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14/05/2014 - 07:47

CPFL Energia anuncia lucro líquido de R$ 174 milhões no 1T14

Houve uma queda de 57% ante 1T13, mas a CPFL Energia declara que em uma posição de vanguarda, tentará antecipar aos movimentos de mercado, utilizando uma estratégia financeira sólida e conservadora. “Dessa forma, buscamos implantar ações que focam o longo prazo e que geram valor para nossos acionistas de forma contínua e sustentável”, disse o presidente da holding, Wilson Ferreira Jr.

São Paulo– A CPFL Energia S.A. (BM&FBovespa: CPFE3 e NYSE: CPL), anuncia seu resultado do primeiro trimestre de 2014, e em seu comunicado mostra crescimento de 7,0% nas vendas na área de concessão - residencial (+13,5%) e comercial (+11,3%). Aporte de CDE no montante de R$ 1.170 milhões no 1T14, para cobertura de exposição involuntária e despacho de térmicas. Comercialização e Serviços - Ebitda de R$ 77 milhões no 1T14. Recontratação de energia de Semesa com Furnas por 14 anos adicionais (até o término da concessão). Expansão CPFL Renováveis: (i) aprovações do CADE (abril/14) e ANEEL (maio/14), relativas à associação com a DESA, e (ii) conclusão da construção do complexo eólico Macacos I (maio/14). Investimentos de R$ 240 milhões no 1T14. Pagamento em 08/mai de R$ 568 milhões (R$ 0,59/ação) em dividendos complementares, referentes ao 2S13, com dividend yield de 4,8% (Últ. 12M). Reajuste tarifário econômico de 17,18% na CPFL Paulista, em abril/14. Aumento de 16,6% no volume médio diário de negociação das ações (BM&FBovespa + NYSE), atingindo R$ 44,4 milhões; aumento de 59,9% no número de negócios (BM&FBovespa), atingindo uma média diária de 6.292;. Implantação da CPFL Telecom: cobertura de dez cidades e 544 km de redes implantados.

O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr comentou os resultados: “O cenário hidrológico desfavorável continuou penalizando a recuperação dos reservatórios durante o período úmido do ano. No subsistema sudeste/centro-oeste, que representa cerca de 70% da capacidade de armazenamento do País, o período de janeiro a abril de 2014 registrou o terceiro pior fluxo de energia natural afluente – ENA do histórico de 84 anos; no subsistema nordeste, o segundo pior do histórico. Com isso, o Operador Nacional do Sistema – ONS, vislumbrando um cenário operacional adverso, demandou o despacho total das termoelétricas que compõe a matriz energética brasileira, com o intuito de economizar água nos reservatórios das hidrelétricas. Dessa forma, o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) atingiu o seu teto em fevereiro, permanecendo neste patamar até o final de abril.

As distribuidoras de energia, por outro lado, estavam expostas ao mercado de curto prazo, dada a alocação insuficiente de quotas da MP 579 no final de 2012 e a frustração parcial na recontratação de energia no leilão de energia existente (A-1) em dezembro de 2013. Consequentemente, o segmento de distribuição ficou sob forte pressão de capital de giro, pois aproximadamente 3.600 MW médios de energia estavam sendo liquidados a um preço superior a R$ 800/MWh. Diante deste cenário de estresse, a CPFL Energia liderou, juntamente com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee), os esforços de interlocução com o governo federal e agência reguladora Aneel, a fim de mitigar os impactos da alta do PLD nas distribuidoras de energia. Estes esforços culminaram em um pacote de medidas, anunciado em março de 2014, que contemplaram a disponibilização de R$ 1,2 bilhão em recursos do Tesouro Nacional, a criação da Conta ACR, efetivada por meio do Decreto nº 8.221/14, e a realização de um leilão A, no final de abril, para contratação imediata de energia com prazo até dezembro de 2019.

O mecanismo da Conta ACR prevê que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE levante R$ 11,2 bilhões junto a um sindicato de bancos para amortecer os repasses dos custos elevados com aquisição de energia para o consumidor final. Para a contabilização do mês de fevereiro, já foram repassados R$ 4,7 bilhões às distribuidoras por meio desse mecanismo; para março, o montante determinado pela Aneel alcança R$ 3,3 bilhões. No 1T14, a CPFL Energia recebeu R$ 167 milhões, em aportes do Tesouro, para cobrir a exposição involuntária de janeiro e mais R$ 677 milhões, por meio da Conta ACR, referentes ao despacho de térmicas e exposição involuntária do mês de fevereiro. Para o mês de março, a Aneel determinou um repasse de R$ 439 milhões.

