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10/04/2014 - 07:53

Trabalhador brasileiro gasta em média, R$ 663,08 por mês com alimentação

São Paulo - Pesquisa do preço médio da refeição fora de casa realizada pela Assert aponta desafio e percepção de aumento da demanda pela alimentação saudável.

Trabalhadores que não contam com o apoio do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) precisam arcar sozinhos com R$ 663,08 mensais com a refeição de segunda a sexta-feira no horário do almoço. Esse valor, que equivale a 91,6% do salário mínimo nacional, é o custo do consumo diário de uma refeição para o almoço e composta de um prato, bebida, sobremesa e café, considerando-se uma semana com cinco dias de trabalho. Para quem trabalha também aos sábados, a despesa com alimentação sobe para R$ 783,64, ultrapassando o piso nacional de R$ 724,00.

Essa é uma das conclusões da Pesquisa Refeição Assert Preço Médio 2014, da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador, que conferiu o custo das refeições para o trabalhador no almoço, de segunda a sexta-feira, em restaurantes que trabalham com vales/ tíquetes refeição, nos sistemas Comercial, Autosserviço, Executivo e A La Carte. Segundo o estudo, o preço médio da refeição no Brasil é de R$ 30,14. As variações regionais vão de R$ 28,20, no Sul, até R$ 31,44 no Centro-Oeste.

Atualmente o Programa de Alimentação do Trabalhador beneficia 17 milhões de trabalhadores com registro em carteira, sendo que 80% têm renda até cinco salários mínimos, o que nos dá a real dimensão deste benefício. A relevância do PAT é acentuada para a população de baixa renda porque esta é a que sofre mais com a inflação dos alimentos – a maior em 2013. O IPCA, medido pelo IBGE e que é o índice oficial do Governo Federal para medição da inflação, foi de 5,91% no ano passado. Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e Bebidas foi o mais elevado, atingindo 8,48%. Com isso, os alimentos foram responsáveis por 34% do IPCA 2013.

“Certamente, a qualidade da alimentação diária é um ponto determinante para a satisfação do colaborador e também para sua capacidade produtiva. Nesse sentido, a pesquisa do Preço Médio da Refeição no Brasil é um retrato que traz uma reflexão sobre um dos aspectos fundamentais da qualidade de vida do trabalhador no Brasil. Ano após ano, o levantamento aponta dados que ajudam executivos, empreendedores e profissionais de Recursos Humanos a terem uma melhor percepção das necessidades dos trabalhadores em suas respectivas organizações”, afirma o presidente da Sodexo Benefícios e Incentivos, uma das empresas que integram a Assert, Geraldo França.

Vale ressaltar que a Sodexo disponibiliza o site [www.precomediosodexo.com.br], que permite a consulta dos valores de refeição dos trabalhadores nas regiões brasileiras. De forma prática e interativa, a página disponibiliza às empresas o valor indicado para cada estado do País. Além disso, quem acessar o site com o objetivo de conhecer os números referentes às cidades São Paulo e Rio de Janeiro, poderá verificar os valores por bairro.

Como a própria Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) tem alertado, a inflação dos alimentos está avançando de forma expressiva nos últimos anos. No Brasil, a despesa com alimentação consome quase um quarto do orçamento das famílias (24,57%). Ainda segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço dos alimentos consumidos fora do lar elevou-se em 10,07% em 2013, ainda mais do que os 9,51% de 2012. O item refeição fora do lar subiu 9,49% e liderou os impactos individuais no IPCA 2013. Isso porque componentes corriqueiros da comida do brasileiro, como farinha de trigo e de mandioca, subiram 30,16% e 25,19%, respectivamente. No caso da batata inglesa, o aumento foi de 24,79%; no do feijão preto, de 21,51%.

De acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009), realizada pelo IBGE, o percentual das despesas com alimentação fora de casa representa 31,1% do total de gastos com alimentos. Na pesquisa anterior, de 2002-2003, este gasto representava 24,1%. A participação do item no orçamento familiar é maior na área urbana, onde comer fora de casa representa 33,1% dos gastos das famílias com alimentação. Em 2002-2003, era 25,7%. Na área rural passou de 13,1% para 17,5%. A aquisição de alimentos tem maior representatividade nos gastos mensais das famílias de baixa renda que chegam a comprometer até um terço de sua renda com alimentação.

Vale citar que a pesquisa não permite comparações com os dados publicados pela própria Assert nos anos anteriores, já que a base dados – em especial, os estabelecimentos pesquisados - consultada muda ano após ano.

Cresce a demanda por alimentos mais saudáveis -Pela segunda vez, a pesquisa da Assert monitora a percepção de alimentação saudável por parte de quem prepara a alimentação do trabalhador. E uma das conclusões mais interessantes é a de que está crescendo a procura por alimentos mais saudáveis. Segundo o levantamento, o aumento percebido pelos estabelecimentos no consumo de frutas foi de 61% e de 69%, no caso de verduras e legumes. A preferência por sucos naturais também aumentou impressionantes 70% - em restaurantes executivos, esse crescimento foi de 80%.

