do projeto de expansão desta Unidade.

O minério de ferro produzido a partir da expansão da Unidade Serra Azul terá como destino o mercado transoceânico, a partir de logística integrada.

Superporto Sudeste - No último trimestre não houve avanços significativos no que se refere às obras civis, ficando o destaque para as montagens do sistema de correia transportadora, casas de transferências e montagem da empilhadeira recuperadora 1, localizada no pátio 6. Houve também vários testes nos viradores de vagões, no que tange a parte mecânica e elétrica.

Sustentabilidade -O foco em 2013 foi constituir a geração de valor ao core business da MMX, tendo avançado no estabelecimento de objetivos estratégicos, definição de KPIs à gestão em Sustentabilidade bem como identificar oportunidades de incremento de receitas. Os temas/drivers estratégicos dominantes foram: recursos hídricos, mudanças climáticas, relacionamento com comunidades, desenvolvimento local, rejeitos e eficiência operacional.

O trabalho objetiva dar suporte à tomada de decisões, da alta gestão, servir de direcionador para a empresa no médio e longo prazo. Isso permite estabelecer uma rota de evolução, que reforce a visão de uma atuação estratégica e transversal em sustentabilidade junto às várias áreas da empresa sempre com o objetivo de contribuir com ganhos contínuos em eficiência e eficácia operacional. No 4T13, parte da equipe de sustentabilidade foi alocada em outras áreas estratégicas, Desenvolvimento Tecnológico e Gestão de Performance, integrando diretamente o tema e expertise às áreas.

Foi identificada oportunidade de diferencial competitivo e de posicionamento, para o Porto Sudeste, atrelado à logística verde / baixo carbono, frente ao setor. A oportunidade foi mapeada e detalhada dentro dos “Estudos de vulnerabilidade frente às Mudanças Climáticas”, que analisou o cenário macro, o setorial, por unidade de negócio e também a unidade produtiva.

Sistema Sudeste -Na Unidade Serra Azul, o Comitê de Sustentabilidade da Gerência-Geral de Operação está centrado em debater temas que se traduzam em eficiência operacional e incremento de receita. Ações como simbiose de resíduos, aproveitamento de recursos naturais (água e energia) e maximização de processos produtivos têm sido identificadas e desenvolvidas durante as inspeções de Sustentabilidade.

Investimento socioambiental estratégico e Relacionamento com Comunidades -Estabeleceu-se metodologia de Investimento Socioambiental Estratégico, com foco no ciclo de vida de empreendimentos (implantação, operação e descomissionamento) que permite aproveitamento de recursos, sinergia de processos e traçar premissas que balizarão a gestão de risco e a efetividade das ações em campo.

Compondo essa estratégia no quarto trimestre de 2013 houve o Programa de Educação Ambiental, que traz ações de sensibilização junto ao público interno e externo. Neste último estão sendo mapeadas as iniciativas relacionadas à educação e conservação ambiental, em andamento e previstas, de cada município de influência para o ano de 2014. Participam desta etapa representantes das Secretarias de Meio Ambiente e Educação, empresas locais e lideranças de organizações civis.

Já o Programa de Monitoramento de Indicadores Socioeconômicos teve em seu cronograma a continuidade de acompanhamento de dados. O Sistema de Monitoramento permite a geração de relatórios e antecipação de cenários socioeconômicos locais, proporcionando interação entre a MMX e o poder público local, para potencializar efeitos positivos e minimizar efeitos negativos de suas atividades.

Dentro do processo de diálogo social da MMX com os seus Stakeholders, merece destaque o Programa de Visitas que contou com 29 grupos visitantes de 11 municípios da região de influência do Sistema Sudeste, vindos de 17 instituições, num total de 706 visitantes em 2013. Destinado a promover o diálogo e compartilhar informações com diversas comunidades, o Programa proporciona oportunidade de visitas orientadas dentro da Unidade Serra Azul da MMX, contribuindo com o conhecimento in-loco das atividades de mineração da empresa.

