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10/05/2014 - 07:42

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 5 bilhões 393 milhões no 1T14


Segundo a estatal, a retração foi reflexo do plano de incentivo ao desligamento voluntário (PIDV), anunciado recentemente.

O lucro operacional no primeiro trimestre de 2014 foi de R$ 7,6 bilhões, 8% superior ao do último trimestre de 2013, principalmente devido aos maiores preços de derivados e da menor participação de derivados importados nas vendas. O lucro líquido foi de R$ 5,4 bilhões, sendo 14% inferior ao trimestre anterior, especialmente devido à ausência do benefício fiscal relativo ao provisionamento de juros sobre capital próprio, ocorrido no quarto trimestre de 2013. Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o lucro líquido foi 30% inferior, refletindo a redução no lucro operacional, devido ao provisionamento de R$ 2,4 bilhões com o PIDV (Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário) e o menor resultado financeiro. Com a implementação do PIDV, totalizando 8.298 empregados inscritos (12,4% do efetivo total), há previsão de redução de custos de R$ 13 bilhões no horizonte 2014-2018.

De acordo com o comunicado da companhia pela internet, a produção total de petróleo e gás natural atingiu 2 milhões 531 mil barris/dia na média do trimestre, ficando estável em relação ao quarto trimestre de 2013. “Em março de 2014, batemos novo recorde de produção mensal no pré-sal, atingindo 395 mil barris de petróleo por dia, e em 18 de abril, registramos recorde diário de 444 mil bpd. Iniciamos a operação da P-58 e do terceiro poço no campo de Sapinhoá interligado ao FPSO Cidade de São Paulo. Obtivemos maior carga processada, em relação ao 4T13, com recorde de processamento em março e aumento da produção de derivados no país, reduzindo a participação dos derivados importados nas vendas. O PROEF (aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos) contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 58 mil bpd. A eficiência operacional chegou a 77% na UO-BC e a 95% na UORIO. O Procop (otimização de custos operacionais) alcançou uma economia de R$ 2,4 bilhões no 1T14. Captamos R$ 53,9 bilhões, principalmente pela emissão de bonds nos mercados americano e europeu, o que permitiu que terminássemos o trimestre com uma sólida liquidez (R$ 78,5 bilhões em caixa)”, destacou.

Lucro líquido atingiu R$ 5 bilhões 393 milhões no primeiro trimestre de 2014 – O resultado líquido da companhia foi 14% inferior ao quarto trimestre de 2013, especialmente devido à ausência do benefício fiscal (R$ 3,1 bilhões) relativo ao provisionamento de juros sobre capital próprio, ocorrida no trimestre anterior. O resultado operacional cresceu 8% em relação ao trimestre passado, alcançando R$ 7 bilhões 577 milhões. Este aumento reflete os maiores preços de derivados, principalmente em função dos aumentos de diesel e gasolina ocorridos em novembro de 2013; a menor participação de derivados importados nas vendas do mercado interno; e o menor custo total com a produção de óleo e derivados; que compensaram o provisionamento de R$ 2 bilhões 396 milhões com o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV). Este Programa obteve 8.298 inscrições validadas, o que representa 12,4% do efetivo total da Companhia. A estimativa é que 55% dos desligamentos ocorram ainda em 2014 e que a redução de custos alcance R$ 13 bilhões no horizonte 2014-2018. A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado atingiu R$ 14 bilhões 349 milhões, sendo 8% abaixo do alcançado no trimestre anterior em função, principalmente, dos menores ganhos com vendas de ativos e do provisionamento com o PIDV.

