Brasileiros estão otimistas com 2008, revela pesquisa CNI-Ibope

Brasília (DF) - O ano que vem deve ser bom ou muito bom para a maioria das pessoas entrevistadas para a pesquisa CNI/Ibope divulgada no dia 12 de dezembro, em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para 36% dos 2.002 entrevistados, 2008 será muito bom. Para outros 52% será bom. Dos entrevistados, 4% disseram que será um ano ruim e 3% que será muito ruim; 6% dos eleitores não sabiam ou não responderam.

Amauri Teixeira, diretor da MCI Consultoria, que faz análise da pesquisa, afirmou que nessa época do ano sempre há um otimismo sobre o ano seguinte. "Isso é normal, no final do ano as expectativas são sempre mais positivas", salientou. No entanto, ele disse acreditar que houve uma influência da avaliação do ano de 2007 na percepção de como será 2008. "Este ano foi bem avaliado, então contribuiu para a boa perspectiva de 2008", disse.

Para 8% dos entrevistados, 2007 foi um ano muito bom, mesmo percentual verificado na pesquisa anterior. Houve, porém, um aumento no percentual daqueles que acreditam que 2007 foi um ano bom: passou de 68% dos entrevistados em setembro para 71% dos respondentes neste mês. Ou seja, 79% dos eleitores consultados avaliaram positivamente o ano de 2007.

Inflação e emprego - Sobre os indicadores econômicas, há uma divisão nas percepções dos eleitores entrevistados para os próximos seis meses. As avaliações sobre a inflação e o desemprego são ruins, com mais respondentes acreditando que os dois vão aumentar. Porém, quando as perguntas se referem à renda pessoal e à renda geral, as respostas são mais positivas.

Para 49% dos entrevistados, a inflação vai aumentar nos próximos seis meses. Apesar de continuar elevada, essa resposta foi maior na pesquisa de setembro, com 52% das assinalações. Outros 15% dos entrevistados disseram acreditar que a inflação vai diminuir nos próximos seis meses, mesmo percentual da pesquisa anterior. Para 31%, a inflação se manterá nos próximos seis meses (em setembro, 28% dos eleitores achavam isso).

Quanto ao desemprego, a pesquisa CNI/Ibope mostra que o pessimismo diminuiu em relação ao último levantamento, mas continua alto, segundo avaliou Amauri Teixeira. Neste mês, 46% dos entrevistados disseram achar que o desemprego aumentará nos próximos seis meses, contra 52% que disseram o mesmo na pesquisa anterior. Foi a primeira queda no índice desde a pesquisa de junho do ano passado. Para 28% deles, o desemprego vai diminuir, enquanto 23% acham que vai se manter.

Sobre a renda geral, 30% dos eleitores consultados acham que vai aumentar, 23% acham que vai diminuir e 43% acham que vai se manter. Segundo a pesquisa, 38% dos entrevistados acreditam que a própria renda vai crescer nos próximos seis meses, outros 14% acham que vai diminuir e 44% avaliam que vai se manter.

A pesquisa foi realizada entre 30 de novembro e 5 de dezembro, em 141 municípios de todo o país, com 2.002 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança, de 95%.