Ford anuncia modelo para aproveitar boom automotivo no Brasil

São Bernardo do Campo (SP) - A Ford anunciou um modelo de carro compacto no dia 14 de dezembro (sexta-feira), o Novo Ka, para fortalecer sua linha de produção e acompanhar o crescimento da demanda em um dos mercados automotivos que mais se expande no mundo.

Equipado com motor bicombustível, o hatchback de duas portas é maior e mais espaçoso do que de o atual Ka, um modelo em forma de bolha que foi um dos mais vendidos pela Ford durante muito tempo no Brasil.

"Ninguém vai ter que sacrificar estilo e conforto para comprar esse carro a um preço acessível", disse Marcos de Oliveira, presidente das unidades da Ford no Brasil e no Mercosul.

O carro popular será vendido por 25.190 reais, com foco nos consumidores da classe média. O Novo Ka deve chegar às concessionárias no final de janeiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou a carreira política como líder sindical na cidade no final dos anos 1970, compareceu à cerimônia de lançamento.

O Novo Ka se juntará à linha de produção que inclui o Fiesta, um subcompacto um pouco maior que é fabricado em hatchback, também na versão sedan, e o EcoSport, um utilitário esportivo que se tornou o retrato da virada da Ford no Brasil.

A Ford lançou o Novo Ka no momento em que a indústria brasileira registra vendas recordes, com crescimento de quase 30 por cento neste ano.

"Acreditamos que esse produto vai nos permitir crescer a taxas maiores do que a indústria como um todo", disse Rogélio Golfarb, diretor de assuntos corporativos da Ford na América do Sul.

A Ford, cujas vendas cresceram até aqui 19 por cento neste ano na América do Sul, espera uma expansão de dois dígitos novamente em 2008, à medida que mais brasileiros se aproveitem da bonança econômica para comprar automóveis.

Para atender a essa demanda, a Ford planeja investir mais de 2,5 bilhões de reais no Brasil até 2011. Além da unidade de São Bernardo, a Ford também tem uma fábrica na Bahia, onde são produzidos unidades do Fiesta e do EcoSport.| Por: Todd Benson/Reuters.