A pesquisa da Assert mostra também que os estabelecimentos que oferecem refeições associam a alimentação saudável a saladas (82% dos entrevistados) e a legumes (por metade da amostra ouvida). A preocupação com a oferta de produtos frescos e bem escolhidos é um quesito praticamente unânime (94%).

Os brasileiríssimos arroz e feijão ainda não têm seu valor nutricional devidamente reconhecido: menos de um quinto dos restaurantes entrevistados associa a dupla a uma alimentação saudável. Entre os estabelecimentos que servem o chamado prato comercial, esse reconhecimento é maior: 40% da amostra desse segmento. Independentemente disso, a oferta da mais brasileira das combinações gastronômicas é oferecida por 89% dos estabelecimentos. E não é por acaso: houve um aumento no interesse por pratos com arroz e/ou feijão por parte dos consumidores. A procura por pratos que tenham arroz e feijão na composição foi de 30% na média nacional. Mas nas regiões Norte e Nordeste esse percentual ultrapassou os 40%.

A boa notícia é que as refeições mais baratas também oferecem opção mais equilibrada do ponto de vista nutricional. “Em todas as cidades pesquisadas, o chamado prato comercial é a opção mais econômica”, destaca Almeida. Trata-se de prato típico da culinária brasileira, onde a mistura feijão com arroz, rica nutricionalmente, se constitui em sua base essencial. O prato comercial geralmente consiste em arroz, feijão, algum tipo de carne (bife, frango, filé de peixe) e salada, mas, dependendo da localidade podem constar outras opções. “Embora não ofereça a variedade de um bufê de autosserviço, onde o trabalhador encontra inúmeras opções de saladas, legumes e grelhados, o empratado comercial tem uma excelente relação custo-benefício com boa perspectiva no equilíbrio nutricional e no preço”, ressalta.

A Pesquisa Refeição Assert Preço Médio 2014, da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador, foi conduzida pelo Datafolha por meio de 4.681 entrevistas com padarias, bares, lanchonetes e restaurantes que trabalham com os sistemas de refeição:comercial, autosserviço, executivo e à la carte que aceitam vales/tíquetes refeição em 49 cidades das cinco regiões do País, sendo que 21 delas são capitais estaduais. Por meio de entrevistas pessoais, a pesquisa levantou 5.580 preços de pratos. O preço médio é obtido a partir de quatro tipos de pratos específicos, que caracterizam os seguintes estabelecimentos: . Comercial – $ – estabelecimento de padrão médio, com preço baixo e serviço simples; representa 48% da amostragem (*);

. Autosserviço – $$ – estabelecimento que trabalha com preço fixo ou por quilo e nos quais o cliente se serve; representa 63% da amostragem (*);

. Executivo – $$$ – restaurante diferenciado, que tem garçom, maitre, recepcionista, valoriza a ambientação e o atendimento; o prato executivo - ofertado como almoço executivo, prato do dia, sugestão do chefe ou sugestão do dia, é servido em dias úteis, somente no almoço - com intuito também de aproveitar trabalhadores usuários do benefício-refeição; é apresentado geralmente em uma lâmina diferenciada no cardápio à la carte; representa 5% da amostragem (*);

. À la carte – $$$$ – estabelecimento que prepara a escolha do cliente; ambiente mais sofisticado; representa 10% da amostragem (*).

(*) A soma dos percentuais ultrapassa 100% porque há sobreposição nas categorias, com restaurantes executivos que também oferecem autosserviço, por exemplo.

Perfil - A Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) foi constituída em 1º de dezembro de 1981 com a finalidade de congregar nacionalmente as empresas do setor, estabelecidas conforme as normas do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei 6.321/76.

O sistema de refeição a alimentação convênio integra o campo de gestão de benefícios. Está associado, assim, a questões vinculadas a qualidade de vida, bem-estar e desempenho das organizações. Tem como suporte o uso de vouchers/cartões adquiridos pelos empregadores e disponibilizados aos seus trabalhadores para acesso a produtos e serviços de alimentação em estabelecimentos comerciais conveniados pelas empresas prestadoras do serviço.

Sodexo Benefícios e Incentivos -É a empresa do grupo francês Sodexo, líder mundial em Serviços de Qualidade de Vida. Tem em sua missão desenhar, gerenciar e entregar soluções para empresas de todos os portes, segmentos e regiões do Brasil com o objetivo de melhorar a qualidade de vida diária das pessoas e contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental das cidades, regiões e países em que atua. Atende aproximadamente 70 mil clientes, que representam 5,8 milhões de usuários, com uma rede de 320 mil estabelecimentos credenciados em todo o País com serviços únicos no mercado de benefícios, gestão de despesas, incentivos e reconhecimento: Refeição Pass, Alimentação Pass, VT Pass, Mobility Pass Carro, Premium Pass, Gift Pass, Cultura Pass e Brinquedo Pass.

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