“O resultado financeiro líquido ocorrido no primeiro trimestre foi negativo em R$ 174 milhões, porém, comparando com o quarto trimestre de 2013, foi R$ 2 bilhões 847 milhões mais favorável devido à apreciação cambial (3,4%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o lucro líquido reduziu 30% – O principal fator para redução do resultado líquido foi o menor lucro operacional, decorrente do provisionamento do PIDV, compensado parcialmente pelo aumento do lucro bruto (+3%), e o menor resultado financeiro. O maior resultado bruto é explicado pelo crescimento na receita de vendas, refletindo os reajustes nos preços de diesel e gasolina realizados ao longo de 2013 e os maiores preços de energia e gás natural, que compensaram o aumento do custo dos produtos vendidos. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 174 milhões, sendo R$ 1 bilhão 564 milhões menos favorável que o do primeiro trimestre de 2013, em função dos menores ganhos monetários e cambiais e do aumento das despesas financeiras devido ao maior endividamento”, ressaltou a estatal.

Produção de petróleo e gás natural – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior no primeiro trimestre de 2014, atingiu a média diária de 2 milhões 531 mil barris de óleo equivalente (boe), sendo estável em relação ao quarto trimestre de 2013. A produção internacional total foi de 209 mil boed, sendo 8% superior ao trimestre anterior, resultado do crescimento da produção dos novos poços nos campos de Cascade e Chinook, no Golfo do México, EUA. No Brasil, a produção total de óleo e gás natural alcançou 2 milhões 322 mil boed, 1% menor que a do 4º trimestre de 2013. A produção de petróleo e LGN no Brasil atingiu a média de 1 milhão 922 mil barris por dia (bopd), 2% inferior à produção do trimestre anterior. Os fatores que impactaram a produção foram: declínio natural dos campos; desmobilização das atividades do FPSO Brasil (Roncador); parada da plataforma P-20 (Marlim), término da participação na produção do Parque das Conchas; e atraso da entrada em operação das plataformas P-58 e P-62. A produção de gás natural no Brasil aumentou 5% em função do aumento da produção dos FPSOs Cidade de São Paulo e Cidade de Paraty e da produção da plataforma de Mexilhão, que teve parada programada no trimestre anterior.

“O pré-sal alcançou novo recorde de produção mensal, chegando a 395 mil bpd, em março, 2,4% acima do recorde anterior, registrado em fevereiro (385 mil bpd). Contribuiu para esse recorde a produção do primeiro poço interligado a uma boia de sustentação de riser (BSR), no campo de Sapinhoá, iniciada em fevereiro. Esse poço vem apresentando desempenho acima da média e mantém-se como o melhor poço produtor do país, com aproximadamente 36 mil bpd. No dia 18 de abril, foi batido também o recorde diário de extração do pré-sal, com 444 mil bpd devido ao crescimento da produção da P-58 e da entrada em produção do segundo poço na BSR de Sapinhoá”, disse a Petrobras.

O Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos(PROEF) contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 58 mil bpd no trimestre. A eficiência operacional chegou a 77% na Unidade Operacional Bacia de Campos (UO-BC) e a 95% na Unidade Operacional Rio (UO-RIO). Cabe destacar que no curto prazo, começarão a produzir, no pós-sal da Bacia de Campos, as plataformas P-62, no campo de Roncador, com capacidade de 180 mil bpd, e a P-61, no campo de Papa-Terra, que será interligada à plataforma semissubmersível SS-88, unidade de apoio do tipo Tender Assisted Drilling (TAD). No 2º semestre do ano, estão previstas a entrada em operação dos FPSOs Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba. Com a entrada dessas unidades, a produção de petróleo terá crescimento sustentável, durante 2014, de 7,5%, conforme previsto no Plano de Negócios e Gestão 2014 – 2018, podendo variar 1% para mais ou para menos.

Investimentos priorizaram a capacidade de produção – A realização dos Investimentos no primeiro trimestre de 2014 foi de R$ 20 bilhões 584 milhões, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2013. A maior parte dos recursos foi aplicada no segmento de Exploração e Produção no Brasil (64%), com destaque para os projetos de desenvolvimento da produção. Para o segmento de Abastecimento, foram direcionados 24% do volume total de recursos, dando continuidade aos investimentos para modernização e ampliação do parque de refino.

