PSA Peugeot Citroën: progressão do faturamento do Grupo no 1T14

Impulsionada por um aumento dos volumes de vendas mundiais de 7,7%. Um mix de produtos positivo. Impacto negativo das variações cambiais.

O primeiro trimestre de 2014 da PSA Peugeot Citroën foi marcado pelo aumento de 7,7% de seus volumes de vendas mundiais, sustentado pela recuperação do mercado europeu e pelo forte crescimento na China. No entanto, o Grupo foi afetado por uma substancial degradação das taxas de câmbio.

No primeiro trimestre de 2014, o Grupo levou adiante seus planos de recuperação, com: .O anúncio do plano «Back in the race» por Carlos Tavares, presidente do Conselho de Administração, que estabelece as alavancas operacionais da recuperação;

. O sucesso dos últimos lançamentos, com o Peugeot 308, eleito «carro do ano », o Citroën C4 Picasso e o anúncio dos lançamentos do Peugeot 108, dos Citroën C1 e C4 Cactus, assim como do Peugeot 408 no segundo semestre, e do DS 5LS no segundo trimestre na China;

. Um aumento importante dos volumes na China; os mercados na Rússia e na América Latina continuam difíceis para o Grupo;

. A progressão do plano de reestruturação que permite aumentar a competitividade na Europa e reduzir os custos fixos;

. O sucesso da renovação da linha de crédito sindicalizada, amplamente subscrita e ampliada para 3 bilhões de euros[1].

Faturamento do 1º trimestre de 2014 -O faturamento do Grupo no 1º trimestre de 2014 foi de 13,3 bilhões de euros, alta de 1,9% em comparação com o 1º trimestre de 2013;

. O faturamento da divisão Automotiva fechou em 8,9 bilhões de euros (excluindo o faturamento das joint ventures na China), alta de 2,0% em relação ao 1º trimestre de 2013, fortemente impactado pelas taxas de câmbio;

. Faturamento da Faurecia de 4,5 bilhões de euros, em alta de +3,4% e queda de -7,4% do faturamento do Banco PSA Finance.

.Faturamento do Grupo em 2013 ajustado em 18 milhões de euros, dos quais 25 milhões de euros na divisão automotiva (IFRS 11)

Perspectivas -O Grupo prevê para 2014 um crescimento do mercado automobilístico[2] na Europa de cerca de 3%, um crescimento de aproximadamente 10% na China, uma retração de cerca de 7% na América Latina e um mercado em queda de cerca de 5% na Rússia.

O Grupo tem o objetivo de obter um fluxo de caixa livre operacional[3] positivo no máximo até 2016 e um fluxo de caixa livre operacional acumulado de 2 bilhões de euros no período 2016-2018. Também pretende atingir uma margem operacional[4] de 2% em 2018 na Divisão Automotiva, com uma meta de 5% no período abrangido pelo próximo plano de médio prazo 2019-2023.

Divisão Automotiva -O faturamento da divisão Automotiva no 1º trimestre de 2014 cresceu 2,0%, fechando em 8,925 bilhões de euros, ante 8,747 bilhões de euros no 1º trimestre de 2013. As vendas mundiais de veículos montados do Grupo totalizaram 726 000 unidades no primeiro trimestre, alta de 7,7%. Esta evolução reflete um forte aumento dos volumes na Europa (+16,0%) e na China (+18,3%), versus as baixas constatadas na América Latina (-14,5%) e na Rússia (-7,9%).

O faturamento gerado pelas vendas de veículos novos no 1º trimestre de 2014 totalizou 6,240 bilhões de euros, ante 6,070 bilhões de euros no 1º trimestre de 2013. Este aumento de 2,8% explica-se essencialmente por um crescimento de 4,8% dos volumes (excluindo a China), pelo impacto positivo de 1,7% do mix de produtos depois dos últimos lançamentos, por um efeito de preço positivo de +1,3 %, demonstrando a consistência da política de preços do Grupo em uma conjuntura de mercado em que a agressividade de preços se mantém em um nível elevado e também por um mix de países levemente positivo em 0,2%. Tais elementos favoráveis compensam o impacto cambial fortemente negativo de -4,5%.

Os estoques de veículos novos totalizavam 422 000 veículos em 31 de março de 2014, representando um acréscimo de 8 000 veículos em relação a 31 de março de 2013, devido ao aumento dos volumes de vendas. O Grupo continua sua gestão bastante rigorosa dos estoques, em conformidade com os objetivos de redução do consumo de fluxo de caixa livre operacional.

