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10/05/2014 - 08:17

Médicos alertam: nem todo nódulo de tireoide deve ser operado

Bócios menores de um centímetro não devem ser puncionados.

Alguns dos mais renomados especialistas em tireoide do Brasil, Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Colômbia, Estados Unidos, Itália e Espanha estão reunidos no livro “Bocio Nodular Benigno”, Novelli-Ward (eds) 2014 UNR Editora de Rosario, Argentina. Lançada no Brasil durante o XVI Encontro Brasileiro de Tireoide (EBT) 2014, a obra está em busca de patrocínio para ser impressa e comercializada no país.

Organizada pela Dra. Laura Sterian Ward, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), e pelo Dr. José Luís Novelli, da Universidade Nacional de Rosario, Argentina, a publicação apresenta a patologia nodular da glândula tireoide desde o diagnóstico, a evolução, até o tratamento. Além de abordar muitas matérias sobre cirurgias, o livro traz também um capítulo inteiramente dedicado à questão da parte psicológica, importante para o paciente e seus familiares.

Os bócios, ou nódulos como são conhecidos, estão sendo cada vez mais detectados devido ao aumento de pedidos médicos para a realização da ultrassonografia de tireoide, o que acabou gerando um problema prático, segundo a Dra. Laura. “Metade da população feminina, acima de 50 anos, apresenta nódulos na tireoide. Com o aumento dos exames de ultrassom, criou-se a necessidade de saber se é ou não maligno”, conta a especialista.

O Dr. Novelli explica que a cada 10 pacientes operados por nódulo de tireoide, apenas quatro apresentam câncer. “Há muitos nódulos, mas poucos são malignos e esses são difíceis de diagnosticar”, explica o médico.

Os dois especialistas, Dra. Laura e Dr. Novelli, contam ainda que nódulos abaixo de 1 centímetro não devem ser puncionados, salvo os casos de hereditariedade ou com fatores ecográficos suspeitos. “Só devemos operar os malignos, com suspeita de malignidade e, no caso de benignos, apenas os muito grandes, que chegam a interferir no esôfago, ou impactam muito na estética do paciente”, alerta Dr. Novelli.

Associação de Pacientes – O lançamento do livro contou ainda com a presença dos representantes da Associação de Pacientes de Patologia de Tireoide (APPAT) – Jorge Kassis, e da Associação de Pacientes com Câncer de Tireoide da República Argentina (ACTIRA) – Soledad Rodrígues Perea.

O trabalho das duas entidades visa dar apoio às pessoas que veem suas vidas mudarem devido aos sintomas causados pelos problemas de tireoide e pelo câncer. No Brasil, a APPAT conta com mais de 4 mil fãs na sua página no Facebook. “Precisamos chamar a atenção para a importância da relação médico/paciente, além de disseminar para clínicos e outras especialidades médicas informações sobre os sintomas que um problema de tireoide pode ocasionar, como queda de cabelo, pele ressacada e tremor, por exemplo, sendo que muitas das vezes esses sinais são tratados pontualmente, não buscando entender a causa daquela reação”, conta Kassis.

Na Argentina, Soledad conta que a ACTIRA realiza conferências via internet com especialistas e também o encontro chamado de Café Tireoide, quando pacientes trocam experiências sobre a doença. “O primeiro ano do tratamento do câncer de tireoide é muito complicado. Buscamos dar o apoio necessário a essas pessoas que nos procuram”, conta Soledad.

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