Editora FGV lança “Os vultos da nação”

O livro “Os vultos da nação” aborda a insti­tucionalização da história no Brasil e procura analisar, sobretu­do, o significado político da historiogra­fia oitocentista. Seu foco é a fabrica­ção, por várias instituições, dos heróis e dos grandes homens, no Brasil imperial e republicano.

A questão do panteão nacional revela os conflitos entre uma versão arcaica da ideia de nação, cen­trada na figura do monarca, e o conceito liberal. Nesse aspecto, convém, portan­to, questionar a modernidade da Mo­narquia brasileira e resgatar o papel da República na invenção e divulgação de símbolos nacionais. A Independência do Brasil foi, nas palavras de Sérgio Buarque de Holan­da, o resultado de uma “guerra civil de portugueses”. A construção de uma nação nova, a partir de uma mesma tra­dição cultural, foi portanto uma tarefa difícil.

Então, como dar ao país uma história verdadeiramente nacional? Quais são as personalidades do passado cujos exemplos edificantes podem ser seguidos pelos brasileiros? Por meio da questão dos “vultos da nação”, o livro aborda a escrita da história no Brasil, a representação do passado, seja na ficção, nas belas-artes ou no teatro, e procura exami­nar as relações entre encarnação do poder e sistemas políticos.

Os vultos da nação | Editora FGV | Autora: Armelle Enders | 392 Páginas | R$ 52 | www.fgv.br/editora.