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14/12/2007 - 11:11

Setor gráfico tem crescimento positivo em 2007 e volta a investir – importação de máquinas e equipamentos cresce 150%

Setor enfrentou em 2007 um período de relativo equilíbrio em suas atividades, liderado pelo dinamismo do mercado interno, já que o câmbio foi o responsável por uma reversão no saldo comercial de sua balança.

De acordo com o Departamento de Estudos Econômicos (Decon) da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), a indústria gráfica nacional deverá encerrar o exercício de 2007 com crescimento próximo a 4,5%. No acumulado dos últimos 12 meses (out/2006 a set/2007), a receita de vendas do setor atingiu R$ 16,95 bilhões (US$ 9,58 bi).

A maior novidade ficou por conta da retomada dos investimentos. De janeiro a setembro de 2007, as importações de máquinas e equipamentos totalizaram US$ 1,05 bilhão, 150% acima dos US$ 419 milhões gastos no mesmo período de 2006. Os segmentos de impressão e flexografia somaram, respectivamente, US$ 445 milhões e US$ 233 milhões. "Um resultado semelhante só foi alcançado em 1997, quando os investimentos chegaram a US$ 1,4 bilhão. E poderemos alcançar este número até o final do ano", destacou Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional.

O ano também foi positivo em relação ao mercado de trabalho. De janeiro a outubro foram criados 7.056 novos postos. Desta forma, o setor deve encerrar o ano com o contingente de aproximadamente 197.500 pessoas empregadas em 19.550 empresas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 3,2%.

Balança Comercial - Se por um lado, a valorização do real frente ao dólar permitiu a expansão dos investimentos, por outro, derrubou as exportações, prejudicando a balança comercial. Depois de atingir excelente resultado em 2006, com saldo positivo de US$ 64,46 milhões (contra US$ 4,23 milhões negativos em 2005), o setor gráfico registrou déficit em sua balança da ordem de US$ 10,21 milhões no período de janeiro a outubro de 2007.

Tal resultado foi causado pelo aumento de 47% nas importações de produtos gráficos, totalizando US$ 247,36 milhões. Enquanto isso, as exportações no período analisado cresceram apenas 1%, somando US$ 237,15 milhões.

Um ponto positivo foi a grande venda de embalagens ao mercado externo, que atingiu US$ 72,93 milhões no acumulado janeiro/outubro de 2007, superando as vendas de cadernos que totalizaram US$ 62,00 milhões no período em questão.

Com relação às importações, o segmento de livros foi o que mais contribuiu para o desempenho negativo da balança. No período analisado as compras externas do produto somaram US$ 103,29 milhões. Isso equivale a 42% de todas as importações do setor.

Perspectivas para 2008 - Dando continuidade ao ciclo de crescimento dos últimos anos, a indústria gráfica deve ter um incremento entre 4% a 5,5% em 2008. "Acreditamos que haverá continuidade de expansão da economia, com aumento do emprego e da renda. Em decorrência, esperamos maior sofisticação da demando interna por produtos gráficos, o que explica a nossa expectativa otimista para o próximo ano", enfatiza Camargo.

O presidente salienta, ainda, que existem muitos desafios a serem superados. Dentre eles conter a migração de empresas para o mercado informal; adequar os mecanismos de compras governamentais dos produtos gráficos; estimular a leitura no Brasil; desenvolver programas de desenvolvimento ambiental sustentável para as empresas do setor; ampliar o acesso à tecnologia gráfica; melhorar o acesso das empresas a financiamentos; e promover a defesa dos interesses da indústria gráfica nos acordos internacionais de comércio.

Outra preocupação diz respeito ao mercado externo. As exportações de cadernos não se sustentarão no mesmo patamar de 2006, independentemente do embargo norte-americano aos chineses. A entrada de outros concorrentes naquele mercado faz com que os produtos gráficos brasileiros percam competitividade, especialmente em função do câmbio. Portanto, a balança comercial do setor deverá se tornar ainda mais negativa no próximo ano.

Apesar desse quadro negativo, Camargo lembra que as exportações representam menos de 2% das vendas gráficas totais, o que não chega a afetar, de forma muito significativa, o desempenho final do setor. | www.abigraf.org.br

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