O Programa Parcerias Sociais tem o objetivo de incentivar negócios sociais existentes ou possíveis de serem desenvolvidos em grupos civis organizados. A premissa é que os projetos tenham vínculo com a geração de trabalho e renda e/ou biodiversidade.

Inovação e Estratégia -A MMX finalizou estudo de aproveitamento de potencial de recursos hídricos, provenientes das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que aponta um grande potencial para suprir necessidades presentes e futuras para projetos na região de Serra Azul. Os resultados proporcionam uma solução técnica e econômica viável, para a empresa, em um cenário de potencial conflito entre atividades agrícolas, industriais e consumo humano. A empresa apresenta diferencial de posicionamento e estratégia em seu território de atuação em vistas a atuação atual e oportunidades futuras.

Os estudos de arranjos institucional e financeiros para viabilização do cluster focado na fabricação de coprodutos a base de rejeito de minério de ferro da MMX foram aprofundados. A parceria entre a MMX, institutos de pesquisa e universidades, buscando impulsionar o desenvolvimento tecnológico de novos produtos para outras cadeias produtivas prosseguem.

No decorrer de 2013 foram desenvolvidos estudos referente à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e Mudanças Climáticas. O inventário de GEE do ano base de 2012 apontou redução de 11% nas emissões diretas comparadas ao ano base de 2011 na Operação do Sistema Sudeste.

Os estudos do Complexo Serra Azul registram medidas projetadas para que todas as suas atividades e processos se tornem mais eficientes, resultando em uma menor emissão de GEE que está alinhada ao Padrão de Desempenho 3 da International Finance Corporation (IFC), bem como o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação à Mudança do Clima na Mineração – Plano de Mineração de Baixa Emissão de Carbono (PMBC), que teve sua versão final divulgada em Junho de 2013. Os resultados projetados apontam uma redução inicial de 26% nas emissões de GEE frente um projeto similar que não adotasse as soluções empregadas. O potencial de redução de emissões de GEE pode alcançar 74%

Esse conjunto de documentos assegura o registro de linha de base de GEE, minimizando riscos regulatórios que imputem cobrança financeira por emissão de GEE, em discussão no momento por agentes governamentais brasileiros. Os estudos ainda trouxeram a inserção de aspectos de mudanças climáticas e emissões de GEE para o portfólio de projetos da MMX.

Sistema Corumbá -Foi realizado um estudo de estoque de carbono em toneladas presente nos 20 mil hectares da Reserva Eliezer Batista, mantida pela MMX em Corumbá (MS) e o resultado reconhece o local como um importante agente no complexo do ecossistema do Pantanal. Foi apontada uma capacidade de absorção de cerca de 800 mil toneladas de CO2 na área. A Gerência de Sustentabilidade da MMX iniciou estudos para estruturar um plano de negócios que irá apontar alternativas e possibilidades de geração de receita para a manutenção e sustentabilidades da Reserva em curto, médio e longo prazo. Uma oportunidade é o potencial para estabelecer programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) frente à relevância da biodiversidade existente na área para atividades econômicas da região como o turismo, a pesca e a beleza paisagística.

Superporto Sudeste - Ao longo do ano de 2013, a abordagem para estruturação de uma visão de gestão estratégica para tratamento dos principais desafios nas dimensões ambiental e social do desenvolvimento e implantação do Porto Sudeste do Brasil foi a prioridade da equipe da Gerência de Meio Ambiente, responsável pelo tema da sustentabilidade na empresa.

Dando continuidade à execução das ações visando a implantação do Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS) desenvolvido em conjunto com as demais equipes multidisciplinares envolvidas em um macroprojeto corporativo, a Gerência de Meio Ambiente do Porto Sudeste dedicou recursos e esforços para diversos temas relacionados na abrangência do SGS.

