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08/05/2014 - 09:20

Exportação de sucata registra queda em março, aponta Inesfa

Setor verifica queda no volume e nas vendas para o mercado internacional.

São Paulo – As exportações brasileiras de sucata de ferro e aço, matéria-prima usada na produção de aço, atingiram 36 mil toneladas em março, uma queda de 32,1% em relação ao mês anterior, quando registraram 53 mil toneladas. Já a receita teve uma retração menor. Neste mês, as empresas faturaram com exportação US$ 15,1 milhões, recuo de 25,6% quando ficaram em US$ 20,3 milhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferro e de Aço (Inesfa), parte da queda registrada em março deve-se, em geral, a uma variação natural do mercado. A tendência é que este número aumente até a primeira metade do ano. O Inesfa representa as empresas responsáveis por 47% de toda a sucata preparada no Brasil.

No acumulado de 2014, até o mês de março, as exportações já atingiram 130,7 mil toneladas, contra 140,8 mil do mesmo período do ano passado. Para o Inesfa, o primeiro trimestre de 2013 foi impulsionado pelo recorde de exportação do mês de janeiro, que registrou 57,4 mil toneladas.

De acordo com o balanço anual realizado pelo MDIC, o volume total de vendas externas em 2013 alcançou 453,4 mil toneladas, um pequeno aumento em relação às 444,3 mil toneladas em 2102. A receita no ano passado chegou a US$ 177,8 milhões de receita, ante US$ 219,4 milhões em 2012. O primeiro semestre de 2013 apresentou um melhor desempenho nas exportações, com receita de US$ 91,7 milhões e volume de 217,3 mil toneladas. O segundo semestre fechou em US$ 85 milhões, e volume exportado de 236 mil toneladas. O ano de 2013 teve muitos altos e baixos. Após um primeiro semestre com queda nas exportações, a partir de julho houve uma recuperação nas vendas externas, mas não o suficiente para mudar o patamar de vendas registrado nos últimos anos.

De acordo com o Inesfa, o Brasil ainda vende muito pouca sucata ferrosa, cerca de 3,5% do consumo interno, o que corresponde a apenas 0,2% das exportações mundiais do produto. O volume é muito pequeno em relação ao consumo no mercado interno, que se mantém abastecido pelos estoques nos pátios das empresas de comércio atacadista. A produção interna e os estoques garantem a oferta às siderúrgicas nacionais. Além disso, a sucata ferrosa exportada hoje é um tipo de matéria-prima não adquirida pelas usinas brasileiras.

As exportações brasileiras de sucata ferrosa começaram a crescer em 2008, por causa da retração do mercado interno e aumento dos estoques nos pátios das empresas. Naquele ano, houve uma grande crise no setor siderúrgico, com queda na produção de aço e redução de preços. Como saída a essa situação, os comerciantes de sucata foram obrigados a buscar as exportações.

A sucata ferrosa é um importante insumo utilizado no processo de fabricação do aço. Atualmente, a participação da sucata na produção de aço bruto no Brasil vem oscilando entre 26% e 28%, abaixo da média mundial, que foi de 45% em 2012, informa o Inesfa. No exterior a sucata é tratada como commodity, com cotação internacional, e tem valores de 30% a 40% mais altos que no Brasil. Apesar da diferença de preço, segundo o Instituto, o Brasil exporta apenas 3,5% do volume da sucata consumida no mercado interno. Os principais países exportadores de sucata são, na ordem, Estados Unidos (22,1%), Alemanha (8,9%), Holanda (5,2%), Reino Unido (7,0%) e Japão (4,9%). Juntos, os cinco países respondem por quase 50% das exportações mundiais de sucata.

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