Fatos marcantes sobre os produtos -Desde seu lançamento e até o final de março, os pedidos do Peugeot 308 totalizaram 70 000 unidades, ultrapassando o objetivo previsto. Isto ocorreu essencialmente devido à visibilidade do prêmio «Carro do Ano» obtido em março de 2014 e ao lançamento da versão 308 SW e dos motores a gasolina Pure Tech e a Diesel Blue HDi, os mais eficientes de suas categorias em termos de emissões de CO2. Em Sochaux, um novo turno de produção foi criado para acompanhar esses excelentes resultados.

O sucesso do Peugeot 2008 continua, com 40 000 vendas no trimestre. O Grupo aumentou pela segunda vez a capacidade de produção no primeiro trimestre de 2014 em Mulhouse.

O C4 Picasso e o Citroën Grand C4 Picasso continuam a apresentar bons resultados, com 60 000 pedidos registrados no final de março para o modelo de cinco lugares e 35 000 pedidos para o modelo de sete lugares desde o lançamento. As versões de nível mais elevado foram responsáveis por 70% das vendas. O Citroën C3 também voltou a apresentar resultados comerciais muito positivos. O trimestre foi igualmente marcado pela revelação do C4 Cactus que estabelece o novo posicionamento da Citroën.

A parceria da marca DS com a Changan se desenvolve na China, com novos lançamentos previstos em 2014, como o DS 5LS em março e o lançamento do novo SUV DS 6WR anunciado no Salão de Pequim.

Faurecia - O faturamento da Faurecia no 1º trimestre de 2014 elevou-se a 4,518 bilhões de euros, uma alta de 3,4%; o aumento seria de 7% em uma base comparável. O trimestre foi marcado por um forte crescimento na Europa, Ásia e América Latina, com aumento do faturamento em cada uma destas divisões.

Banco PSA Finance-O faturamento do Banco PSA Finance foi de 418 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014, em queda de -7,3% ante o primeiro trimestre de 2013, impactado principalmente pela diminuição dos créditos em carteira.

*Europa = EU + Albânia + Bósnia + Croácia + Kosovo + Macedônia + Montenegro + Sérvia.

Fatos marcantes sobre o Grupo: . Em 26 de março de 2014, foram assinados os acordos definitivos entre PSA Peugeot Citroën, Dongfeng Motor Group, o Estado francês e as empresas Etablissements Peugeot Frères e FFP. Tais acordos preveem a consolidação e o aprofundamento da parceria industrial e comercial existente com a Dongfeng Motor Group, sinergias industriais com DFG avaliadas em 400 milhões de euros por ano até 2020, um aumento de capital de 3 bilhões de euros e atribuições gratuitas de BSA. Preveem também uma estrutura acionista da PSA equilibrada, com uma participação de cerca de 14% da Dongfeng, do Estado francês e dos Etablissements Peugeot Frères / FFP.

. A Assembleia Geral de hoje, 25 de abril de 2014, propôs a votação de resoluções relativas ao aumento de capital, à atribuição gratuita prévia de bônus de subscrição de ações («BSA») para os atuais acionistas da Peugeot SA, assim como a modificação da composição do Conselho de Supervisão.

. O Grupo também anunciou no primeiro trimestre o início de discussões exclusivas com o Grupo Santander visando à conclusão de uma parceria na Europa. Este projeto daria ao Grupo a possibilidade de acelerar o término da garantia do Estado, de melhorar o custo de financiamento e a competitividade do Banco PSA Finance, de oferecer uma ferramenta comercial reforçada ao serviço das marcas Peugeot e Citroën, e um aumento no fluxo de caixa no nível do Grupo que pode chegar a 1,5 bilhão de euros até 2018.

. Durante o primeiro trimestre de 2014, o Grupo levou adiante seu plano de recuperação e 7730 colaboradores assinaram um acordo de mobilidade em 31 de março de 2014.

. Em abril de 2014, o Grupo também assinou um novo crédito sindicalizado no valor de 3,0 bilhões de euros. Ele é composto por uma parcela de 2,0 bilhões de euros com prazo de maturidade de cinco anos e uma parcela de 1,0 bilhão de euros com prazo de maturidade de 3 anos, com duas opções de renovação de um ano. Esta linha de crédito está condicionada à realização dos aumentos de capital anunciados em 19 de fevereiro de 2014.

. PSA Peugeot Citroën -Com três marcas mundialmente reconhecidas, DS, Peugeot e Citroën, o Grupo vendeu 2,8 milhões de veículos no mundo em 2013, dos quais 42 % fora da Europa. Segunda maior montadora da Europa, obteve um faturamento de 54 bilhões de euros em 2013. O Grupo é líder europeu em termos de emissões de CO2, com uma média de 115,9 gramas de CO2/km em 2013. PSA Peugeot Citroën está presente em 160 países. Suas atividades abrangem também o financiamento (Banco PSA Finance) e os equipamentos automobilísticos (Faurecia). [www.psa-peugeot-citroen.com].