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13/12/2007 - 12:10

Deputado sugere acordo para fomentar grupos de acesso do carnaval do Rio de Janeiro

O presidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa do Rio, deputado André Corrêa (PPS), propôs uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) com o objetivo de fomentar as 60 escolas que compõem todos os grupos de acesso do carnaval carioca – grupos A, B, C, D e E. O anúncio foi feito durante audiência pública promovida no dia 11 de dezembro, para discutir os reflexos econômicos e sociais da cadeia produtiva originada a partir da festa carnavalesca. Para o parlamentar, o primeiro passo para um grande entendimento foi dado. "Essas escolas não podem ficar à margem das outras. É preciso pensar nessas agremiações como micro e pequenas empresas. O ano de 2008 precisa ser proveitoso, pois começaremos a realizar um estudo detalhado junto ao Sebrae", disse Corrêa, que sugeriu também uma parceria que possa gerar a construção de outra Cidade do Samba para acolher os grupos de acesso, nos moldes da que já existe para as 12 escolas do Grupo Especial. "Durante o evento recebemos a informação de que as condições oferecidas às escolas são as piores possíveis. Elas estão abrigadas em um terreno no Centro da cidade, que poderia muito bem ser usado na construção da nova Cidade do Samba", concluiu.

O Sebrae realizou, em parceria com a Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro, um estudo que traçou um diagnóstico completo dos impactos do carnaval para a economia do estado. Segundo o economista Sérgio de Rezende, que participou da pesquisa, os números apresentados poderão contribuir bastante para o entendimento da questão. "No último carnaval foram abertos 264 mil postos de trabalho e recebemos a visita de 4 milhões de turistas durante o período do verão, que se estende das festas de final de ano até os dias de momo. É muito importante pensarmos em toda a cadeia produtiva produzida pelo carnaval", explicou Rezende. Luís Carlos Prestes Filho, coordenador do estudo, comentou a situação das pequenas escolas. "Vamos construir uma agenda de eventos para ampliarmos a discussão sobre esses efeitos. O estudo apontou algumas dificuldades para as pequenas escolas. Elas estão espalhadas por todo o Rio de Janeiro. No Grupo Especial, as agremiações estão mais concentradas na capital, o que facilita a composição da Cidade do Samba", analisou Prestes.

Cezar Kirszemblat, representante do Sebrae, comprometeu-se a trabalhar em parceria com o deputado Corrêa. "Sem dúvida, essas escolas precisam de apoio. Podemos investir no crescimento e na visibilidade através de um trabalho com a marca dos grupos de acesso. A questão da exportação do carnaval poderia ser muito bem utilizada por essas escolas", afirmou Kirszemblat. Jair Martins de Miranda, professor e estudioso do carnaval, comentou a visibilidade que a festa brasileira tem no exterior. "O carnaval nunca esteve tão em alta. Neste ano, os ingressos para as arquibancadas se esgotaram em apenas 30 minutos. No Japão fiquei surpreso ao presenciar o sucesso da nossa folia. O desfile é transmitido para 200 países de todo mundo. O Rio de Janeiro, ao que me parece, não está sabendo capitalizar esse sucesso. Fico muito feliz em ver pessoas pensando nas escolas dos grupos inferiores", salientou o professor.

De acordo com André Corrêa, a exemplo do que ocorreu no último dia 08, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou R$ 12 milhões para várias escolas do carnaval carioca, o Governo do estado poderia incentivar a parceria para beneficiar outras agremiações do grupo de acesso. "O primeiro passo foi deflagrado e, agora, já temos um diagnóstico da folia. Essas escolas também precisam ser olhadas com carinho pelas autoridades fluminenses", disse o parlamentar. | www.alejr.rj.gov.br

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