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27/03/2014 - 09:30

Pesquisa sobre custos de mudança de bancos foi premiada pela Febraban

Desenvolvida no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da FEA-RP/USP, dissertação "Custos de mudança: Estimativas para o Setor Bancário Brasileiro" conquistou o primeiro lugar na premiação sobre economia bancária.

Mudar de banco por estar insatisfeito com a instituição financeira é um pensamento comum aos correntistas. Esta decisão, entretanto, pode sair cara a ponto de fazê-lo mudar de ideia e ficar ‘na mesma’.

Foi por pesquisar a fundo este tema que Mariana Oliveira e Silva, mestre em economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Febraban de Economia Bancária. Sua pesquisa “Custos de mudança: Estimativas para o Setor Bancário Brasileiro”, sob o tema Regulação do Sistema Financeiro, foi a grande vencedora na Categoria A - dissertações, teses e artigos acadêmicos.

Em sua pesquisa ela identificou que os clientes que possuem depósitos à vista podem ter custo médio de R$ 471,17 por conta corrente para mudar de banco. Tal quantia pode justificar o tempo médio de duração do relacionamento do cliente com o banco no Brasil, estimado em 8,4 anos. De acordo com o estudo, nos bancos menores, o tempo é ainda maior. Isso porque quanto menor o banco, maiores são os custos de mudança para os agentes econômicos.

A dissertação foi desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Economia (mestrado) sob orientação do professor doutor Cláudio Ribeiro de Lucinda. O banco de dados utilizado teve como referência informações contábeis em bases trimestrais entre 2009 e 2011 de bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal). Por possuírem natureza de negócio diversa, não fizeram parte da análise os bancos de investimentos, de desenvolvimento, as cooperativas de crédito e os consolidados não bancários.

O objetivo do trabalho, segundo a autora Mariana Oliveira e Silva, foi analisar a magnitude dos custos de mudança (switching costs) no mercado de prestação de serviços do setor bancário brasileiro. “Tais custos são a principal causa de retenção (lock-in) dos clientes, podendo conferir certo grau de poder de mercado às empresas, com implicações importantes para a competitividade do mercado”, explica Mariana.

As estimativas apontam ainda que 81% da carteira de um banco se deve ao relacionamento entre a instituição e o cliente no trimestre anterior (efeito lock-in) e 73,4% do valor adicionado pelo correntista é atribuído aos custos de mudança, mais uma evidência de que tais custos são realmente relevantes para o mercado bancário brasileiro. [www.teses.usp.br].

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