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10/04/2014 - 09:14

Prevenir incêndios em armazéns

Com o crescimento do consumo e das indústrias, os armazéns industriais modernos tornaram-se mais altos, com grande volume e maior variedade de mercadorias. Não é raro ver, em parques industriais, galpões que ocupam uma área maior que dez campos de futebol. A economia e a eficiência desses locais levam à necessidade de maximizar a altura da armazenagem e reduzir a área de pavimento não utilizada, o que significa diminuir tanto o número como o tamanho dos corredores.

Todo esse crescimento traz uma grande preocupação aos órgãos responsáveis pela prevenção e proteção a incêndios, pois, quanto maior a área, mais difícil fica para a detecção e extinção do foco do fogo. Os atuais códigos e normas não requerem a instalação de sistemas de detecção automática para a maioria dos tipos de armazéns. Para se ter uma ideia, o sistema de detecção estava presente em apenas 22% dos armazéns envolvidos em incêndios nos Estados Unidos, entre 2005 e 2011, de acordo com um relatório da NFPA publicado no ano passado.

E aqui no Brasil a situação é ainda mais preocupante, já que as normas e a fiscalização são falhas. Por enquanto, a contínua expansão dos empreendimentos e a variedade de bens armazenados põem em teste a eficiência essencial das atuais estratégias de combate a incêndio nessas instalações. Esses galpões apresentam uma série de desafios aos bombeiros, que incluem: localizar o incêndio; determinar se o edifício, os bens armazenados e as prateleiras de armazenagem são estruturalmente seguros; determinar em que momento o fogo foi apagado; checar se está localizado em prateleiras altas ou alguma outra área difícil de alcançar.

Os sistemas de detecção são capazes de identificar as condições do incêndio antes dos tradicionais sprinklers automáticos e enviar mais rapidamente um sinal de alerta ao Corpo de Bombeiros ou à brigada de incêndio. Um sistema de alarme endereçável é vantajoso também por localizar o incêndio de forma mais precisa nesses mega-armazéns, por meio da identificação dos dispositivos de detecção específicos que se ativam. Isso melhora a eficiência da extinção manual, o que reduz o risco para os bombeiros e permite que se eles combatam o centro do incêndio.

Já que na atualidade não há dados suficientes para quantificar incêndios incipientes, a fim de ajudar na melhor escolha do tipo de detecção, é fundamental o projetista fazer todas as avaliações de risco envolvidas no ambiente protegido, levando em consideração a embalagem de produtos, tipo de armazenagem, espaço entre embalagens e prateleiras, temperatura de ignição do material, tempo de respostas do Corpo de Bombeiros, tempo de resposta da brigada de incêndio. Essas medidas evitam que o incêndio se espalhe por todo o galpão e, principalmente, que perdas financeiras e tragédias aconteçam.

. Por: Ilan Pacheco, engenheiro eletricista, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e Diretor Corporativo da ICS Engenharia, empresa especializada em proteção contra incêndio.

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