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30/04/2014 - 09:05

Destaques do XVI Encontro Brasileiro de Tireoide

Entre os dias 1º e 03 de maio, ocorrerá o XVI Encontro Brasileiro de Tireoide. O evento será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista. Temos imagens disponíveis para ilustrar os temas de Câncer de Tireoide e Hipotireoidismo. Abaixo, segue um resumo as principais novidades previstas na grade científica: .Câncer de Tireoide – Embora seja um tipo de câncer raro, acomete em sua maioria as mulheres, atingindo a faixa etária entre 25 a 65 anos de idade. Apenas 10% dos nódulos na tireoide são malignos, e a maioria apresenta crescimento lento, com baixo potencial de malignidade.

“Acredita-se que esta patologia esteja relacionada aos níveis de estrogêneo nas mulheres. Mas quando é diagnosticado nos homens, o Câncer da Tireoide tem maior poder de agressividade”, explica a Dra. Maria Inez Caser França, Coordenadora do Ambulatório de Carcinoma Medular da Tireoide do Hospital Estadual Dr. Dório Silva, no Espírito Santo.

. Diabetes e Tireoide - As doenças da tireoide ocorrem com mais frequência em pacientes diabéticos do que na população geral, podendo dificultar o controle metabólico no paciente diabético, além de poder aumentar o risco de doença cardiovascular existente. Estudos revelam a associação entre essas duas moléstias e o estresse oxidativo.

“Já foi mostrado que há aumento do estresse oxidativo em diversos tecidos de pacientes diabéticos, entretanto, pouco se sabe sobre o que estaria acontecendo na glândula tireoide destes pacientes”, explica a pesquisadora em Fisiologia Endócrina, Dra. Andrea Claudia Freitas Ferreira, Profª. Adjunta do Laboratório de Fisiologia Endócrina, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

.Gestação e Tireoide - Para pacientes que queiram engravidar ou que tenham recém-descoberto a gestação, a Dra. Gláucia Maria Ferreira da Silva Mazeto, Profª. Livre-Docente de Endocrinologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp e membro da comissão organizadora do EBT, explica que os exames para tireoide são particularmente importantes nas seguintes situações: idade acima dos 30 - 35 anos; histórico pessoal de Diabetes do Tipo 1 ou outras doenças autoimunes; obesidade mórbida; uso de hormônio tireoidiano; positividade no sangue para anticorpo anti-tireoperoxidase (anti-TPO); residência em área de conhecida insuficiência moderada a grave de iodo; infertilidade; parto prematuro; aborto espontâneo; disfunção ou cirurgia de tireoide prévias; administração recente de contraste radiológico iodado; radiação prévia de cabeça ou pescoço ou histórico familiar de disfunção e/ou autoimunidade tireoidianas.

.Hipotireoidismo na Terceira Idade - Dentre as alterações da tireoide, a mais comum é o Hipotireoidismo, caracterizado pela diminuição da produção do hormônio tireoidiano (T4). Entre os idosos estima-se que cerca de 20% apresentem a doença, apesar de a maioria ser a forma mais leve dela. Quando não tratado no idoso, o Hipotireoidismo causa demência reversível e depressão, contribuindo para o aumento da pressão arterial, do colesterol e do risco de problemas cardíacos.

“Uma das causas para o aumento do número de casos de Hipotireoidismo a partir da terceira idade é que, com o decorrer dos anos, há também um aumento na frequência da produção de anticorpos,”, explica a Profª. Dra. Patrícia de Fátima dos Santos Teixeira, da Faculdade de Medicina da UFRJ, que durante o XVI EBT ministrará a palestra com o tema “O Tratamento do Hipotireoidismo no Idoso”.

A importância da ultrassonografia para avaliação da Tireoide - De acordo com a Dra. Rosalinda Yossie Asato de Camargo, Profª. Colaboradora da Faculdade de Medicina da USP e Diretora do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, “a ultrassonografia é o exame mais sensível e específico para avaliar as alterações da glândula tireoide e pode contribuir para o diagnóstico de doenças tais como hipotireoidismo, hipertireoidismo, inflamações, tumores benignos e malignos, que figuram como as doenças mais detectadas pelo procedimento.”

