Ação social ‘Luta Mista’recebe troféu da ABP

Premiação ocorreu no último Festival de Publicidade e coroou a ação da Upper Sports Marketing com a Lâmpada de bronze, na categoria Mídia Conteúdo.

Em dezembro do ano passado, o Shooto Brasil chamou a atenção para um sério problema social que assombra o país, e agora colhe os frutos pela iniciativa. Na última semana, a ação "Primeira luta mista de MMA do mundo", executada em conjunto com a Agência 3, recebeu o prêmio ABP 2014, concedido pela Associação Brasileira de Propaganda. A campanha conjunta com o Disque-Denúncia trouxe à tona a questão da violência contra a mulher, com a lutadora Juliana Velasquez e o lutador Emerson Falcão como protagonistas de um suposto combate entre mulher e homem.

No dia em que o card do evento foi anunciado, a notícia da luta mista rapidamente se alastrou e a divergência da opinião pública tornou o assunto um dos mais comentados da semana no mundo inteiro, com publicações até mesmo em sites internacionais como Huffington Post e TMZ. No dia do evento, os lutadores entraram em cena, mas a luta não ocorreu. Em seu lugar, o presidente do Shotoo Brasil, André Pederneiras, subiu ao cage com um cartaz divulgando uma mensagem ao público destacando o tema que assusta milhares de famílias brasileiras.

O coordenador de marketing da agência Upper Sports Marketing, Eduardo Perdigão, explica como foi a concepção da ideia. "O Cadu Vigilia é um grande parceiro nosso e trabalha na Agência 3. Um dia estávamos conversando sobre o que poderíamos fazer com algum dos clientes que a agência possui em conjunto com o Shooto, nossos atletas ou academia. Acabou surgindo a ideia de fazermos algo com o Disque-Denúncia e a ação do homem contra a mulher", detalha.

Perdigão conta que a iniciativa recebeu duras críticas até a revelação da real intenção da campanha. Para ele, o mais importante é que a premiação mantém viva a mensagem em prol da causa.

"Foi preciso que acreditássemos na causa e no trabalho bem feito para que levássemos adiante ou, do contrário, poderíamos dar um 'tiro no pé'. Fomos taxados de gênios a idiotas, mas no final a mensagem foi passada a milhares de pessoas e o número de ligações denunciando este crime aumentou consideravelmente. Um fato inusitado foi que a maioria das reclamações e críticas pejorativas foi de homens", revela o coordenador.