Já o resultado do leilão A foi a contratação de pouco mais de 2.000 MW médios a um preço médio de R$268,33/MWh. Estima-se que, dada a sazonalidade da carga das distribuidoras, este montante será suficiente para cobrir cerca de 85% da exposição involuntária que as empresas ainda terão até o final de 2014, reduzindo significativamente os custos com aquisição de energia no mercado de curto prazo.

No início de abril, a nossa subsidiária CPFL Paulista, que representa cerca de metade do resultado do segmento de distribuição do Grupo, passou pelo processo de reajuste tarifário anual – RTA. O resultado foi um impacto tarifário médio de 17,18% nas tarifas de energia, essencialmente em função do reajuste da parcela não gerenciável, ou ainda, dos custos com aquisição de energia. A diferença em relação ao nosso pleito inicial de aproximadamente 26% se deve principalmente à cobertura de custos anunciada pelo Decreto nº 8.221/14 e à redução da quota de CDE determinada pela Aneel.

Gostaria de destacar a recontratação da energia proveniente da Usina Hidroelétrica Serra da Mesa (Semesa). O contrato original, que tinha como contraparte Furnas Centrais Elétricas S.A., expirou em 31 de março de 2014. Com isso, estudávamos algumas possibilidades para recontratação desta parcela de energia, cerca de 345,4 MW médios. A decisão foi pela rolagem do contrato com a mesma contraparte, fixando o preço em R$ 156,70/MWh, líquido de encargos, na data-base de abril de 2014, até o final do direito de exploração desta parcela de energia pela CPFL Geração em 2028. O preço bruto equivalente, incluindo os respectivos encargos setoriais, é de R$ 182,90/MWh. Nossa estratégia se baseou na contratação de longo prazo, priorizando a estabilidade de fluxo de caixa e a minimização de volatilidade em nosso braço de geração.

No segmento de distribuição, as vendas dentro de nossa área de concessão registraram os maiores crescimentos da história da Companhia no comparativo anual: 7,0% comparado ao crescimento de 6,0% no Brasil. Os segmentos residencial e comercial atingiram expansões de 13,5% e 11,3%, fortemente influenciados pela onda de calor que atingiu o País neste início de ano.

Gostaria também de dar ênfase aos resultados do nosso segmento de comercialização e serviços, fruto da correta estratégia adotada neste primeiro trimestre: dado o estresse de preços no mercado de curto prazo, trabalhamos na Comercialização com uma sobre contratação em relação aos nossos compromissos de entrega de energia, liquidando o excesso no mercado de curto prazo. Além disso, aceleramos nossa carteira de obras na CPFL Serviços, diluindo custos fixos e ganhando escala. O resultado desta estratégia foi a geração de um Ebitda de R$ 77 milhões durante o 1T14, mais do que o total gerado no ano todo de 2013.

Nossa subsidiária CPFL Renováveis continua com seu franco plano de expansão: inauguramos o complexo eólico Atlântica, no sul do país, dotado de torres de 120 metros e aerogeradores de 3 MW de capacidade instalada, representando um dos maiores e mais modernos parques eólicos do Brasil. Concluímos também a aquisição dos parques eólicos de Rosa dos Ventos, com 13,7 MW. Assim, nosso portfólio de ativos apresentou um crescimento de 23% em relação ao 1T13. Concluímos ainda a construção do complexo eólico Macacos I, que está apenas aguardando o despacho da Aneel para iniciar o faturamento de sua energia.

Em relação ao nosso endividamento, reportamos uma alavancagem líquida de 3,58x, no critério dos covenants financeiros, que soma a variação dos ativos e passivos regulatórios e ajusta nossa participação em cada um dos ativos de geração. Este valor representa uma certa estabilidade em relação ao nosso índice reportado no final de 2013 de 3,59x. Além disso, apresentamos uma robusta posição de caixa de R$ 4,2 bilhões, suficiente para cobrir mais de três vezes nossas obrigações de curto prazo. O prazo médio de nosso endividamento supera os quatro anos, sendo que apenas 8% dele vence nos próximos 12 meses. Nossa estratégia é de manter uma posição de liquidez bastante favorável, capaz de dar tranquilidade para atravessarmos momentos turbulentos e adversos como este.

Certamente teremos um ano difícil e volátil pela frente. Por outro lado, é justamente nos ambientes adversos que as oportunidades emergem. Por este motivo, tenho trabalhado juntamente com toda minha equipe para colocar a CPFL Energia em uma posição de vanguarda, tentando se antecipar aos movimentos de mercado e utilizando uma estratégia financeira sólida e conservadora. Dessa forma, buscamos implantar ações que focam o longo prazo e que geram valor para nossos acionistas de forma contínua e sustentável”, concluiu o executivo.

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