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11/04/2014 - 08:15

O ano começa agora?

Estão escapando oportunidades que podem surgir com a retomada do crescimento americano, japonês e europeu.

O ano começa depois do carnaval. Desde quando ingressei no mundo corporativo escuto essa frase. Parece aquela mentira contada diversas vezes que se torna realidade. No país do carnaval, futebol, Copa do Mundo e da Dilma, esse bordão nunca fez tanto sentido. Economia cambaleando, investidores inseguros, investimentos raquíticos, balança comercial negativa, bolsa de valores e cambio instáveis. De certa forma, tudo conspira contra.

A lenda do "ano começa após o carnaval" estaria exercendo sua força máxima, se não fosse a famosa Lei de Murphy, criada pelo Capitão da Força Aérea americana, Edward Murphy, no pós- Guerra. O mercado de hunting é muito sensível às inconsistências do governo, responde rápido ao que está acontecendo nos bastidores das organizações. Pode-se dizer que somos um termômetro da economia. Uma fórmula simples: se tem contratação, a economia está aquecida, as empresas estão investindo e buscando recursos externos para suprir demandas. Não é isso o que ouço em tantas conversas com clientes, porém, a Lei de Murphy começou o ano pontuando mais que o carnaval.

Atuando na área de capital humano em uma das principais consultorias estratégicas desse segmento do mundo, nunca experimentei um inicio de ano tão aquecido. Entre janeiro e fevereiro iniciei sete trabalhos para clientes, em 2013 foram três.

Projeto aumento de faturamento no primeiro trimestre de 75%. Contraste absurdo com o pessimismo generalizado que se instalou nos "5 frágeis", termo da moda usado pelo Federal Reserve (FED) para os países emergentes com maior dificuldade. Mudamos do clubinho dos BRIC para os "5 frágeis". Oportunidades que podem surgir com a retomada do crescimento americano, japonês e europeu estão escapando ou é excesso de pessimismo?

Difícil afirmar que esse "aquecimento" é tendência em 2014, talvez seja o último suspiro antes da Copa, já que entre junho e julho "o Brasil vai parar". Ainda teremos eleições e manifestações. Ano complexo, na torcida para o Brasil ganhar a Copa, mas se a Lei de Murphy atuar, o resultado pode ser outro.

.Por: Marcelo Apovian, empresário e sócio da Odgers Berndtson Brasil.

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