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10/05/2014 - 08:50

Anfavea: licenciamento em abril avança 21,8% sobre março deste ano

Foi o segundo melhor mês de abril da história em licenciamento, aponta a associação, que mantém projeção de crescimento da venda de veículos.

São Paulo – A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou no dia 09 de maio (sexta-feira), resultados da indústria automobilística em abril e no quadrimestre. O licenciamento de autoveículos apresentou aumento de 21,8% ao se comparar as 293,2 mil unidades vendidas no quarto mês do ano com as 240,8 mil de março.

No comparativo com abril de 2013, que registrou licenciamento de 333,7 mil unidades, o recuo foi de 12,1%. No resultado do quadrimestre o setor também registra retração: foram 1,11 milhão de produtos comercializados neste período contra 1,16 milhão no ano passado, baixa de 5%.

O setor registrou queda também nas exportações de autoveículos nos quatro primeiros meses do ano. Foram 111,9 mil produtos enviados para fora do Brasil, retração de 31,9% na comparação com as 164,3 mil do mesmo período do ano passado. Na análise mensal o registro é de crescimento: as 36,7 mil unidades de abril de 2014 representam alta de 55,7% frente a março, quando o setor exportou 23,5 mil autoveículos – com relação as 52,8 mil de abril de 2013 a redução foi de 30,4%.

A produção no quadrimestre foi de 1,07 milhão de autoveículos, 12% menor do que as 1,21 milhão de 2013. Apenas em abril saíram das linhas de montagem 277,1 mil unidades, o que representa redução de 21,4% com relação as 352,4 mil do mesmo mês do ano passado e alta de 1,6% frente as 272,8 mil de março de 2014.

Caminhões e ônibus - Os licenciamentos de caminhões registraram baixa de 22%: foram 10,9 mil unidades comercializadas em abril deste ano contra 13,9 mil de igual período de 2013 – sobre as 9,2 mil unidades de março de 2014 houve acréscimo de 17,8%. Quando analisado o volume de vendas nos quatro primeiros meses do ano, a queda é de 14,4% – 41,3 mil caminhões em 2014 e 48,3 mil no ano passado.

Já o segmento de ônibus comercializou 2,2 mil produtos em abril, declínio de 8,8% com relação a março, com 2,4 mil, e de 19,7% frente a abril do ano passado, quando foram licenciados 2,8 mil. Ao comparar os 9,2 mil do acumulado deste ano com os 10,4 mil de 2013, o segmento retraiu 19,7%.

Os fabricantes de caminhões produziram também em abril 12,3 mil veículos, baixa de 11% em relação a março, com 13,8 mil, e decréscimo de 31,6% contra as 18 mil de abril do ano anterior. A produção acumulada também registrou queda: a comparação dos 55,1 mil caminhões de 2014 com os 61,1 mil de 2013 significam recuo de 9,8%.

O segmento de ônibus também seguiu em baixa. No último mês saíram das linhas de montagem 3,4 mil ônibus, inferior em 9,7% com relação as 3,8 mil de março e em 8% com as 3,7 mil de abril do ano passado. O declínio para o acumulado do ano foi de 2,1%: foram fabricadas 13,3 mil unidades este ano e 13,6 mil em 2013.

As exportações no acumulado de caminhões apresentou alta de 5,9% – foram enviados para fora do Brasil 6,6 mil em 2014 e 6,2 mil de 2013 – enquanto o resultado para ônibus foi de recuo de 13,5%: 2,1 mil ônibus este ano e 2,4 mil no ano anterior.

Máquinas agrícolas e de construção -O segmento agrícola apresentou alta nas vendas internas em abril: as 6,1 mil unidades comercializadas no mês representam elevação de 9,6% com relação as 5,5 mil de março deste ano. Já no comparativo com abril do ano passado, quando foram vendidas 7,4 mil máquinas, o resultado foi inferior em 17,7%. Os dados do quadrimestre apontaram redução de 20,3% ao se comparar as 21 mil de 2014 com as 26,3 mil de 2013.

Em abril a produção registrou ligeira alta de 1% quando as 7,1 mil unidades são confrontadas com as 7 mil de março de 2014. A comparação com abril do ano passado aponta que o resultado ficou 22,4% abaixo ante as 9,1 mil daquele período. No acumulado foram 26,9 mil unidades produzidas este ano, decréscimo de 14,6% frente as 31,5 mil de 2013.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior, manteve as projeções de crescimento na venda, produção e exportação de veículos este ano.

Para Moan, esses números são otimistas. "As previsões não se refazem, tendo em vista a volatilidade. O exemplo mais clássico são as exportações, que tiveram crescimento de 60%", destacou.

O presidente da Anfavea reiterou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis deve sofrer aumento a partir de 1º de julho. De acordo com ele, o setor aguarda também a conclusão das negociações do governo brasileiro com a Argentina, sobre o acordo entre os dois países referente à exportação. "Nós estamos na tratativa com o governo [brasileiro]. Decidimos tratar [com o governo] a questão da Argentina e a questão da seletividade do crédito. O governo está negociando com setor bancário. Estamos trabalhando para que isso ocorra o mais rápido possível", disse ele.

O presidente da Anfavea destacou também o desempenho de venda de máquinas agrícolas durante a feira Agrishow, que ocorreu na semana passada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Foram comercializados, no mês passado, 6.057 veículos, incluindo tratores, colheitadeiras, cultivadores e retroescavadeiras, uma alta de 9,6% em relação a março.

Moan classificou a feira como um "sucesso" para o setor. "É uma feira que tem muito fluxo de produtores, dos mais diversos tipos e regiões. É um termômetro do mercado, para receber a perspectiva do setor. Tentando fazer uma média, o mercado continua otimista. O agronegócio continua numa situação saudável, apesar da rentabilidade inferior à dos anos anteriores", disse ele.

Quanto ao nível de emprego no setor, o presidente disse que a queda registrada no mês passado ficou dentro do esperado. Houve redução de 0,8% nos postos de trabalho, na comparação com março. Em relação a abril de 2013, foi registrada queda de 1,1%. Segundo Moan, as reduções são reflexo de programas de demissões voluntárias de trabalhadores aposentados ou em fase de pré-aposentadoria.

"O emprego no setor automotivo é extremamente qualificado, resultado de grande investimento em treinamento. As empresas da Anfavea farão de tudo para não desperdiçar esse investimento, usando todos os mecanismos possíveis para manter o nível de empregos", declarou.

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