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01/05/2014 - 10:22

Embraer: unidade de “Defesa & Segurança” faz a diferença no 1T14, aponta BB Investimentos


A carteira de pedidos firmes da companhia, cujo montante chegou a US$ 19,2 bilhões, sendo este um nível recorde desde o ano de 2009. E a companhia registrou lucro líquido consolidado de R$ 262,8 milhões, representando aumento de 320% em relação ao primeiro trimestre de 2013, com lucro por ação foi de R$ 0,3534.Porém com queda de 57% em relação ao trimestre anterior.

De acordo com Mário Bernardes Junior e Gabriela Cortez, analistas do BB Investimentos, a Embraer começou bem o ano de 2014, tendo em vista a interessante elevação do seu nível de margens operacionais, mesmo em um período que tende a ser mais moderado, o que nos leva a crer que a companhia desempenhou de maneira eficaz sua capacidade de adaptação a desafios.

Segundo eles, os principais motivos que levaram a tal aceleração do patamar de rentabilidade estão ligados a: (a) mudança no mix de entregas, com destaque para o segmento de Segurança & Defesa cujo faturamento subiu 87% A/A; (b) desvalorização cambial, que naturalmente impacta positivamente sua receita; e (c) expressivo ganho de eficiência no comparativo anual, devido aos efeitos não recorrentes que pressionaram as despesas operacionais no ano passado.

“Vale ressaltar, a carteira de pedidos firmes da companhia, cujo montante chegou a US$ 19,2 bilhões, sendo este um nível recorde desde o ano de 2009. Este é um dado bastante importante, pois deve ser levado em consideração o fato de que a Aviação Comercial, sua principal unidade de negócios, desempenhou bom papel na construção deste número, o que avaliamos positivamente”, disseram Junior e Cortez.

“Já a má notícia ficou por conta da retração no número de aviões comerciais entregues, que saiu de 17 no 1T13 para 14 no 1T14, sendo as maiores influências provenientes da redução de 83% no modelo E195 e 50% no E190”, ressaltaram .

Perspectivas são positivas - “Nossas perspectivas para a Embraer são positivas, pois acreditamos que o posicionamento da companhia para atendimento da crescente demanda do mercado de aviação regional pelo mundo tende a ser uma de suas principais vantagens competitivas”, frisaram os executivos.

“Neste sentido, reiteramos nosso rating em Outperform e o target-price da EMBR3 para dezembro de 2014 em R$ 24,50 e para as ADRs ERJ em US$ 40,50. Os riscos, no entanto, permanecem no caso de desaceleração econômica acentuada no país e inversão da tendência de retomada do crescimento no mercado americano”.

Receita líquida sobe puxada por Defesa & Segurança - “A receita líquida consolidada da empresa chegou a R$ 2.928,8 milhões no período, com alta de 36% em relação ao mesmo período do ano passado. O principal impacto veio da unidade de Defesa & Segurança, que registrou um aumento de 87% comparado ao 1T13. Segundo a companhia, o segmento foi beneficiado pelas vendas dos Super-T e também pelos projetos do KC-390”, observaram Mário Bernardes e Gabriela.

“No 1T14, o mix de receita líquida por segmento alterou-se em relação ao 1T13, consistente com a estratégia de diversificação da Companhia. As receitas dos segmentos de Defesa & Segurança e Aviação Executiva representaram respectivamente 31,8% e 21,5% da Receita líquida total do 1T14, comparado às participações no 1T13 de 23,1% e 16,1% respectivamente. O segmento de Defesa & Segurança reportou seu maior crescimento proporcionalmente à receita consolidada, impulsionado pelo crescimento de receita de 87% em relação ao 1T13 e no segmento de Aviação Executiva o crescimento da receita foi de 81% na comparação entre o 1T13 e o 1T14. O segmento de Aviação Comercial teve sua participação no total das receitas diminuindo de 59,0% no 1T13 para 44,7% no 1T14. Os segmentos de Defesa & Segurança e Aviação Executiva deverão ter uma maior representatividade nas receitas totais de 2014 em relação a 2013, em linha com as estimativas da Empresa”, relatou a Embraer.

Defesa & Segurança: “a Empresa desenvolve uma série de campanhas de vendas para várias aplicações, incluindo o transporte de autoridades, treinamento e ataque leve, sistemas de inteligência, vigilância e reconhecimento, sensoriamento remoto e monitoramento, modernização de aeronaves, transporte militar, sistemas de comando e controle, e serviços. A Embraer lidera projetos importantes no Brasil, tais como o desenvolvimento do jato de transporte militar tático KC-390 e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

A Embraer Defesa & Segurança iniciou a montagem da primeira aeronave Super Tucano para o programa LAS (Light Air Support, ou Apoio Aéreo Leve), da Força Aérea dos Estados Unidos, em Jacksonville, nos Estados Unidos, de acordo com o cronograma previsto originalmente, com início das primeiras entregas em meados de 2014.

Com relação aos programas de modernização de aeronaves, a Embraer Defesa & Segurança concluiu, em março, a modernização da segunda aeronave de série do programa A-1M, da Força Aérea Brasileira (FAB). O programa A-1M prevê a revitalização e a modernização de 43 jatos subsônicos AMX, 23 dos quais já se encontram nas instalações da Empresa.

Quanto ao programa de modernização de 11 caças F-5, também da FAB, a Embraer já conta com sete aeronaves recebidas e em diferentes fases do processo de modernização. No segmento de Tráfego Aéreo, entrou em operação o sistema Sagitario, da Atech, no ACC Amazônico [ACC: sigla em inglês para Centro de Controle de Área]. Com isto, todo o controle de tráfego aéreo em rota no espaço aéreo brasileiro passa a ser realizado com o Sagitario, sistema desenvolvido pela Atech. Recentemente, a Savis Tecnologia e Sistemas S.A., empresa líder do Consórcio Tepro, contratado pelo Exército Brasileiro para execução da integração e implantação do Projeto Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) concluiu a entrega do Centro de Operações Militares do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul. Este é o primeiro Centro de Comando e Controle do Sisfron, que incorpora equipamentos de última geração e permitirá a análise dos dados coletados pelos sensore s, a consciência situacional, o apoio à decisão e a disseminação de instruções para as operações sob responsabilidade daquele Comando Militar de Área”, informou a Empresa.

Nível de caixa líquido sofre compressão - “A companhia encerrou o 1T14 com endividamento bruto de R$ 5.018,8 milhões, ficando praticamente estável na comparação anual, mas com redução de 40% no caixa líquido em consequência de impactos desfavoráveis no seu capital giro”, continuaram.

Resultado dispara no trimestre - “A companhia registrou lucro líquido consolidado de R$ 262,8 milhões, representando aumento de 320% em relação ao 1T13, porém com queda de 57% quando comparado ao trimestre imediatamente anterior, o que representa uma margem de 9,0%, +6,1 p.p. A/A”, concluíram os analistas.

Perfil - A Embraer S.A. (BM&FBovespa: eMBR3; NYSE: ERJ) é uma empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, mantém escritórios, instalações industriais e oficinas de serviços ao cliente no Brasil, China, Estados Unidos, França, Portugal e Singapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves e sistemas para os segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva e Defesa & Segurança. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. [www.embraer.com.br].

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