Negócio da portuguesa Semapa no Brasil cresce 86%

O Ebitda do Grupo Supremo, no qual a Semapa é um dos acionistas de referência, subiu quase 86% no primeiro trimestre deste ano, contribuindo positivamente para os resultados do grupo português.

Lisboa - O grupo cimenteiro brasileiro Supremo, participado da portuguesa Semapa, aumentou 85,7% os seus ganhos no primeiro trimestre deste ano, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a subir para o equivalente a 1,5 milhões de euros.

A Semapa explica que "este bom desempenho operacional deveu-se, por um lado, ao aumento do volume de negócios e, por outro lado, à redução da incorporação de clínquer no cimento e maior produção de cimento, que permitiram uma maior diluição de custos fixos e consequente aumento das margens operacionais".

"Refira-se que a menor incorporação de clínquer permitiu uma redução significativa dos consumos em relação ao primeiro trimestre do ano anterior", detalha ainda a Semapa no seu comunicado sobre os resultados do primeiro trimestre, divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No Brasil, o mercado de cimento cresceu 6,4% a nível nacional no primeiro trimestre e 6,1% na região Sul (região onde o Grupo Supremo atua), em relação ao ano anterior.

Globalmente, o grupo Semapa teve no primeiro trimestre deste ano um volume de negócios de 468,9 milhões de euros, mais 2,1% do que no mesmo período do ano passado. Apesar deste crescimento, o EBITDA total do grupo português recuou 4,4%, para 93,8 milhões de euros.

Ao nível do resultado líquido o grupo Semapa fechou o primeiro trimestre com um lucro de 17,5 milhões de euros, mais 43,6% do que nos primeiros três meses de 2013.

Em março a Semapa tinha uma dívida líquida de 1.229 milhões de euros, menos 56 milhões do que em dezembro de 2013, informou o grupo português, cujos negócios se repartem entre os cimentos, a pasta e papel e, em menor escala, o ambiente. | Jorge Horta/PD.