Complementando o processo de estruturação do SGS, foi realizado o planejamento para preparar a empresa a integrar as iniciativas de sustentabilidade como o planejamento para a elaboração do relatório GRI (Global Reporting Initiative) e adesão ao ISE/Bovespa e Pacto Global das Nações Unidas, que tratam dos compromissos com a transparência e disclosure de processos socioambientais do Porto Sudeste do Brasil, além da ratificação do desenvolvimento de uma gestão estratégica da sustentabilidade, estabelecendo acordos mais efetivos com investidores, comunidades, governos e demais stakeholders que atuam na abordagem das questões ambientais, sociais e de saúde e segurança da empresa.

Do mesmo modo que a abordagem corporativa da MMX, o Porto Sudeste priorizou o estabelecimento de objetivos estratégicos, definição de KPIs à sua gestão em Sustentabilidade bem como identificar oportunidades de incremento de receitas. Os temas/drivers estratégicos dominantes também foram aqueles ressaltados na abordagem corporativa da MMX: recursos hídricos, mudanças climáticas, relacionamento com comunidades, desenvolvimento local, rejeitos e eficiência operacional.

No decorrer de 2013, a equipe de sustentabilidade do Porto Sudeste desenvolveu os estudos referentes à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e Mudanças Climáticas, acompanhando a estratégia definida pela unidade de Serra Azul. Os estudos apontam para medidas projetadas para que todas as atividades das unidades da MMX e respectivos processos se tornassem mais eficientes, resultando em uma menor emissão de GEE que está alinhado ao Padrão de Desempenho 3 do IFC.

É importante abordar também o resultado de auditorias socioambientais realizadas no Porto Sudeste do Brasil em função de financiamentos e empréstimos concedidos para o desenvolvimento do empreendimento e atrelados ao atendimento de condicionantes de sustentabilidade usualmente preconizadas por padrões de referência como aqueles estipulados pelo World Bank e o International Finance Corporation (IFC) e do BID. As auditorias foram realizadas a pedido do Bradesco e do BNDES em 2013 e contaram com o total apoio da equipe da Gerência de Meio Ambiente do Porto Sudeste do Brasil, tendo como resultado a aderência dos processos da empresa aos respectivos protocolos e padrões de referência para avaliação socioambiental. Nos casos onde foram recomendadas ações mitigadoras, a empresa estabeleceu o plano de ação para atendimento aos respectivos itens de melhoria, de forma a ter o compliance aos referidos processos por parte dos organismos financiadores.

Gestão socioambiental e licenciamento -Ao longo de 2013, o Programa de Comunicação Social – PCS – na abrangência da estratégia de stakeholder engagement do Porto Sudeste - deu continuidade à identificação e mapeamento dos Stakeholders locais, entrevistando lideranças comunitárias e da área política, como secretarias de governo, além de escolas municipais e conselhos comunitários dos municípios de Itaguaí e Mangaratiba. Nesse período, a cartilha do Superporto Sudeste, que contém informações sobre os programas socioambientais desenvolvidos na região, foi finalizada e utilizada nos Seminários de Comunicação realizados para os colaboradores e comunidade do entorno do Porto Sudeste.

As atividades de licenciamento socioambiental seguiram o planejamento da gerência de meio ambiente, visando o atendimento de condicionantes legais e compromissos voluntários que endereçam a obtenção da licença para a operação dos 50 MTPY e a prévia da expansão para 100 MTPY.

Museu das Minas e do Metal -O Museu das Minas e do Metal (MMM) teve a EBX como mantenedora e a MMX como apoiadora às suas atividades até o encerramento do Convênio com o Governo do Estado de Minas Gerais, em novembro de 2013. O início se deu em 2008. Foram dois anos de obras e implantação do projeto museográfico e mais de três anos de funcionamento sob a gestão e patrocínio do grupo tendo ultrapassado a marca de 220 mil visitantes.| ri.mmx.com.br .

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira