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27/03/2014 - 09:30

Minas conquista pela segunda vez a categoria Agronegócios do Prêmio MPE Brasil

Estado teve o maior número de empresas finalistas na premiação nacional, que reconhece as melhores práticas de gestão de micro e pequenas empresas.

A Fazenda das Almas, de Cabo Verde, no Sul de Minas, venceu a etapa nacional do Prêmio de Competitividade para as Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil). Essa é a segunda vez consecutiva que uma empresa mineira conquista a categoria de Agronegócios. No ano passado, a vencedora foi a Fazenda dos Patos, na Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro.

O anúncio dos ganhadores foi feito noite do dia 25 de março(terça-feira), em Brasília. Outras sete empresas também foram premiadas nas categorias Comércio, Educação, Indústria, Saúde, Serviços, Tecnologia da Informação, Turismo, além dos destaques de Boas Práticas de Responsabilidade Social e Inovação.

Minas Gerais foi o estado com o maior número de finalistas na etapa nacional. Foram cinco empresas: Bacana Bolsas (Comércio), de Varginha, Cultura Inglesa (Serviços de Educação), Araxá Ambiental (Serviços) e Restaurante Santa Brasa (Serviços de Turismo), de Araxá, e a Fazenda das Almas, finalista e vencedora da categoria Agronegócios.

“As micro e pequenas empresas mineiras estão investindo cada vez mais na melhoria dos processos de gestão, na qualidade e inovação, sem deixar de lado ações de responsabilidade social e sustentabilidade. Essa premiação mostra o avanço das pequenas empresas mineiras em negócios competitivos”, afirma o diretor Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.

O Prêmio MPE Brasil, realizado pelo Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), incentiva às micro e pequenas empresas brasileiras na busca pela excelência, reconhecendo iniciativas de empresários que investem em conceitos e práticas de gestão. Em 2013, o prêmio alcançou mais de 93 mil empresas inscritas em todo o país, 10% a mais que no ano anterior.

Empreendedorismo de sucesso -A Fazenda das Almas está na principal região do país produtora de café. Além do produto agrícola mais importante do Brasil, a propriedade possuem iniciativas focadas na lucratividade, conservação ambiental e responsabilidade social. A atividade produtiva convive com a recuperação de áreas de florestas e com o manejo adequado dos processos de colheita, para evitar a poluição de águas ou do terreno dedicado à produção.

O engenheiro agrônomo Virgolino Adriano Muniz, dono da propriedade, investe em ideias inovadoras, enquanto dedica parte das horas para a produção agrícola. Nos momentos em que assume o papel de estrategista da sustentabilidade, divide teorias e práticas com o filho, Thiago, também engenheiro agrônomo, e com os funcionários. Todos envolvidos nas ações destinadas à implantação dos novos conceitos. O esforço conjunto visa à implantação de programas que atendem, ao mesmo tempo, às exigências de instituições certificadoras de qualidade da produção e o desejo do proprietário em contribuir com a preservação da flora e fauna e da qualidade de vida do planeta.

O cafeicultor integra um grupo de produtores mineiros, que possui certificados de qualidade concedidos por organismos internacionais. Na década de 1990, período em que o mercado de café atravessou fases de instabilidade, ele optou pela produção e venda para o exterior. Em 2002, passou a integrar a lista de fornecedores da Illy, companhia italiana especializada na compra de produtos de altíssima qualidade. Dois anos depois, chegou a certificação da UTZ, maior fornecedora de café certificado do mundo. E, mais recentemente, o diploma da Rainforest Alliance foi acrescentado à galeria de certificações que atestam a qualidade e as condições da produção.

Onze hectares da área de produção de café foram eliminados para possibilitar a recuperação de áreas de florestas. Segundo o produtor, a meta é fazer mais do que as exigências das certificadoras e da legislação. Nas florestas formadas entre os cafezais que ocupam os terrenos acidentados, é possível identificar matas densas onde, segundo o proprietário, já foi vista até mesmo uma onça parda. Para facilitar o trânsito dos bichos entre as matas, o produtor criou “corredores biológicos”, que unem as Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Conforto -Na Fazenda das Almas, há uma preocupação especial com as condições dos trabalhadores. Em qualquer um dos pontos mais altos da propriedade, no meio dos cafezais, os visitantes identificam pequenas construções. Cobertos e bem estruturados, são lugares onde os trabalhadores almoçam, usam banheiro e descansam nos intervalos de trabalho.

Virgolino Adriano Muniz destaca a preocupação em pagar salários acima da média, com estímulos à produção. Por exemplo, com o objetivo de disseminar a importância do controle de contas, ele premia quem chega ao final do mês sem pedir adiantamento. Na época da safra, assegura melhores condições para os trabalhadores temporários, contratados no Paraná.

A fazenda recebe estudantes, curiosos e compradores para mostrar o avanço dos investimentos realizados nos últimos anos. A apresentação da propriedade e das ações desenvolvidas é parte dos programas destinados a “reforçar o comprometimento e a preocupação da Fazenda das Almas com relação ao aquecimento global”. A conscientização é o objetivo central.

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