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28/03/2014 - 07:18

MMX: reestruturação aliada ao novo plano estratégico, aponta BB Investimentos

Na análise de Victor Penna, do BB Investimentos, a MMX apresentou um fraco resultado no quarto trimestre de 2013, justificado pelo processo de reestruturação iniciado em 2013, que envolveu a venda do controle do porto Sudeste e o write off de grande parte de seu endividamento. Somado a isso, a companhia anunciou dentro de seu plano estratégico o novo target de 15 milhões de toneladas de produção de minério de ferro em Serra Azul – ao invés de 29 milhões – cujo projeto será desenvolvido em conjunto com um novo parceiro estratégico (ainda não definido). Apesar do impacto contábil em 2013 de perda referente aos ativos do Chile, já vendidos, e da unidade Corumbá, cuja venda está em andamento, a nova estratégia deixa o balanço da MMX um pouco mais “limpo” até que a companhia possa colher os frutos dessa nova estrutura.

Queda nas vendas do Sistema Sudeste - “Buscando uma readequação no modelo operacional, a MMX apresentou uma queda de 27,8% T/T na produção do sistema Sudeste e, com isso, as vendas seguiram a mesma linha e recuaram 21,5% no mesmo comparativo. Sem a contribuição da MMX Corumbá, cujas operações seguem paralisadas, e o menor volume destinado às exportações, a receita no 4T13 atingiu apenas R$ 188,3 milhões, queda de 46,7% T/T. Em 2013, apesar do recuo na produção e vendas em relação ao ano anterior, o maior volume exportado que elevou o preço médio praticado resultou em uma receita 29,2% superior”, observou Penna.

Custos e despesas operacionais -”A redução de custos T/T acompanhou o menor volume produzido no 4T13, porém em menor proporção em relação ao recuo da receita, devido a reajustes operacionais e salarial, além dos menores volumes vendidos, que levaram a uma menor redução dos custos fixos. Isso resultou em um CPV/ton de R$ 59,95, 19% superior T/T. As despesas com vendas recuaram 20% sobre o trimestre anterior, acompanhando a redução nas vendas, assim como a menor tarifa de exportação. Já as administrativas avançaram 8% T/T, resultando em um Ebitda consolidado negativo em R$ 131,3 milhões, versus R$ 69,8 milhões no 3T13. Em 2013, o Ebitda ficou negativo em R$ 156,6 milhões, impactado principalmente, pelo provisionamento de multas relativas ao contrato “take or pay” com a Usiminas. Excluindo esse fator não recorrente, o Ebitda ajustado seria de R$ 74,1 milhões, segundo a companhia”, continuou.

Resultado financeiro e lucro líquido - “O resultado financeiro foi negativo em R$ 239,6 milhões, versus R$ 117,7 milhões negativos no trimestre anterior, devido ao impacto da desvalorização cambial naquele período, que prejudicou a dívida financeira e as obrigações com pagamento de royalties, cuja base é em dólar. A MMX encerrou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 354,6 milhões, versus prejuízo de R$ 1,2 bilhão no 3T13, após o impacto do impairment no valor total de R$ 913 milhões naquele período, correspondentes a R$ 599 milhões relativos a imobilizados e ágios das operações correntes em Serra Azul e R$ 314 milhões em direitos minerários de Bom Sucesso. As expectativas agora estão na definição do parceiro estratégico, seja através da venda de ações do controlador na companhia, ou da participação de forma isolada de uma participação na unidade Serra Azul”, concluiu o analista.

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