Alergias em viagens, como evitar?

Alergias se intensificam nas épocas frias. O frio e a redução da umidade relativa do ar deixam o organismo mais vulnerável às alergias.

O inverno está chegando e, com ele, as férias escolares e o maior evento esportivo do mundo. Quem sofre com as alergias sabe bem como a mudança climática influencia os sintomas, portanto, para não deixar as crises atrapalharem esse momento, é preciso tomar algumas precauções.

Para os que possuem alergias respiratórias como a rinite ou asma, as épocas mais frias podem comprometer os brônquios, pois os pulmões estão acostumados a receber ar quente e úmido. Como forma natural de proteção do corpo humano, as vias respiratórias se adaptam às temperaturas mais baixas para conseguir adequar o ar que chega aos pulmões. Já os pacientes que apresentam alergias cutâneas, estão mais sujeitos à piora do ressecamento, pois há diminuição natural da oleosidade da pele, o que torna esses pacientes mais suscetíveis a fungos, bactérias, vírus e poluentes.

“A reação alérgica pode ser desencadeada basicamente por duas formas: pela formação de um anticorpo que irá combater a substância ingerida, como no caso da rinite, com a reação à poeira; ou pela reação de células específicas que são responsáveis pela defesa do organismo. Essas células irão causar outros tipos de alergias, como a dermatite de contato e alergias de pele, que acontecem com os pacientes que entram em contato com algum medicamento”, explica a Dra. Ana Paula B. Moschione Castro, especialista em Alergia e Imunologia pela Associação Médica Brasileira de Alergia e Imunologia.

Existem diversos tipos de alergias, mas as mais comuns são as alimentares, de pele, de nariz, das vias respiratórias e oculares. Hoje, estima-se que 30% da população mundial sofra com algum tipo de alergia, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). No Brasil foi identificado um aumento de 50% no número de alérgicos entre 1980 e 2010.

Como as temperaturas mais frias do ano e o maior evento esportivo estão chegando, é preciso tomar alguns cuidados para não deixar a alergia atrapalhar os planos dessa época. Já é possível encontrar serviços específicos para alérgicos como: hotéis que possuem quartos com sistema de purificação especial do ar, etapas diferenciadas de higienização do ar condicionado e do aquecedor (os equipamentos recebem um tratamento de choque com ozônio, eliminando odores remanescentes e deixando o ar fresco e puro), protetores impermeáveis no colchão e no porta travesseiro, entre outros.

Também existem companhias aéreas que atendem às necessidades específicas de passageiros com alergias, com a adaptação de equipamentos de cabine, menus alternativos (de comida e bebida) a bordo e nos aeroportos, programas de informação abrangente para a tripulação e pessoal de terra.

Mas utilizando serviços tradicionais ou mais direcionados à alergia, é importante adotar medidas básicas, que podem amenizar os sintomas, na hora de viajar. Veja as dicas:

Escolhendo o local: . Se for viajar para o exterior, verifique quais são as condições climáticas do lugar e se há estação polínica, ou seja, uma determinada estação do ano que favoreça a disseminação dos pólenes, pois quando a concentração no ar de alguns grãos de pólen alcança determinados níveis, as pessoas alérgicas desenvolvem transtornos.

. Verifique o acesso a cuidados médicos, especialmente se for ficar hospedado em um local remoto ou em um cruzeiro. É fundamental saber para onde ir ou a quem chamar se tiver algum sintoma.

Escolhendo o alojamento: . Em hotéis, escolha quartos sem carpete, em alas destinadas para não fumantes.

. Dependendo da intensidade da alergia, o ideal seria procurar se hospedar em um hotel com serviços especiais para alérgicos.

. No caso de alergias alimentares, considere alugar um apartamento ou ficar em um apart hotel ou afins que possuam cozinha.

. Capa anti-ácaros para os travesseiros e colchões.

. Informações médicas, receitas e orientações alimentares devem ser levadas escritas e traduzidas caso viaje para o exterior.

Meio de transporte: . De carro: verifique a limpeza do automóvel e do ar condicionado.

. De avião: tome um anti-histamínico com antecedência. Se estiver congestionado, utilize a sua medicação regular e considere o uso de um spray nasal descongestionante, de longa ação, antes da decolagem e aterrisagem. Lave as narinas com solução salina (soro).

. Alergias alimentares devem ser notificadas previamente à companhia aérea.

. Beba líquido, mas evite bebidas alcoólicas.

Alimentação: . Pacientes com alergia alimentar que vão viajar precisam estar preparados para buscar os alimentos permitidos.

. Optar por levar a alimentação adequadamente acondicionada.

. Consumir alimentos industrializados envasados que tenham rótulos claros ou conversar com nutricionista local e garantir o preparo dos alimentos sem contaminação.

Perfil - Claritin® (loratadina) é um antialérgico que proporciona alívio dos sintomas alérgicos por 24 horas e, geralmente, não causa sonolência. É indicado para o alívio dos sintomas associados à rinite alérgica como coceira nasal, coriza, espirros, ardor e coceira nos olhos. Claritin também é recomendado para o alívio dos sinais e sintomas de urticária e outras alergias da pele. O medicamento possui três apresentações: Xarope sabor Pêssego 100 ml e caixas com 6 e 12 comprimidos, e é comercializado pela Merck Sharp & Dohme (MSD).