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09/05/2014 - 07:35

Executivos da Petrobras falam sobre a exploração da área de Libra na próxima década


Representantes da companhia participaram do Brattec Offshore 2014, evento paralelo à Offshore Technology Conference, em Houston (EUA).

A magnitude da Área de Libra foi o grande destaque no dia 07 de maio (quarta-feira), na Brattec Offshore 2014, evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas. A gerente executiva da Petrobras para Libra, Anelise Lara, falou sobre as características do reservatório e as perspectivas de exploração da área. O assessor da Presidência da Petrobras para Conteúdo Local e coordenador executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Paulo Alonso, falou sobre a política de conteúdo local e a demanda por equipamentos para o projeto de exploração e produção de Libra. A Brattec acontece paralelamente à Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, Texas, nos Estados Unidos.

Em sua apresentação, Anelise Lara explicou para o público que Libra tem uma área total em torno de 1.500 quilômetros quadrados, quase o mesmo tamanho de toda a região metropolitana de Houston, e tem características únicas. O reservatório tem características semelhantes aos outros campos do pré-sal já descobertos. A diferença é a espessura do reservatório, que se mostrou ainda mais alta em Libra. O primeiro poço perfurado no local detectou uma coluna de óleo de 327 metros de altura.

Para facilitar a compreensão da magnitude do reservatório de Libra, Anelise usou como exemplo as torres mais altas do mundo. “A maior torre do mundo, a Burj Khalifa, que fica em Dubai, tem 800 metros. Nós estimamos que a espessura do reservatório, na área central do campo, pode ser maior do que essa torre. Esse dado é ainda mais impressionante se considerarmos que este reservatório está localizado abaixo de uma camada de sal e profundidade de água de até 2.500 metros. Por isso, o potencial compensa todo o esforço e tecnologia que serão necessários para produzirmos neste reservatório”, disse Anelise.

Segundo a executiva, a primeira estimativa da Petrobras considera 12 sistemas de produção em Libra, cada um com capacidade de produção de 150 mil barris de óleo por dia. A declaração de comercialidade do campo está prevista para ocorrer em dezembro de 2017. Até lá, o consórcio deve concluir o Programa Exploratório Mínimo, que inclui a perfuração de dois poços, o levantamento sísmico 3D de toda a área do bloco e a realização de um Teste de Longa Duração. A previsão de início é para o segundo semestre, em julho. “O primeiro Teste de Longa Duração está previsto para começar em dezembro de 2016. O sistema piloto está programado para entrar em produção em 2020. Esse piloto será baseado em outros sistemas típicos do pré-sal já em produção. Isso vai nos permitir testar diferentes estratégias de recuperação, considerando as características do reservatório de Libra”, explicou.

Anelise também falou sobre a qualidade do consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNOOC (10%) e CPC (10%), vencedor da licitação de Libra. Para Anelise, a diversidade de empresas, tanto em espécie quando na geografia, criou uma grande oportunidade para a construção de uma forte parceria, com os melhores talentos, partilhando conhecimentos, experiências, além dos custos de financiamento. “Este ambiente colaborativo pode ser muito proveitoso para novas ideias, para o benefício do projeto de Libra”, disse.

Conteúdo local para Libra -Na segunda apresentação do dia, o assessor da Presidência da Petrobras e do Prominp, Paulo Alonso, explicou que a política de conteúdo local, iniciada em 2003, hoje atingiu uma fase desafiadora para o Brasil, em que são exigidos que, no mínimo, 37% dos bens e serviços sejam nacionais na exploração e entre 55% e 59% na produção para o caso de Libra. A regra do conteúdo local é uma determinação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e estabelece que os bens e serviços usados na construção naval sejam, em grande parte, de origem nacional e não importados.

“Queremos incentivar o conteúdo local, mas em base sustentável e competitiva, gerando inovação continuada. A Petrobras é conhecida em todo o mundo como uma empresa que trabalha em águas profundas. Ou seja, precisamos de inovação contínua porque só com inovação nossa indústria será competitiva e de classe mundial em comparação com outros concorrentes no mundo”, disse.

Paulo Alonso mostrou os equipamentos que são necessários à construção de um típico FPSO (unidade flutuante que produz, transporta e armazena petróleo e gás) para Libra. "Precisamos trabalhar em conjunto com universidades brasileiras e estrangeiras a fim de prover as soluções que são necessárias e trabalhar em parceria com empresas estrangeiras. É por isso que eu estou aqui nos Estados Unidos, para mostrar as demandas de Libra, a fim de atrair as empresas americanas e de outros países para irem ao Brasil e se instalarem no país em associação com empresas brasileiras ou com sua própria marca”, resumiu Paulo Alonso.

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