Carcinoma Medular de Tireoide (CMT) – Trata-se de um tumor maligno, responsável por 3% a 4 % das neoplasias dessa glândula. Atualmente, o diagnóstico precoce do CMT e o tratamento com retirada cirúrgica da tireoide oferece a única possibilidade de cura, o que não acontece quando a doença já se espalhou para outras estruturas ou órgãos.

“Com base no conhecimento dos mecanismos moleculares, foram desenvolvidas novas drogas para tratamento da doença metastática.”, conta a Dra. Ana Luiza Maia, Chefe da Unidade de Tireoide do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Profª. Da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Hipotireoidismo - O Hipotireoidismo atinge de 8 a 10% da população brasileira, sendo mais comum acometer mulheres após a menopausa e os idosos. O diagnóstico é simples e de baixo custo, mas especialistas relatam que uma proporção significativa de portadores desconhece ter a doença. Os sintomas podem ser neurológicos, cardiológicos, músculo-esqueléticos, osteo-articulares, gastro-intestinais e dermatológicos, entre outros.

Apesar de facilmente tratada, em alguns casos sem tratamento adequado, a doença pode causar complicações, como insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, derrame pericárdico, acidente vascular cerebral e morte. “Esses hormônios controlam todas as funções orgânicas. Assim, é natural que em uma situação de excesso (hipertireoidismo) ou diminuição (hipotireoidismo) da produção e oferta desses hormônios haverá um comprometimento global de todas as funções orgânicas”, explica Dr. José Augusto Sgarbi, presidente da Comissão Organizadora do XVI Encontro Brasileiro de Tireoide (EBT) e Profor. da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Medicina de Marília.

Hipertireoidismo - Doença caracterizada pela produção excessiva de hormônio tireoidiano, geralmente acomete indivíduos da segunda a quarta década de vida e, segundo especialistas, atinge de cinco a 10 mulheres para um homem. “A tireoide é uma glândula em formato de borboleta, está localizada na parte frontal da região cervical (pescoço). Ela produz os hormônios tireoidianos T3 e T4, substâncias que atuam em todo o organismo controlando o metabolismo, crescimento e desenvolvimento de células. No hipertireoidismo, o controle que o organismo tem sob essa glândula se perde e ela começa a produzir de maneira descontrolada os hormônios T3 e T4”, explica a Dra. Maria Izabel Chiamolera, médica do Laboratório de Endocrinologia Molecular e Translacional da Unifesp.

Hipertireoidismo no idoso - “Quanto ao tratamento para o idoso, é preciso investigar a causa. Pode ser necessária a prescrição de remédios para diminuir a produção de hormônios pela tireoide ou doses de iodo radioativo para “queimar” a glândula e fazê-la diminuir sua produção. Em alguns casos, pode ser necessária a cirurgia”, explica a Dra. Profª. Dra. Patrícia de Fátima dos Santos Teixeira, da Faculdade de Medicina da UFRJ,

XVI EBT-O evento retorna a São Paulo, sua cidade natal, depois de 30 anos percorrendo o Brasil e divulgando a tireoidologia nacional. São esperados cerca de 2.000 participantes para o encontro.

Palestrantes nacionais e internacionais estão sendo aguardados para compor a grade científica.

O encontro será aberto para profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação e para atuantes nas áreas de Ciências Biológicas e da saúde, que tenham interesse na glândula tireoide. “Além de resgatarmos um pouco da história deste evento de sucesso da Endocrinologia nacional, chamo a atenção também para as cinco sessões clínicas interativas e para o Prêmio Jovem Investigador, uma iniciativa que tem estimulado jovens em todo Brasil na pesquisa na área de Tireoide”, declara o Dr. José A. Sgarbi, presidente da Comissão Organizadora do EBT e Profº. da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Medicina de Marília.

.[XVI Encontro Brasileiro de Tireoide, de 1º a 03 de maio, a partir das 8 horas, no Centro de Convenções Frei Caneca, Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César – São Paulo – SP. www.ebt2014.com.br].

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