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13/12/2007 - 11:46

Indústria de peças e componentes para motos e bicicletas fecha 2007 com crescimento

Fabricantes de peças e componentes para fabricação de motociclos e bicicletas comemoram resultado de 2007 e se preparam para uma demanda maior em 2008.

A indústria fabricante de peças e componentes para atender os setores de motocicletas e bicicletas está terminando 2007 com vendas acima das metas estabelecidas pelos fabricantes no final de 2006.

Na ocasião, alguns empresários da área disseram que as perspectivas para 2007 não estavam muito otimistas. Quando muito, arriscaram um crescimento da ordem de 3% no máximo porque segundo eles não havia nada indicando que o mercado seria maior que isso.

Acaba que, o aquecimento dos mercados de bicicletas e motos acabou surpreendendo os fabricantes e muitos deixaram de crescer porque não estavam preparados para aceitar os pedidos das montadoras.

No caso do mercado de peças e suas pares para o setor de bicicletas, por exemplo, onde se esperava um crescimento de 3% no máximo, as vendas ficaram muito acima e devem ficar por volta dos 10% acima do registrado em 2006.

Quanto ao segmento fornecedor de peças e suas partes para os fabricantes de motociclos, que já esperava um ano superaquecido e um crescimento por volta dos 10% deve terminar o exercício com um resultado 15% superior ao registrado no ano passado.

Anteriormente o setor vivia um primeiro semestre muito fraco, mas logo no início do segundo semestre os pedidos começavam a entrar e os fabricantes trabalhavam dentro da programação. Hoje não existe tanta sazonalidade.

De acordo com o vice-presidente do Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários, Auro Levorin, que atua no segmento de pneus e câmeras de ar, os fatores que continuam influenciando positivamente o bom desempenho do setor são as vendas de produtos novos de motos, “porque os preços estão baixos, houve aumento do poder aquisitivo da população e, está havendo maior facilidade para obtenção de crédito”, quantifica.

Segundo ele, o setor continua convivendo com o problema da falta de uma política industrial, que influencia negativamente a área. “Não temos uma política capaz de incentivar e orientar a nossa indústria”, reclama.

Outro problema apontado pelo diretor do Simefre, Renan Chiabai Feghali é a questão das exportações. “Os fabricantes brasileiros continuam sem conseguir exportar e estão perdendo para os produtos importados. É mais fácil financiar a importação do que a exportação. Estamos deixando de fabricar alguns itens como freios, cubos, correntes etc. porque não conseguimos concorrer com os importados”, confessa Feghali.

“Nossa indústria esta perdendo nas vendas externas porque o nosso câmbio está supervalorizado. Nossos maiores concorrentes são os asiáticos, que têm incentivos à exportação e o Brasil tem um Custo Brasil muito alto que atrapalha ainda mais a competitividade dos seus produtos no exterior. O dólar baixo e os encargos locais inviabilizam o aumento das vendas externas. O que estamos fazendo é manter os mesmos clientes para não perder mercados conquistados ao longo dos anos com grande sacrifício”, complementa Levorin.

Perspectivas para 2008 - De acordo com os empresários da área, o ano de 2008 deverá continuar aquecido para os segmentos de duas rodas. No caso do mercado de peças e suas partes para montagem de motociclos deverá registrar uma produção 15% maior do que o volume fabricado em 2007.

Quanto aos fabricantes de peças e suas partes para bicicletas, também trabalham com previsão otimistas, porém, em percentagem menor. Está sendo estimada uma produção entre 3% a 4% acima de 2007. “Podemos produzir até um pouco mais em função da demanda reprimida deste ano”, confessa Levorin.

Segundo os executivos do Simefre, o mercado interno continua aquecido, porém, com forte concorrência dos produtos importados, que hoje representam 15% ou mais no caso do segmento de pneus. Em outros segmentos, a percentagem é bem maior. “Além da concorrência desleal, que ocorre através de subsídio local, a indústria brasileira observa as estratégias dos fabricantes estrangeiros que percorrem uma série de caminhos para não pagar ou pagar menos impostos.” Como exemplo, citam as mercadorias que entram pelo porto de Vitória/ES, a triangulação de empresas, etc. “O fabricante nacional está totalmente desprotegido nesta área”, reclamam. | Por: Simefre

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