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15/12/2007 - 10:48

Especialista comenta os impactos econômicos da suspensão da CPMF

O Senado rejeitou a prorrogação da CPMF até 2011 e, em consequência disso, o governo examina alternativas que serão adotadas para compensar a arrecadação gerada por esta contribuição. "Muito se fala sobre problemas que enfrentaremos nos próximos meses em função da falta dos recursos oriundos da CPMF. Quase nada foi dito sobre o fato de a contribuição da CPMF para as áreas da saúde e educação foram muito pequenas ao longo de todo período em que esse imposto vigorou. Nada se falou que o bolsa família, há muito tempo, tem parte de seus recursos oriundos do orçamento da saúde e que nada tem a ver com CPMF.

Nada se comentou que boa parte do dinheiro da CPMF ajudava a pagar o juros dos títulos do governo colocados à taxa Selic elevadíssima. Pouco se diz que boa parte do recurso da CPMF ajudava a complementar aumentos extraordinários para burocracia federal. Nenhum comentário foi visto sobre a participação irrisória da CPMF nos investimentos de infra-estrutura no País. Igualmente, pouco se falou que a arrecadação federal de tributos durante o ano de 2007 deverá superar a cifra de 800 bilhões de reais, ou seja, representando quase 37% de toda a riqueza produzida no país e com crescimento de cerca de 18% em relação ao volume arrecadado durante o ano de 2006.

Também não foi comentado o fato da extinção do tributo significar que estas importâncias permanecerão nas mãos das pessoas físicas e jurídicas, as quais produzem riquezas no Brasil e que, sem dúvida alguma, darão a elas um destino (como consumo ou investimento) infinitamente melhor do que nas mãos de uma estrutura política burocrática cheia de questionamentos de ordem ética e moral, como vimos diariamente na imprensa. A extinção do tributo nos permite visualizar um país melhor.

Um país onde o governo terá de repensar seus custos, a forma de gastar dinheiro, enfim, começar a gerir seus recursos. Um país melhor, porque os empresários saberão destinar de maneira mais produtiva sua parcela significativa dos 40 bilhões de reais que deixarão de ir para as mãos do governo e, finalmente, pela primeira vez, talvez, assistiremos ao surgimento de uma oposição que obriga a pensar e repensar o modelo de condução da nação que desejamos ter em curso nas próximas décadas", diz Carlos Stempniewski, mestre em Administração de Empresas e professor do curso de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco.

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