Preços dos Produtos – O preço médio, em reais, dos derivados no mercado interno (para as distribuidoras) cresceu 12% em relação ao 1º trimestre de 2013, refletindo os aumentos de preços da gasolina e do diesel que ocorreram ao longo de 2013. O preço do petróleo Brent caiu 4% em dólares (US$ 108/bbl no 1T14 vs US$ 113/bbl no 1T13). Porém, devido à desvalorização cambial de 19%, o preço do petróleo calculado em reais aumentou 14%, impactando os custos com as importações de petróleo e derivados.

Excelentes níveis de eficiência das refinarias – A produção de derivados nas refinarias do país atingiu 2 milhões 124 mil barris por dia no 1º trimestre de 2014, sendo 1% superior ao 4º trimestre de 2013 e estável em relação ao 1º trimestre de 2013. O Fator de utilização do parque de refino alcançou 96%, mantendo o excelente nível de eficiência, e houve maior utilização do petróleo nacional na carga processada (+19 mil bpd) na comparação com o último trimestre de 2013, com 83% do total processado vindo de campos brasileiros.

Crescimento da venda de derivados – O volume de vendas de derivados no mercado interno no primeiro trimestre de 2014 totalizou 2 milhões 371 mil barris por dia, o que representa um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacam-se as vendas de gasolina (+4%), por conta do crescimento da frota associado à vantagem do preço da gasolina em relação ao etanol em diversos estados e as de diesel (+3%) em função do crescimento da economia. A venda de gás natural cresceu 2%, refletindo a maior demanda termelétrica, bem como a substituição do óleo combustível, cuja demanda diminuiu 7%.

Menor déficit na balança comercial da Petrobras – Na balança comercial de petróleo houve redução de 26% da importação e 9% da exportação, melhorando o saldo final em relação ao 1º trimestre de 2013, em 105 mil bpd. Na balança comercial de derivados, houve aumento de 13% da importação, para atendimento do mercado interno, e redução de 10% nas exportações, principalmente de óleo combustível, para atendimento às térmicas, resultando em um acréscimo de saldo negativo de 68 mil bpd em relação ao 1º trimestre de 2013. Com isso, a balança comercial da Petrobras apresentou uma melhora de 37 mil bpd em relação ao 1º trimestre de 2013 (déficit de 417 mil bpd no 1T14 contra 454 mil bpd no 1T13).

Custo de extração e de refino – O custo de extração sem participações governamentais no país, em reais, aumentou R$ 3,65 por barril em relação ao primeiro trimestre de 2013, atingindo R$ 33,14 por barril. As principais razões para esse crescimento foram: entrada em operação das plataformas FPSO Cidade de Paraty (Piloto Lula NE), FPSO Dynamic Producer (Lula Central), FPSO Cidade de São Vicente (Lula Extremo Sul), P-63 (Papa Terra) e P-55 (Roncador) ainda em fase de incremento de produção, porém já contribuindo com seu custo integral; e o reajuste salarial do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013. O indicador quando contabilizado em dólar apresentou redução de 4% no período, devido à depreciação cambial. O custo de refino no país (R$ 6,48/barril) aumentou 4%, devido à menor carga processada e ao reajuste salarial do ACT 2013. O indicador em dólar foi 12% inferior.

Endividamento – O endividamento bruto da Petrobras aumentou 15%, em reais, em relação à 31.12.2013, devido às novas captações, principalmente pela emissão de bonds nos mercados americano e europeu, permitindo que terminássemos o trimestre com uma sólida liquidez (R$ 78 bilhões 478 milhões em caixa). O indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado foi impactado pela anualização do provisionamento do PIDV e fechou o trimestre em quatro vezes. A alavancagem (Endividamento Líquido/(Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) ficou estável em 39%.

Contribuição econômica da Petrobras – A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 19 bilhões 118 milhões no primeiro trimestre de 2014. As participações governamentais aumentaram em 16% devido ao crescimento da produção nos grandes campos pagadores de participação especial e ao aumento de 14% no preço médio de referência do petróleo nacional, sendo R$/bbl 226,84 (US$/bbl 95,98) no primeiro trimestre de 2014, contra R$/bbl 198,67 (US$/bbl 99,58) no primeiro trimestre de 2013.

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