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30/04/2014 - 09:57

Procura-se pesquisador

“Chato”,“careta”, “metódico”. Essas são respostas comuns que se ouve ao perguntar para estudantes e recém formados o que eles acham sobre o trabalho de pesquisa no Brasil. Eu, como pesquisador, acho isso bem ruim e sinto as consequências na pele: está cada vez mais difícil encontrar gente talentosa disposta a trabalhar nessa área. Por outro lado, entendo essa imagem que a nova geração tem sobre a pesquisa. Entendo e dou razão para eles.

Tudo começa durante a faculdade. As aulas de pesquisa geralmente são uma das menos desafiadoras da grade curricular, com professores que se preocupam mais em ensinar mil metodologias (geralmente as mais tradicionais) do que desenvolver o espírito investigativo e a capacidade analítica nos alunos, fatores fundamentais para quem for trabalhar com a disciplina. Os alunos gastam mais tempo decorando metodologias e se aprofundando em ferramentas que, na minhaopinião, são habilidades e conhecimentos do passado.

O futuro da pesquisa exige outras coisas: saber levantar hipóteses, fazer curadoria da infinidade de fontes de informações disponíveis hoje em dia, ter a capacidade de conectar aprendizados que vêm de diferentes lados, co-criar ideias e oportunidades com consumidores, gerar insights que fazem a diferença nos negócios das empresas.

As aulas são uma das pontas do problema. A outra está no próprio mercado de pesquisa, que não é nem de longe estimulante para quem está iniciando a carreira. A maioria das empresas e dos profissionais de pesquisa qualitativa, por mais capacitados que sejam, ainda estão presos a velhos paradigmas. Muitos são engessados a tradicionais metodologias, com certo medo de inovar, oferecendo o bom e velho “focus group” como solução para qualquer tipo de briefing.

Infelizmente, ainda são poucas as empresas que encaram o trabalho de forma mais criativa e que conseguiu se renovar, assim como a sua fonte (o consumidor) também se atualizou. Enfim, dá pra perceber que não é um campo muito inspirador para alguém de vinte e poucos anos, certo?

Precisamos ficar bastante atentos com essa escassez de profissionais interessados em trabalhar com pesquisa. É necessário reverter essa imagem negativa e deixar a disciplina mais atraente e empolgante para os alunos. Só assim vamos conseguir desenvolver os pesquisadores do futuro. Profissionais que sejam capazes de entender e navegar nesse novo cenário do mercado de pesquisa de mercado que se construiu e ganha cada vez mais força.

.Por: Caio Casseb, Sócio da Scoop&Co Inspiring Research - Co de co-criação, conexão e colaboração | Perfil-A Scoop&Co Inspiring Research é uma empresa que faz pesquisa de mercado, com o mercado e para o mercado, fundada em setembro de 2011, em São Paulo por três empreendedores que sonhavam em reinventar uma área que não se renovou no Brasil nos últimos anos. Os Scoopers empregam processos de trabalho inovadores (on e off-line)para tornar a pesquisa qualitativa mais inspiradora para todos que participam do processo e para geração de respostas assertivas. Uma das principais metodologias utilizadas é a de “co-creation”, em que consumidores e clientes (marcas) trabalham juntos na criação de novas ideias e produtos. Estas crenças e a capacidade técnica de fazer pesquisa de um jeito diferente explicam o sucesso instantâneo da Scoop&Co, nos primeiros dois anos de existência realizaram diversas pesquisas para empresas como: Unilever, Ambev, Samsung, Whirlpool e Pernod Ricard, entre outras, alcançado um faturamento de quase R$ 3 milhões logo nos primeiros 15 meses de operação. | Site: www.scoopandco.com.br.

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