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30/04/2014 - 08:48

Procura por cirurgia plástica dispara entre adolescentes, aponta especialista

Vários são os fatores que levam os jovens a procurar a cirurgia.

Os motivos são diversos e vão desde a insatisfação com apelidos de Pinóquio e Dumbo, até mesmo problemas na coluna ocasionados pelo desenvolvimento exagerado dos seios femininos ou da mama masculina.

Na realidade, qualquer característica que foge ao padrão estético tradicional podem se transformar em verdadeiros traumas em uma fase conturbada da vida, como a adolescência.

Para se livrar de vez de problemas como esses, jovens na faixa dos 14 aos 18 anos estão aproveitando a boa condição financeira de seus pais para investir em algo que, normalmente, só despertaria seu interesse muito mais tarde: a cirurgia plástica.

Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam um aumento estrondoso nesse perfil: o número de cirurgias plásticas entre os adolescentes quase triplicou entre 2008 e 2013, fazendo do Brasil o segundo país do mundo em número de cirurgias plásticas, só perdendo para os Estados Unidos.

A disputa estética e a busca por competitividade estão entre os principais fatores para explicar o aumento da procura entre os adolescentes, opina o cirurgião plástico Luiz Eduardo Ematne, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O médico conta que a urgência em reparar imperfeições naturais deve obedecer a critérios básicos: para a maioria dos casos, a cirurgia plástica só pode ser feita depois que o corpo para de crescer, o que, no caso das meninas, ocorre em torno de dois anos após a primeira menstruação. Para os meninos, é por volta dos 15 anos. Essa é a idade média em que os cirurgiões plásticos começam a operar. Uma exceção são as orelhas de abano, operadas mais cedo, ainda na infância.

O apelo da mídia e a alta exposição nas redes sociais caminham ao lado do aumento do poder aquisitivo do brasileiro como motivo para o interesse nas cirurgias ainda na puberdade, acredita Luiz Eduardo, que vê o assunto como delicado, já que é “uma fase da vida em que as pessoas estão com o corpo e a mente em formação”. Nesse contexto, o papel do cirurgião é primordial: deve avaliar com a família a real necessidade da plástica.

A estudante Manuela Confetura, 20 anos, entende bem a motivação dos jovens que decidem encarar o bisturi. Ter passado por duas cirurgias mudou, definitivamente, a forma como se relaciona com a própria imagem. Sua primeira operação foi um presente dos pais no seu aniversário de 15 anos. A debutante ganhou sua tão sonhada rinoplastia.De acordo com Manuela, a operação a tornou mais extrovertida, e mudou sua forma de relacionar com as pessoas, tornando-se mais sociável. “Meu nariz me incomodava muito, eu não tirava foto de perfil de jeito nenhum. Hoje em dia me sinto mais confiante, extrovertida e sociável. Antes da cirurgia eu era tímida e envergonhada”.

A segunda vez que encarou a mesa de cirurgia foi por motivo de saúde. Manuela operou um desvio de septo. Entretanto, de acordo com a estudante, seus pais sempre apoiaram sua decisão, e ficaram a seu lado nas duas cirurgias. “Minha mãe, inclusive, já operou o nariz, é genética, né?”, brinca Manuela.

Segundo Ematne, responsável pela rinoplastia de Manuela, o principal é avaliar se o motivo da cirurgia é algo que incomoda o adolescente ou a outras pessoas. “A dificuldade de aceitação que deve motivar uma cirurgia plástica precisa ser própria, e não vir de fora. No caso de Manuela, o nariz a incomodava muito e sua auto-estima estava baixa a ponto de impedi-la de ser uma pessoa sociável. A decisão também precisa ser tomada em conjunto com os pais” explica o cirurgião plástico, lembrando que se o adolescente chega com uma queixa real e os pais entendem, aí está maduro para a cirurgia. “Conhecer a situação familiar ajuda a entender a demanda do paciente. Às vezes, o benefício estético é uma fuga de outra situação que não está bem resolvida” — reflete o médico.

Dr. Luiz Eduardo Ematne, fica na Av. das Américas 3500 – Ed. Hong Kong.1000 - sala 207,Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ. Telefone (21) 2135-5433.

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