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17/04/2014 - 07:03

Cresce o número de novos casos de câncer de mama em 2014 em relação a 2013

Em fevereiro de 2011, O Cepem – Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher trouxe para o Brasil a Tomossíntese Mamária, um revolucionário equipamento para rastreio de nódulo mamário. Em fevereiro de 2014, saiu os primeiros resultados da pesquisa que foi realizada em mais de 2000 mulheres no Brasil, entre rastreio e diagnóstico através do exame tomossíntese com resultados impressionantes. Serão publicados também os resultados finais do exame tomossíntese do primeiro Trial clinico prospectivo em larga escala populacional realizado em Oslo, na Noruega como parte do Programa e Rastreio de Câncer de Mama Norueguês, conhecido pela comunidade científica como Oslo Trial.

O exame mamográfico Tomossíntese - É o método mais moderno para diagnóstico do câncer de mama. Apesar do alto contraste oferecido pelo exame digital e da possibilidade de ampliar as imagens, nem sempre o médico é capaz de identificar todas as áreas suspeitas.

“Tomossíntese em 3D faz uma leitura detalhada da mamografia digital, mostrando aos médicos pontos que devem ser investigados”, explica Henrique Alberto Pasqualette, mastologista e diretor do Centro de Estudos e pesquisas da Mulher - Cepem. Com isso, aumentamos em 20% a detecção dos casos iniciais.

Estudos realizados pelo grupo da Universidade de Harvard estimou uma redução de até 30% dos casos falso-positivos. É muito mais preciso na indicação de biópsias, ele representa um grande efeito positivo na redução dos custos do diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. “As novidades no diagnóstico e na terapia não excluem a prevenção, que se estende a todas as mulheres, mesmo aquelas que não estão no grupo”, conclui.

Segundo a Organização Mundial de saúde (OMS), anualmente, cerca de um milhão de mulheres em todo o mundo descobre que está com câncer de mama. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou para 2014, 57 mil novos casos, contra 41.610 em 2013. Parte deles, felizmente, ainda em estágio inicial.

O câncer de mama é o tipo mais frequente nas regiões Sul (71 casos/100 mil), Sudeste (71 casos/100 mil), Centro-Oeste (51 casos/100 mil) e Nordeste (37 casos/100 mil). Na região Norte é o segundo mais incidente (21 casos/100 mil). A idade é o principal fator de risco e, o número de casos aumenta de forma acelerada após os 50 anos. Sua ocorrência está relacionada ao processo de urbanização da sociedade, evidenciando maior risco de adoecimento nas mulheres com elevado nível socioeconômico.

O câncer de mama é a segunda neoplasia mais incidente entre as mulheres no mundo inteiro e é também uma causa relevante de mortes por câncer. No Brasil, a mortalidade vem aumentando significativamente nos últimos vinte anos, acentuando-se a partir da década de 90. Os estudos revelam uma variação percentual relativa de 80,3% na taxa bruta de mortalidade, partindo de 5,77 em 1979 para 9,74 em 2000, para cada 100.000 mulheres, com previsão de 9.335 óbitos.

Os fatores que provavelmente levaram ao aumento da prevalência da exposição ao risco de câncer de mama seriam o histórico familiar, a obesidade e a primeira gravidez em idade tardia, aliado ao aumento do número de diagnósticos e à melhoria da informação nos atestados de óbitos.

O câncer de hoje é visto como um inimigo que pode ser vencido, graças ao aprimoramento dos diagnósticos com equipamentos de ponta e aos tratamentos menos agressivos. “Câncer de mama não é mais sinônimo de sentença de morte”, diz Henrique Alberto Pasqualette diretor do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher.

O especialista diz ainda que quanto mais cedo o tumor for encontrado, maior as possibilidades de um tratamento eficaz. Segundo ele, as causas para o crescimento do câncer mamário ainda não são totalmente conhecidas. Sabe-se que a combinação de mutações genéticas, estilo de vida e influência ambiental pode levar, sem razão específica, a mudanças no funcionamento dos genes das células mamárias. Com isso, a dinâmica dessas células é alterada e elas passam a se multiplicar de maneira descontrolada. “Em média, são necessárias quatro ou cinco mutações em nossos genes para transformar uma célula mamária benigna e normal em câncer”, esclarece.

Segundo Pasqualette, mulheres que estão sob uma exposição mais longa à ação do estrógeno (hormônio sexual feminino), que tiveram sua primeira menstruação muito cedo e entram tardiamente na menopausa, as que engravidam pela primeira vez depois dos 30 anos ou, ainda, as que chegam à meia-idade sem filhos, fazem parte do grupo de risco. “O amadurecimento total das células mamárias só ocorre com as mudanças orgânicas trazidas pela gravidez e pela amamentação”, diz.

Para o mastologista, se o tumor for identificado precocemente, as chances de essas células malignas se espalharem diminuem. E pode-se falar até em cura, quando o tratamento consegue afastar de vez o risco de recidiva (à volta da doença) ou de metástase.

Com a precisão cada vez maior dos equipamentos para diagnosticar o nódulo ainda em estágio inicial, já é possível sim, vencer o câncer no seio. Uma célula maligna leva de sete a dez anos para se tornar um carcinoma com 1 centímetro de diâmetro. Esse é o tamanho mínimo do tumor que o autoexame das mamas ou o exame clínico, realizado pelo médico, consegue detectar.

Para encontrar tumores menores, que ainda não são palpáveis e, assim evitar o perigo de metástase (mesmo em pequena escala), os especialistas optam pela mamografia digital com Detecção Inteligente, ainda pouco conhecida no Brasil. Ele consegue identificar nódulos malignos do tamanho de uma ervilha, com 5 milímetros. Trata-se de um exame recomendado para mulheres com mais idade, cujas mamas já apresentam um volume considerável de gordura, o que facilita a visualização do tumor. Para as mais jovens, que ainda não chegaram aos 40 anos, os médicos indicam a ultrassonografia.

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