Natal bom, bonito, barato e planejado

São Paulo - Este é um período de união. Consumidores trocam informações sobre estabelecimentos mais baratos e lotam corredores de centros comerciais em busca dos três bês: bom, bonito e barato. Gastam horas e horas dos seus dias espiando vitrines e pechinchando, afinal é a forma correta de se gastar o rico dinheirinho.

O problema é que mesmo com o décimo terceiro salário e, no caso de poucos, o décimo quarto e as bonificações do fim de ano, alguns ainda conseguem se endividar com as compras de fim de ano. Cláudio Boriola, fundador e presidente da Boriola Consultoria, acrescenta: “aqueles que já não comprometeram o seu décimo terceiro salário com dívidas durante o ano, se empolgam nas compras de presentes para amigos e familiares”. Estes acabam deixando se levar pela onda de consumismo que impera no Natal e em outras datas comemorativas/comerciais.

Uma pesquisa da Boriola Consultoria mostra que o brasileiro deve gastar 17,5% menos nesse Natal em comparação com o mesmo período de 2005. Dois fatores contribuem para o número apontado pela pesquisa: As compras acabaram sendo adiantadas, pois muitas categorias acabaram recebendo adiantadamente o seu pagamento do 13º. O número de vendas parceladas (e, principalmente, o número de parcelas) aumentou o que torna o montante gasto no mês realmente menor. E é aí onde mora o perigo!

Parcelando as compras de Natal, o consumidor sente uma falsa sensação de alívio: “Nossa, comprei tantas coisas e gastei tão pouco?”. Boriola responde: “Sim, realmente gastou pouco, mensalmente falando. Hoje, é possível comprar os mais diversos produtos pagando apenas R$ 10 nas mensalidades, que terminam a perder de vista”. E esse “gastei pouco” pode se transformar em um “devo muito” caso falte planejamento nas despesas.

Por isso, a pesquisa se torna cada vez mais a arma útil do consumidor. A pesquisa por um preço mais baixo e por juro menor, em casos de parcelamento inevitável, evita surpresas desagradáveis no orçamento, não só presente, mas também futuro. “Afinal, o ciclo das contas a pagar começa novamente logo após o período de festas com as despesas escolares e impostos como o IPVA, IPTU e Imposto de Renda”, lembra Boriola.

Enfim, a solução não é ser pão duro. Seguindo essas orientações, é possível garantir os presentes dos mais próximos sem comprometer o dinheiro da família. | Por: Boriola Consultoria